Quando o amor bater à sua porta, não tenha receio de abri-la. Abra a porta e deixe o amor entrar na sua vida e deixe que ele more em seu coração, permita que ele se mostre diante das suas ações e não tenha medo de mostrar que você também sabe amar...
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ϟ Helena
Pedro: Lena, pra onde nós vamos agora? — disse meu irmão aos prantos vendo esvaziar nossa casa. Abraço ele e beijo o topo da sua cabeça.
Helena: Vai ficar tudo bem, meu anjo. Vai dar tudo certo.
O carro dos meus pais foi sabotado e explodiu com eles dentro. Foi horrível, não sobrou nada pra nem se quer um funeral. Agora órfãos, fiquei responsável pelo meu irmão de 8 anos, Pedro.
Apesar de ter 19 anos, estou tomada pelo luto, e a dor da perca não sai de mim, então preciso fazer um esforço para agora ser "mãe do meu irmão" e cuidar dele como meus pais sempre cuidaram de nós, já que me recusei a ir morar na Suíça com a minha vó paterna que nem gosta tanto da gente.
Apesar de meus pais terem deixado uma herança que permite bem estar até o último da minha vida, eu resolvi não esbanjar e sair da mansão luxosa em que vivíamos.
Juntamente com o amigo do meu pai, descobri que o assassino que matou a minha família mora no Complexo do Alemão. É um bairro favelizado de classe baixa na Zona norte do Rio, onde o tráfico reina.
E eu estou determinada a ir até o inferno e fazer justiça. É horrível sair dos meus padrões e ir morar em uma favela perigosa mas eu não vou mudar de ideia.
O Pedro tira-me dos meus pensamento com seu choro.
Pedro: Pra onde nós vamos, Helena? Eu quero a mamãe e o papai.— uma lágrima escorre e eu rapidamente limpo e o abraço.
Helena: Não tem mais mamãe e papai, Pedro. Agora é só nós dois, meu amor. Você confia em mim, não confia?— ele balança a cabeça afirmando.
Mario: Vamos, queridos?
Helena: Vamos.— entramos no carro e eu olho mais uma vez para aquela casa. A casa onde eu nasci, cresci e vivi meus melhores momentos.
Estava tudo acabado ali.
O caminhão de mudança sai em nossa frente e o nosso carro segue. Chegamos na entrada da favela.
Pedro: É aqui?—pergunta meu irmão assustado olhando homens armados sem camiseta e repletos de tatuagens e cordões de ouro no pescoço.
Helena: Acho que sim.— um deles bate no vidro e o Mário abre o mesmo.
Mário: Pois não?
Lacete: Tão de mudança pra comunidade, chapa?
Mário: É a moça e o menino. Eu tenho toda a documentação, ela comprou uma casa aqui na rua 15...
Lecete: Helena Fernandes?
Helena: Como sabe o meu nome?
Lacete: Aqui nois sabe de tudo e de todo mundo, moça. Pode subir. Lá pela noite meu chefe cola lá no teu barraco pra levar um lero contigo.
