Lorena Oliveira, 23 anos.
Helena
Eu estava na frente do portão da Clara conversando com ela e com mais duas meninas, quando ouvimos um griteiro.
Lorena: Cadê? Cadê ela? Quem é a vagabunda?
Vanessa: Lorena fica calma.
Lorena: Helena eu sei que você está aí, Helena. Aparece, anda logo. Mostra a cara, querida. Tá com medo agora é, vagabunda?
Olho pra Clara que nega com a cabeça.
Helena: Helena sou eu. Qual é o seu problema?
Lorena: Então é você, sua cachorra!
Ela voa pra cima de mim puxando o meu cabelo e tacando as unhas no meu rosto.
Helena: Aí! —grito.— Que que isso, tá louca?—Falo tentando me defender.
Lorena: Eu vou deformar esse teu rostinho bonitinho, pra você aprender a não dar mais em cima do homens das outras. Talarica morre cedo! — Grita me batendo.
As meninas tentaram tirar ela de cima de mim enquanto eu só conseguia me defender.
Lorena: Acha que pode chegar assim e ir catando o macho da outra em, sua cachorra vagabunda!?
Me acerta com tapas no rosto.
Lorena: Eu sou a mulher do Chagas, sou a primeira dama desse Morro e você quem é em sua biscatinha mimada?
Chagas
Meu rádio apita.
Chagas: manda a visão, pia.
Lacete: Chagas, corre já pra rua 15. A Lorena tá descendo o cacete na mina nova lá por causa de tu.
Chagas: Puta merda viu.—Subo na moto e acelero pra lá.
Vejo a Lorena em cima da Helena batendo e puxando o cabelo dela, maior baixaria. Chamando ela de vagabunda, de cachorra, talarica, biscate.
Helena: Sai, sai de cima de mim sua vadia de quinta.—Grita tentando se defender.
Cato a Lorena pelo cabelo tirando ela de cima da Helena.
Lorena: Ai que que isso.—Grita.
Chagas: Que indecência, maior barraco no meio da rua, vai aprender a não dar mais esses tipos de vexame.
Começo a bater boca com ela e apertando forte o cabelo dela fazendo doer.
Helena
As meninas me ajudam a levantar e sinto uma forte dor no rosto, passo a mão na boca e sinto o sangue.
Clara: Meu Deus ajudem aqui.
Giovana: Ela é louca essa Lorena.
O Gabriel continua batendo boca com aquela maluca e as meninas entram dentro de casa comigo e me ajudam a limpar o sangue e passar pomada onde dói.
Helena: Ai meu ombro.—Falo morrendo de dor.
Alguém para na porta do meu quarto e todas as meninas saem.
Clara: Qualquer coisa me liga.Sussurra pra mim.
Afirmo com a cabeça e quando elas saem vejo que é o Chagas.
Chagas: Tu tá bem?—Diz se aproximando.
Helena: Não e sai daqui, fica longe de mim.—Me levanto da cama e vou pra empurrar ele.
Chagas: Pera aí mano.
Helena: Ficou comigo tendo uma mulher. Eu devia adivinhar que você é tipo de cara traíra e que só queria mais uma. Mas você vê se coloca um freio nessa tua mulherzinha por que dá próxima vez eu não vou apanhar de graça.
Chagas: Ela não é minha mulher, porra.—Diz irritado.
Helena: Ah não? Sério?—Falo irônica.
Chagas: Não, ela não é minha mulher. Ela é minha fiel, é diferente.
Helena: Era só o que me faltava.—ri nervosa.— Sai da minha frente, eu não quero mais ver a sua cara.—Falo empurrando ele.
Ele segura minhas mãos e me encosta na parede.
Helena: Me larga.
Chagas: Ela é minha fiel. É a puta fixa que eu como. Se você quiser ser a minha eu te dou o nome.—Olho pra ele com raiva e cuspo na cara dele.
Helena: Sai de perto de mim.—Falo nervosa.
Ele limpa o rosto e me olha nervoso.
Chagas: Não devia ter feito isso.
Helena: Olha pra mim.—Grito chorando.
Helena: Esse não é o meu lugar, essas pessoas não são pra mim, olha pro meu rosto, tá ardendo, tá sangrando e eu estou horrível. Eu ia voltar pra faculdade amanhã. Ai eu apanho de graça da sua "fiel". Se pra você isso é normal pra mim não é, Gabriel.
Ele se aproxima de mim e coloca a mão no meu rosto olhando atentamente.
Chagas: Tu continua bonita do mesmo jeito.
Viro o rosto me recusando olhar pra ele.
Chagas: E não chora não, mano. Tu não precisa disso. Eu dei um jeito nela, isso não vai acontecer de novo tá ligado.
Olho pra ele ainda com os braços cruzados e então ele me rouba um selinho, depois outro e mais um até atacar meus lábios com um beijo de língua.
Chagas: E se tu cuspir na minha cara de novo tu vai se fuder, tô falando sério, mano. Ninguém cospe na minha cara.
Helena: Desculpa.
Chagas: Tá desculpada.
Ele volta me beijar devagar e tenta não colocar a mão no meu rosto por que dói.
Chagas: Dói seu ombro?
Afirmo com a cabeça enquanto ele me dá beijos leves.
Chagas: Aqui também?...
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𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀
Teen FictionQuando o amor bater à sua porta, não tenha receio de abri-la. Abra a porta e deixe o amor entrar na sua vida e deixe que ele more em seu coração, permita que ele se mostre diante das suas ações e não tenha medo de mostrar que você também sabe amar...