Helena
Helena: Acha que ele pode, sei lá.. ter outra família?
Vera: Acho que ele te ama demais. Não te enganaria assim.
Helena: Ah, enganaria! enganaria sim! Me enganou por anos por ter matado a minha família e ter me escondido isso.
Vera: É, mas acho que depois dessa ele nunca mais faria isso. Ainda mais tentando te reconquistar.
Sorrio lembrando dele.
Vera: Ele te ama, Helena. E eu nunca vi um amor desse tamanho.
Helena: Também gosto dele. Mas o que ele fez comigo eu não vou esquecer nunca.
Vera: A vida passa rápido, minha querida. São tudo momentos.
Helena: É. Em, eu preciso ir no salão agora, o Pedro já chega da escola já já. Pode ficar com o Thiago até o Chagas chegar?
Ela afirma com a cabeça.
Thiago: Mamãe, eu não queo que voxi vai.
Helena: Ó, o papai já vai chegar aí. E o Pedro também.
Thiago: Mas o papai vai demoa ainda, mamãezinha.
Pego ele no colo o apertando.
Helena: Ai mamãezinha, essa mamãezinha ama muito esse bebezinho.— Beijo ele.
Thiago: Eu queo o meu papai.
Helena: Ele chega daqui a pouquinho.
Dou um beijo nele e vou pro salão, lá no Morumbi.Na volta me param na entrada.
Jibóia: Ae, patroa. Bié mandou avisar u cê que ele teve que levar o pirralho no hospital por que ele caiu da cadeira.
Helena: Meu Deus do céu.—Acelero até o hospital.
Chego lá e vejo o Gabriel numa salinha com ele em cima de uma maca, sentadinho com o dedinho no curativo e conversando com o pai.
Helena: Que que aconteceu?— Falo apavorada.
Chagas: —ri.— O arteiro subiu na cadeira e caiu de lá. Pensa no berreiro, o bocão aberto.
Thiago: Foi só um suto, mamãe.
Helena: Só um susto, meu amor. Deixa a mamãe ver a testa.—Olho pro Gabriel brava.
Chagas: Gata, não foi minha culpa. A gente tava comendo bolacha.
A enfermeira diz que podemos ir embora e saímos de lá.
Chegando em casa, dei um banho nele e coloquei ele pra dormir depois de mamar.Acabei jantando sozinha com o Gabriel.
Chagas: Que que tu tem?
Termino de comer e o olho duvidosa.
Helena: Você tem outra família?
Ele engasga com o suco que tá tomando e me olha rindo.
Chagas: Que?
Afirmo olhando pra ele.
Chagas: Cê tá doida. Um filho já ta dando trabalho demais, acha que eu ia querer outro? com outra muié.
Helena: Hm...
Ele me contou tudo o que estava acontecendo. Sobre as idas dele pra São Paulo, sobre o dinheiro que sumiu, tudo.. E isso me deixou em total estado de desespero.
Chagas: Mas agora eu já peguei o filho da puta. Vou levar ele pro U.P.Q e pro V.W.P e vai dar tudo certo.— Me tranquiliza.
Helena: É por isso que eu torço pra você largar essa vida.
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𝐇𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀
Teen FictionQuando o amor bater à sua porta, não tenha receio de abri-la. Abra a porta e deixe o amor entrar na sua vida e deixe que ele more em seu coração, permita que ele se mostre diante das suas ações e não tenha medo de mostrar que você também sabe amar...