capítulo 8

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  Lorena Oliveira, 23 anos. 

Helena

Eu estava na frente do portão da Clara conversando com ela e com mais duas meninas, quando ouvimos um griteiro.

Lorena: Cadê? Cadê ela? Quem é a vagabunda?

Vanessa: Lorena fica calma.

Lorena: Helena eu sei que você está aí, Helena. Aparece, anda logo. Mostra a cara, querida. Tá com medo agora é, vagabunda?

Olho pra Clara que nega com a cabeça.

Helena: Helena sou eu. Qual é o seu problema?

Lorena: Então é você, sua cachorra!

Ela voa pra cima de mim puxando o meu cabelo e tacando as unhas no meu rosto.

Helena: Aí! —grito.— Que que isso, tá louca?—Falo tentando me defender.

Lorena: Eu vou deformar esse teu rostinho bonitinho, pra você aprender a não dar mais em cima do homens das outras. Talarica morre cedo! — Grita me batendo.

As meninas tentaram tirar ela de cima de mim enquanto eu só conseguia me defender.

Lorena: Acha que pode chegar assim e ir catando o macho da outra em, sua cachorra vagabunda!?

Me acerta com tapas no rosto.

Lorena: Eu sou a mulher do Chagas, sou a primeira dama desse Morro e você quem é em sua biscatinha mimada?

Chagas

Meu rádio apita.

Chagas: manda a visão, pia.

Lacete: Chagas, corre já pra rua 15. A Lorena tá descendo o cacete na mina nova lá por causa de tu.

Chagas: Puta merda viu.—Subo na moto e acelero pra lá.

Vejo a Lorena em cima da Helena batendo e puxando o cabelo dela, maior baixaria. Chamando ela de vagabunda, de cachorra, talarica, biscate.

Helena: Sai, sai de cima de mim sua vadia de quinta.—Grita tentando se defender.

Cato a Lorena pelo cabelo tirando ela de cima da Helena.

Lorena: Ai que que isso.—Grita.

Chagas: Que indecência, maior barraco no meio da rua, vai aprender a não dar mais esses tipos de vexame.

Começo a bater boca com ela e apertando forte o cabelo dela fazendo doer.

Helena

As meninas me ajudam a levantar e sinto uma forte dor no rosto, passo a mão na boca e sinto o sangue.

Clara: Meu Deus ajudem aqui.

Giovana: Ela é louca essa Lorena.

O Gabriel continua batendo boca com aquela maluca e as meninas entram dentro de casa comigo e me ajudam a limpar o sangue e passar pomada onde dói.

Helena: Ai meu ombro.—Falo morrendo de dor.

Alguém para na porta do meu quarto e todas as meninas saem.

Clara: Qualquer coisa me liga.Sussurra pra mim.

Afirmo com a cabeça e quando elas saem vejo que é o Chagas.

Chagas: Tu tá bem?—Diz se aproximando.

Helena: Não e sai daqui, fica longe de mim.—Me levanto da cama e vou pra empurrar ele.

Chagas: Pera aí mano.

Helena: Ficou comigo tendo uma mulher. Eu devia adivinhar que você é tipo de cara traíra e que só queria mais uma. Mas você vê se coloca um freio nessa tua mulherzinha por que dá próxima vez eu não vou apanhar de graça.

Chagas: Ela não é minha mulher, porra.—Diz irritado.

Helena: Ah não? Sério?—Falo irônica.

Chagas: Não, ela não é minha mulher. Ela é minha fiel, é diferente.

Helena: Era só o que me faltava.—ri nervosa.— Sai da minha frente, eu não quero mais ver a sua cara.—Falo empurrando ele.

Ele segura minhas mãos e me encosta na parede.

Helena: Me larga.

Chagas: Ela é minha fiel. É a puta fixa que eu como. Se você quiser ser a minha eu te dou o nome.—Olho pra ele com raiva e cuspo na cara dele.

Helena: Sai de perto de mim.—Falo nervosa.

Ele limpa o rosto e me olha nervoso.

Chagas: Não devia ter feito isso.

Helena: Olha pra mim.—Grito chorando.

Helena: Esse não é o meu lugar, essas pessoas não são pra mim, olha pro meu rosto, tá ardendo, tá sangrando e eu estou horrível. Eu ia voltar pra faculdade amanhã. Ai eu apanho de graça da sua "fiel". Se pra você isso é normal pra mim não é, Gabriel.

Ele se aproxima de mim e coloca a mão no meu rosto olhando atentamente.

Chagas: Tu continua bonita do mesmo jeito.

Viro o rosto me recusando olhar pra ele.

Chagas: E não chora não, mano. Tu não precisa disso. Eu dei um jeito nela, isso não vai acontecer de novo tá ligado.

Olho pra ele ainda com os braços cruzados e então ele me rouba um selinho, depois outro e mais um até atacar meus lábios com um beijo de língua.

Chagas: E se tu cuspir na minha cara de novo tu vai se fuder, tô falando sério, mano. Ninguém cospe na minha cara.

Helena: Desculpa.

Chagas: Tá desculpada.

Ele volta me beijar devagar e tenta não colocar a mão no meu rosto por que dói.

Chagas: Dói seu ombro?

Afirmo com a cabeça enquanto ele me dá beijos leves.

Chagas: Aqui também?...

𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora