capítulo 59

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Helena

  1 mês depois| 

Helena: Meu Deus do céu.— Passo a mão pelos cabelos.

Nelsinho: Eu queria ter aparecido antes e queria ter te encontrado antes, mas..

Helena: Quer que eu acredite nisso? Sério?

Chagas: Helena...

Helena: Fica quieto.— falo pro Gabriel.— Ajudou esse aí nessa farsa porque?

Chagas: Helena, não é farsa.

Nelsinho: Acha que eu quero o que de tu? dinheiro? eu não quero o teu dinheiro não, viu. Até porque tu só é ricona por causa do dinheiro que o teu padrasto te deixou, porque a nossa mãe só ficou com ele pela grana, ela amava mesmo era o nosso pai.

Helena: Nosso pai? o único pai que eu tenho é o Jorge. Que me criou, me deu todo o amor do mundo. Se você acha que o Russo é o meu pai você está enganado, porque ele me colocou em uma posição que eu jamais imaginei que estaria. Fez eu me prostituir, me casar com alguém que eu não amava, fez eu dançar pra homens nojentos pra sustentar a riqueza dele. Acha que isso é um pai?

Ele abaixa a cabeça e nega.

Nelsinho: Olha, Helena. Eu lamento muito por tu ter reagido dessa forma. Se tu não quiser proximidade, tudo bem. Eu respeito.

Chagas: Helena, pelo amor de Deus! Para de ser desse jeito.

Olho pro Gabriel séria.

Helena: Eu preciso ir buscar o meu filho na escola. — Entro no carro e saio de lá rapidamente. Chocada.

Jamais imaginei que eu pudesse ter um irmão que é mais meu irmão do que o Pedro, tem totalmente o meu sangue. Ele nem se parece comigo, eu sou totalmente loira e do olho claro, ele é tipo esses pia aí da favela, cabelo ruim. Um golpista.

Ele quer é tomar o meu dinheiro, se aproximar do meu filho e depois sumir com ele. Eu conheço essa gente de favela.

Saio do morro e atravesso o Rio de Janeiro pra ir buscar o Thiago na escolinha.Pego a bolsa dele e coloco ele na cadeirinha.

Helena: Como foi o seu primeiro dia de aula, filho?

Thiago: Legal, mamãe. A tia adorou o meu tênis que o papai comprou.

Helena: É, amor?— Sorrio pra ele.

Thiago: Mamãe, hoje a gente vai jantar juntinhos em casa?

Helena: Vamos.

Thiago: Eu, voci, o papai e o Pedro?

Helena: — sorrio.— Sim, meu anjo.

Vou chegando na entrada da favela então três carros me fecham e começa atirar.Olho desesperada e vejo a Soraya e o Morumba. 

Chagas

Continuo conversando com alguns moleques até ouvir o rádio do Lacete com uma voz reconhecida.

Helena: Lacete, é a Helena. Estão atirando no meu carro aqui na entrada do Morro.

Ela fala desesperada e posso ouvir o choro do Thiago de fundo.

Chagas: Puta que pariu.

Subo na moto e nem preciso mandar os caras correrem porque eles já sabem o que fazer.De onde estávamos até a entrada da favela é 12 minutos correndo de moto, vai ser tarde.

Pego um atalho e vou buzinando e dando alguns tiros no ar pra saírem da frente.Chego lá em baixo e jogo a moto de lado, até ver a Helena chorando perto do carro.

𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora