capítulo 28

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Espero que vocês tenham gostado da maratona, e como eu sou uma pessoa muito boa, vou postar um capítulo bônus para vocês.

Soraya

Soraya: De novo lá? —cruzo os braços.— Já não tá demais não? Mais fácil ir morar lá logo de vez.

Chagas: Tá com ciúmes?—bate o dedo na ponta do meu nariz.— Cadê a Marcela. É rola que cê quer? Se tu quiser eu mando o Lacete te comer. Qualquer homi dessa comunidade quer uma brutona gostosona assim.—Ri.

Soraya: Cala a boca.— Reviro o olho.

Acendo um cigarro e ele faz o mesmo.Ele se senta na minha frente e me olha fumando.

Chagas/Soraya: Preciso te falar uma coisa.—Falamos juntos e então eu o olho.

Chagas: Fala tu.

Soraya: Não, pode falar.

Chagas: Ué, fala tu primeiro porra.

Soraya: Fala você uai. Nada importante.

Chagas: Hum, então tá.

Soraya: Manda aí.

Chagas: Como é pedir pra namorar?—Olho pra ele sem entender.

Soraya: Hã?

Chagas: É, tipo. Tu chega na mina com um anel, ajoelha e fala: vem ser minha e pa. Só isso?—Arrumo a postura e olho pra ele.

Soraya: Porque essa pergunta, Chagas?

Chagas: Ê porra só to querendo saber só, pra eu ensina os moleque da rua direito. Porque se eu falar pra eles: o negócio é só transar e mete um pé, a mãe deles bate em mim.

Soraya: Quer lance sério com a princesa.—Ele me olha.

Chagas: Não.

Soraya: Quer sim. Eu sei que quer, e sabe o que eu acho? Acho que tu merece que ela apronte uma bem grande contigo. Que ela descubra tudo que foi tu.—aponto pra ele nervosa.— Que matou a mãezinha e o papaizinho dela, e que ela dê um tiro no meio da tua cara porque é isso que tu merece, pra largar de ser trouxa.—Falo exaltada e ele me olho com a cara fechada.

Ele se levanta e aperto forte o meu rosto me olhando com sangue nos olhos, me olhando como ele olha para os inimigos dele.

Chagas: Abre a porra da tua boca infeliz, pra tu ver o que te acontece.

Tiro a mão dele de mim e viro o tapa no rosto dele.Me arrependo do que fiz e o olho desesperada.

Soraya: Chagas, desculpa! por favor, desculpa.—Ele segura forte o meu cabelo e vai me arrastando pra fora do seu escritório.

Chagas: Mulher nenhuma dá na minha cara, sua filha de uma puta.—Diz irritado ao extremo.Ele me joga pra fora e eu o olho.

Soraya: Tá vendo? tá vendo a que ponto a gente chegou? Tu tá fudendo com os nossos ANOS de amizade, por causa de uma vagabunda!— Grito.

Mesmo ele me jogando pra fora eu volto pra dentro e fecho a porta.

Soraya: Eu te amo, EU amo você. Ela não ama, ela é uma exibida mimada e mal agradecida, porque nunca colocou a cara na luta, sempre teve tudo na mão.

Chagas: Cala sua boca.— Diz em tom de ameaça.

Soraya: Ela não tá nem aí se tu indo pra tiroteio pra voltar vivo ou morto. Não é ela que coloca joelho no chão toda noite pra pedir por você, pra pedir que nada de ruim te aconteça.—falo querendo chorar.—Eu.—bato no peito.— Mato e eu morro por você! Ela não fez e nem vai fazer metade do que eu já fiz e faço por ti, Chagas.

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