Helena
Chegamos em um lugar bem bonito, a água era verdinha cristalina, o local era cercado por pedras. Fiquei encantada.
Helena: Que coisa mais linda!
Guto: — sorri.— Eu vinha aqui quando eu era pequeno. É um lugar especial pra mim, assim como você.
Sorrio pra ele sem dizer nada e pulo na água.
Chagas
Entro no bar e peço uma lata de skol,sento ali no balcão mesmo e leio a mensagem da Helena.
Chagas: Ué mas como assim, porra? desde quando ela sai assim e com quem?
Sinto alguém sentando do meu lado. Soraya.
Chagas: E ai So.
Soraya: Oi.— Diz seca.
Chagas: Ih, tá com cara de bunda ainda pro meu lado por qual razão?
Soraya: Preciso dizer?
Chagas: Quer?— Ofereço a cerveja a ela.
Soraya: Quero.
Quando ela disse "quero" achei que ela ia pegar a cerveja da minha mão e tomar um gole. Mas não era a cerveja que ela queria.
Ela puxa meu rosto, a força, e ataca meus lábios com um beijo, inicia um beijo acelerado e eu rapidamente me afasto e acabo derrubando a lata de cerveja.
Chagas: Tu tá maluca, Soraya?
Soraya: Eu preciso de você, Chagas. Eu não aguento mais te perder por aquela...
Chagas: Me viro a deixo ela falando sozinha. Subo na moto e saio correndo de lá.
Helena
Depois de quase quatro horas dentro da água, saímos pra comer alguma coisa.Meu celular apita e é uma mensagem de um número desconhecido.
Abro e vejo uma imagem. Uma imagem que dói, dói mas eu sabia.. sabia que isso ia acontecer.
Uma foto de agora, do Gabriel beijando a Soraya. Meus olhos começam a marejar e eu levanto.
Helena: Você pode me levar embora?
Guto: Sim, mas por que? O que aconteceu?
Helena: Ah, nada demais eu só.. só tô passando meio mau, preciso deitar.— Minto.
Ele afirma e juntamos as coisas.Saímos de lá e eu seguro a vontade quase insuportável de chorar.
Começa a me dar do de cabeça e eu começo a passar mal de verdade. Minha tosse volta e eu começo a ficar enjoada.O Guto acelera e entra comigo em casa.
Guto: Tem certeza que não quer que eu te leve pro médico? Você tá pálida.
Helena: Não.—falo deixando as lágrimas escorrem.— Eu vou tomar banho e deitar, já já eu melhoro.
Guto: Tudo bem.
Dou um abraço forte nele, apertado sem vontade de soltar.
Helena: Obrigada por hoje.
Ele sai de casa e eu ajeito o travesseiros, pego o meu celular pra ver o horário e vejo a foto de fundo de tela, eu, o Gabriel e o Pedro na nossa última viagem juntos.Escorre uma lágrima do meu olho e eu taco o celular longe.
Helena: Burra, burra.— Falo nervosa comigo mesma.
Bufo e passo a mão nos cabelos, e sai muitos fios na minha mão.Me sento e vou até a cozinha buscar um copo de água.
Quando me viro, ouço a porta da minha sala sendo aberta com brutalidade.Olho assustada até ver o Gabriel.
Chagas: Que história é essa que tu foi pra praia? E com quem?
Bebo a água sem olhar pra ele e coloco o copo na pia.
Chagas: Que que é? vai me ignorar? Eu fico meses sem te ver e então tu sai pra ir pra praia com outra pessoa!
Vou pro quarto o ignorando.
Chagas: Qual é o teu problema?— Vira meu pulso com força.
Helena: Não toca em mim.—me solto.— Eu tô com nojo de você.
Ele me olha sem entender e eu sigo por quarto já com vontade de chorar.
Chagas: Tá legal, Helena. Vai falar qual é a porra que tá acontecendo contigo ou é só fogo no cu mesmo?
Helena: Eu? quer que eu fale? Eu não tenho nada pra te falar. Nada. Quem devia ter alguma coisa pra me falar é você. Mas já que você tem a consciência tão limpa assim, e não tem nada a me dizer, a única coisa que eu te digo é que eu quero que você suma e não apareça mais na minha frente.
Chagas: Pra que isso, Helena? Qual é o teu problema?
Pego o celular e abro a imagem que recebi.Taco o celular nele que olha a mesma e engole seco olhando,olho pra ele chorando.
Helena: Como.. como teve coragem? Eu não sou nada pra você? Ou melhor, sou apenas a namorada doente que não satisfaz mais as suas vontades...
Chagas: Eu fui fiel a você todos os dias desde quando você ficou doente.
Helena: Para!— grito com ele.— para de fazer isso. Para de mentir e me enganar! Olha aí, está aí! Vai dizer que é mentira?
Ele não diz nada, só me olha. Tiro a aliança do dedo e jogo nele.
Helena: Sai da minha frente.
Ele afirma com a cabeça e sai, apenas sai, sem dizer nada, ele só sai.Ele vira as costas e pega a aliança do chão.
Chagas: Tu amassou.—me mostra o anel.— E eu vou te provar que isso tudo foi a toa.
Helena: a toa? como é que eu vou sair na rua agora com as pessoas me olhando e me chamando de idiota, de corna, de iludida. É, eu fui iludida de achar que, nossa, que eu não ia ganhar um chifre namorando o dono dessa merda, Gabriel Chagas. Agora fala sério, eu entenderia melhor, ou pelo menos tentaria, se você tivesse comido uma vadia, prostituta qualquer. Agora a Soraya, Gabriel? A Soraya?! Tá explicado o motivo por você tanto defender ela.
Chagas: Ela me beijou. Não adianta eu te falar isso mas.. ela me beijou. Eu ofereci a cerveja pra ela e ela me puxou, eu sai na hora e dei um esporro nela. Adianta eu te falar isso? Não adianta por que tu não acredita. Tu saiu hoje a tarde, seja lá com quem mas tu saiu. Eu sofri na saudade tua por quase 6 meses, Helena. Eu nem se quer olhei pra bunda de uma mulher, tu acha que eu ia te trair com a Soraya? Logo ela? —Ele afirma com a cabeça.
Helena: Eu quero acreditar. Eu juro que eu quero. Mas não dá.
Ele se senta na cama.
Chagas: O que? o que que tu quer que eu faça...
Helena: Quero que vá..
A medida que vou falando, vou voltando a tossir, me falta o ar e começo a enjoar, vai começando me dar tontura e minhas pernas ficam fracas, minha vista vai embaçando.
Helena: Quero que vá em..
Não sinto mais minhas pernas, a ultima coisa que sinto é o Gabriel me levantando depois do grande tombo que eu levei.. e apago.
Acordo e olho pra cima, vejo uma forte luz branca e um sinto um cheiro diferente. Hospital.
Olho para os meus braços e vejo agulhas nele, e sinto uma forte dor na cabeça.Olho pro lado e vejo o Gabriel sentado na cadeira fumando.
Enfermeira: Não pode fumar aqui dentro!— Briga com ele.
Chagas: Pelo amor de Deus, eu tô tenso. Minha namorada não liga, ela já tá até acostumada, demorô?
Enfermaria: Ela tem problemas respiratórios. Por favor pare com isso.
Helena: Deixa ele.—falo coçando o olho.— Ele fica calmo assim.
O Gabriel levanta e vem até mim.
Chagas: Tu acordou.— Me dá um selinho.
Helena: Eu acredito em você—falo fraca.— e eu não quero mais ficar longe de você. Nenhum dia.
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𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀
Teen FictionQuando o amor bater à sua porta, não tenha receio de abri-la. Abra a porta e deixe o amor entrar na sua vida e deixe que ele more em seu coração, permita que ele se mostre diante das suas ações e não tenha medo de mostrar que você também sabe amar...