CAPÍTULO: 13

695 40 13
                                    

CAPÍTULO: 13


A fome as despertou daquele enlevo. O estômago de Normani doía, há muito tempo sem alimento. Falou com Dinah e constataram que não se alimentavam desde a manhã anterior. A loira começou a rir quando Normani disse que não agüentava mais tanta fome.

-- Oh, como sou distraída! Pobre amor, nem pensei em comida, envolvida em tanta paixão! Eu deveria ter encomendado um jantar! O apartamento está fechado há mais de seis meses e os empregados estão na casa de minha mãe, não há nada para comer. Amanhã vou dar um jeito nisso. Vou trazer dois empregados e mandá-los fazer compras e abastecerem o freezer com tudo. E agora vou encomendar um almoço caprichado no melhor restaurante de New York!

Normani riu, abraçando-a.

-- Não precisa chamar empregados, Dinah. Nós podemos fazer as compra. E agora, acho melhor nós sairmos para comer. Gostaria de andar um pouco, respirar ar fresco. E você precisa de roupas. Sei que suas roupas estão na casa de sua mãe. Estou com meu talão de cheques e meu cartão de crédito. Sei que meu dinheiro  perto de sua fortuna não é grande coisa, mas posso comprar algumas peças de roupas para você e pagar nosso almoço.

Dinaj fitou-a com um sorriso divertido.

-- O almoço eu aceito, mas tenho roupas aqui. Venha ver.

Ela ergueu-se e colocou um robe de seda que estava numa poltrona ao lado da cama. Normani vestiu o seu que havia trazido e a seguiu, curiosa. Dinaj abriu a porta do closet enorme, com todo espaço tomado por centenas de roupas. Mais de cem pares de sapatos estavam enfileirados, novos e brilhantes.

-- Veja. Muitos nem cheguei a usar – Disse Dinah, apontando-os.

As roupas estavam separadas por tipos. Havia uma longa fileira de saias, outra de blusas, outra de calças compridas e outra de vestidos.

-- Desse lado, estão as roupas esportivas e casuais – Disse Dinah – E do outro lado, as para ocasiões formais. Quer vê-las?

Normani olhava todas aquelas roupas impressionada. Viu os casacos de mink, as bolsas, os cintos. Apenas a visão daquelas roupas mostrava o alto estilo de vida de Dinah, a sua fortuna era bem maior que Normani pensava. Sentiu o quanto seu dinheiro era insignificante, comparado ao dela. Olhou para Dinah, vermelha de humilhação.

-- Não preciso olhar mais, já vi o bastante – Disse, abatida – E estou envergonhada de ter oferecido para comprar umas peças de roupas para você. Todo meu salário do mês não daria para comprar uma só peça de roupa da mesma categoria dessas.

Dinah abraçou-a, olhando-a nos olhos com seriedade.

-- Não mostrei essas roupas para humilhá-la, Mani. Amo como você é. Só quis mostrar como vivo, qual é o meu estilo de vida, o meu mundo, para que você o conheça e se integre nele. Você agora faz parte de meu mundo e quero que se integre nele de uma forma que ninguém a discrimine pelas roupas, ou o  que seja. Amanhã vamos comprar um guarda-roupa completo para você com roupas da mesma categoria dessas. Você vai aceitar isso, não?

Normani sorriu, acariciando o rosto dela.

-- Estou entendendo-a, Dinah. E vou aceitar isso por sua causa. Para você não envergonhar-se de mim. O que tiver que fazer para estar ao seu lado, farei.

O olhar de Dinah encheu-se de preocupação e surpresa.

-- Normani, nunca me envergonharia de você! Apenas quero...

Normani a interrompeu, colocando a ponta do dedo índice nos lábios dela.

-- Shhhh...não vamos discutir, vamos sim tomar um banho e nos vestir  para sair. Estou faminta!

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora