capítulo 31

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Último capítulo de hoje, não sei se vou postar amanhã, mas talvez eu poste.

Helena

Chagas: Tu tava grávida..— Fala em tom de sussurro completamente em choque.Ele ergue a cabeça com os olhos marejados.

Chagas: Era o nosso filho.

Ele se contém e respira fundo. Se levanta e volta a sua pose superior.

Chagas: Eu vou te fazer uma pergunta, é sim ou não. Eu vou perguntar uma vez só. Você tá me entendendo?— Grita.

Helena: Para de gritar comigo.— Falo totalmente fragilizada.

Chagas: Foi o verme, lazarento, imundo e filho da puta daquele seu primo?

Abaixo a cabeça chorando.Ele afirma com a cabeça.

Chagas: Achou que ia esconder isso de mim por quanto tempo? Por acaso eu tenho cara de otário pra você? Pra ser o último a ficar sabendo. —Me levanto e o encaro.

Helena: Você não fala desse jeito comigo porque não foi com você que tudo aconteceu!—Grito nervosa.

Chagas: Mas precisou disso, porra! Eu falei quantas vezes pra você, que eu queria tu longe daquele desgraçado. Vai precisar o que mais, pra tu aprender a me ouvir? Ele vai acabar com a tua vida? Ai tu vai aprender a larga de ser trouxa!

Choro olhando pra ele sem falar nada. Ele se vira e olhando pra parede, vermelho e com sangue nos olhos e fechando o punho, que parecia que seus anéis iriam cortar seus dedos, de tanta força que ele colocava ali.

Chagas: Eu vou acabar com ele. Eu vou fazer do inferno a vida dele. Ele vai comer na minha mão de joelhos e vai entender com quem ele mexeu. Eu vou matar ele dá forma mais lenta e dolorosa, eu vou torturar e fazer ele queimar na minha mão, por que se ele acha que o demônio é ruim, eu sou três vezes pior.

Me assusto com a maneira que ele fala, não vi nele mais o Gabriel que me tratava com amor, vi nele outra pessoa, uma pessoa com rancor, com sede de vingança e com desejo de matar. Pela primeira vez em quase um ano, posso entender perfeitamente porque todos o temem.

Helena: Ele vai pagar pelo que fez na justiça.

Chagas: Não tem porra de justiça, Helena. Tem eu, ele vai pagar pra mim.—Entro na frente dele chorando buscando o que falar.

Helena: Eu preciso de você agora..— Falo com dificuldade e chorando.Ele me olha com os olhos marejados novamente.

Chagas: Ele matou o meu filho, e te espancou.—Ele coloca a mão no meu rosto me olhando. Sinto suas mãos tremendo de raiva.

Chagas: Eu vou acabar a vida dele. Tu tá ouvindo? Ele vai morrer na minha mão.—Olho pra ele sem chorar.

Helena: É pouco! — falo em tom de sussurro.— a morte é pouco pra ele. É fácil. Ele tem que sofrer, vivo.

Chagas: E ele vai.—Em um gesto rápido ele se vira pra sair.

Helena: Gabriel, espera.—Ele para em frente a porta e me olha.

Helena: Eu preciso de você, agora.—Ele me olha sem dizer nada.

Helena: É só isso.—falo deixando as lágrimas rolarem.— Eu só preciso de você um pouco.

[...]

Beirava as cinco da tarde, a chuva caía pesada batendo na janela.

Ele deitou comigo na cama, sem sua camiseta e eu fui para os braços dele.Ele pediu pra que eu contasse exatamente como tudo aconteceu.

Helena: Ele me puxou pelo cabelo e bateu minha cabeça na pia do banheiro várias vezes... Ele.. Ele chutava a minha barriga repetidas vezes, e eu não sabia que estava perdendo o meu filho ali..— Falo chorando.

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