capítulo 33

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gente do céu, estou tentando dormir mas a filha da puta da minha vizinha está escutando forró na maior altura, sério ninguém merece. Vou aproveitar para postar esse cap que já estava pronto.

Helena

Helena: Você acha que é quem pra entrar na minha casa e falar desse jeito comigo?—falo empurrando ele forte.— E não vem com essa de que sou o dono da porra do Morro por que eu não tô nem aí pra esse seu título de merda, você devia ter vergonha disso, pra mim você não é ninguém!

Chagas: Tu me respeita e olha como fala comigo!—Ele pega forte no meu cabelo e eu assusto.

Chagas: Se pra você eu sou um merda, pros outros eu não sou. E quem manda aqui dentro é o povo, vai ir contra pega suas coisas e rala, vagabunda!— Fala puxando meu cabelo forte.

Olho chorando pra ele e ele se dá conta do que está fazendo. Ele me solta e eu dou um tapa no seu rosto.

Helena: Vagabunda é o cacete.—falo firme e devagar.— A favela é tua mas você tá dentro da minha casa, então quem me deve respeito é você. E você nunca mais rela a mão em mim desse jeito porque se você fizer de novo você nunca mais me vê na tua frente.—Ele me olha firme e com raiva.

Chagas: Me pede des...

Helena: Não vou, te pedir desculpas nenhuma!—falo a altura.— Quem me deve desculpa aqui é você!

Ele não fala nada e eu me viro tentando ficar calma.Viro novamente o encarando.

Helena: Sabe o que você parece, Gabriel? Cachorro loco. Daqueles raivoso que olha pra gente com sede de morder, que quer botar medo latindo mais alto, e que não tem ninguém pra te educar. Porque cachorro também precisa de educação.

Ele não me encara, apenas olha pra baixo ainda nervoso e respirando fundo.

Helena: Sai da minha frente e não volta mais aqui sem minha permissão.—Ele ergue a cabeça e me olha.

Chagas: É por isso que a gente não dá certo. Tu não me entende e eu não te entendo. Tu não vive no mundo que eu vivo e só enxerga as minhas falhas.

Helena: Você também só enxerga as minhas falhas..—Ele me interrompe.

Chagas: Ah para, tu é a mulher mais perfeita do mundo pra mim. Cê tem razão, não é qualquer uma e não merece ser tratada como tal. Mas esse é meu jeito, porra. Eu sou assim mano e não tem como mudar.—Afirmo com a cabeça olhando pra ele.

Helena: Tem. Sempre tem como mudar. Você só não quer.—Ele me olha sem falar nada por um tempo.

Chagas: Bom, já que tu quer assim, não me procura mais também.— Diz firme me olhando.

2 semanas depois|

Chagas

TB: Vem comer, rapá. Faz três dias que tu não come já, irmão.

Chagas: Vai você comer e me deixa trabalhar.

TB: Bom, ó.— ele coloca uma marmita na minha mesa.— Vê se come. Aquela muié tá mexendo com a tua cabeça.

Ele sai do meu escritório e eu taco aquela comida na parede.

Chagas: Se fude!—Pego um whisky e continuo tomando no bico da garrafa.

Acendo um cigarro e tento me concentrar nos papéis que tenho que assinar ali mas começo ler, vou pro meio e já esqueço o que li no começo do bagulho, tá ligado.

𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora