ϟ Helena
Uma semana se passou desde que eu estou aqui e completamente entediada é o que resume.Eu fiz uma "amiga", o nome dela é Clara, ela mora aqui na rua e é bem gente boa mas totalmente diferente do padrão das minhas outras amigas.
Helena: Pedro, não sai de dentro de casa, eu vou até uma farmácia com a Clara.
Pedro: Tá.
Clara: Pedro meu futuro namorado, sério, ele vai dar trabalho aqui no complexo, as menininhas vão pirar nele.
Dou risada e nego com a cabeça. O tal do Chagas para com a moto na nossa frente quase atropelando a gente.
Clara: Meu Deus, desculpa, Chagas me desculpa foi sem querer eu não vi você vindo.
Helena: Que? Você tá pedindo desculpas pelo que? Foi ele que quase passou por cima da gente, tá maluca?
Chagas: E aí marrenta, colé a implicância dessa vez?
Helena: Você devia ser educado e pedir desculpas.— ele me olha esnobe e desce da moto.
Clara: Helena para com isso, pirou? Sabe quem ele é?
Chagas: É melhor tu tirar tua colega da minha frente logo antes que eu dê o que ela merece.
Helena: Vai me bater?
Chagas: Não bato em mulher, a não ser que ela peça.— me olha malicioso e morde o lábio.
Clara: Helena vem.— a Clara sai me puxando.
Clara: Ficou louca, cara? Não se fala assim com o Chagas, meu.
Helena: Então ele é mesmo o manda chuva aqui?
Clara: Manda na chuva, manda no sol e obedece quem tem juízo. Coisa que eu já vi que você não tem um pingo.
Bufo e continuo andando com ela. Mais a noite, entro em casa e levo um susto quando me deparo com o Pedro e o tal do Chagas jogando vídeo game no sofá.
Helena: Que que isso?
Chagas: Ô e aí, dondoca.
Pedro: Lena! Você já conheceu o Bié?
Helena: Mas não era Chagas?
Chagas: É Bié para os mais íntimos.— dá um toque de mão com o Pedro.
Helena: Sai daqui, Gabriel. Por favor, mas que palhaçada. Você tá achando que o que? Que é festa? Que você pode entrar aqui assim na minha ausência...
Chagas: O o o. Calma aí, tiu. Tô na paz, deixa eu terminar a partida aqui com o moleque e eu vazo.
Helena: Eu vou tomar um banho, hora que eu voltar aqui eu te quero longe.
Vou pro banheiro e tomo um banho quente, minha vontade era de chegar em casa hoje e chorar um monte, a saudade dos meus pais aumenta cada dia mais. Droga esqueci minha toalha no quarto. Grito o Pedro pra ele trazer uma toalha pra mim.
A porta se abre e eu estendo a mão pra fora esperando a toalha. Abre-se então o box e vejo o Gabriel.
Eu não sei se eu sentia mais vergonha, desespero ou raiva.
Helena: Tá maluco, idiota?— grito pegando a toalha da mão dele e me cobrindo.Ele olha fixo pro meu corpo.
Chagas: Uau.
Helena: Sai, sai daqui imbecil. Tarado, você é muito sem noção.
Chagas: Os peitos são seus mesmo ou é silicone também? Não, por que toda mulher que eu vejo pelada que tem peito bonito assim é tudo silicone.— olho irritada pra ele.
Chagas: Desculpa, desculpa. To saindo.
Deus do céu, ele é muito abusado. Como pode ser assim?
Que vergonha, meu Deus que vergonha! Um estranho que eu nem conheço me ver pelada, por eu ser virgem nenhum homem nunca me viu pelada. Mas isso não significa que eu não tenha cuidado com o meu corpo, eu amo e faço de tudo pra te-lo impecável sempre.
Me enrolo na toalha e vou pro quarto.Entro e vejo o embuste jogado na minha cama.
Chagas: Mano, seu quarto é muito zika ideia.
Helena: Sai daqui, Gabriel.— grito nervosa.
Chagas: Por que tu insiste em me chamar de Gabriel, mas que porra.
Helena: Por que eu não sou igual todo mundo que faz reverência pra você.
Chagas: Tu é a única nessa porra que me chama pelo nome, mó chato isso aí.
Helena: Não somos amigos e nem vamos ser. Agora sai do meu quarto, dá minha cama.— falo batendo nele com almofada.
Chagas: Vou sair. Mas falar uma coisa pra você.— ele puxa minha cintura colando meu corpo no dele. Acelero a respiração com um frio na barriga.
Chagas: Teu corpo é sensacional. Quem te vê assim magrela pensa que dá pra dá um caldo, por que os mano sempre gosta de mais carne e pá. Mas do jeito que eu te vi ali..— ele ri leve.
Chagas: Eu perdia horas contigo nesse palacete.
Fico parada encarando a boca dele que faz o mesmo e então empurro ele.
Helena: Sai do meu pé e vê se desiste. Eu quero distância de você.— ele se vira e vai andando pelo corredor.
Chagas: Coisa que tu não vai ter nunca morando na minha quebrada, dondoca. Amanhã venho bate uma lara aqui na janta, vê se faz uns filé mignon e pa.
Pedro: Ela é vegetariana.—Grita da sala.
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𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀
Teen FictionQuando o amor bater à sua porta, não tenha receio de abri-la. Abra a porta e deixe o amor entrar na sua vida e deixe que ele more em seu coração, permita que ele se mostre diante das suas ações e não tenha medo de mostrar que você também sabe amar...