Preconceito

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Nosso amor era muito forte e nada seria capaz de destruí-lo, mas apesar disso as pessoas têm que partir um dia, e havia chegado momento de levar a Carol para casa de seus pais, ela precisava conhecê-los novamente, isso seria estranho para ela, mas não poderíamos viver nossa vida aqui na cidade e deixar os pais dela mais preocupados.
  A Carol gostou da ideia, então compramos as passagens e preparamos as malas, depois jantamos e nos despedimos da minha mãe(sogra da Carol).
A viagem vou turbulenta, Pois estava chovendo.
A Carol havia esquecido a sensação de andar de avião, isso foi uma coisa nova para ela.

- Amor, segura minha mão_ falei para ela.

- Assim você vai se sentir um pouco mais segura_completei.

- Com você fico totalmente segura, meu amor_Respondeu Carol sorrindo e apertando minha mão.

- Estamos quase chegando, agora aperta forte minha mão que o avião vai aterrissar.

Ela o fez, percebi que teve muito medo, mas tudo correu perfeitamente bem.

Ao descer do avião, demoramos quase 20 minutos para pegar as malas e fomos fazer um breve lanche.

- Day, o que você acha que meus pais vão fazer? Qual será a reação deles? Sabe eu fico preocupada.

-É mais que normal pensar assim Carol, vai ficar tudo bem, já está tudo bem, eles vão adorar te rever.

- Se você diz, quem sou eu para contrariar.

Apenas sorri, ficamos em silêncio por um tempo, e depois de lanchar fomos embora.
Pegamos um táxi e fomos direto para a casa da Carol, a mesma me disse que não deveríamos mentir para sua mãe a respeito de nosso relacionamento.
Chegando , ela reconheceu a Carol, claro, e a Carol simplesmente a abraçou, contamos do acontecimento, o pai da Carol ainda estava no trabalho.

A mãe da Carol perguntou-lhe quem eu era e então a Carol respondeu:

- A Day é minha namorada.

A Carol falou isso mas o que eu e ela não sabíamos era que a mãe da Carol era extremamente homofóbica.

lembro das palavras que ela disse:

" Você maluca minha filha? Bateu com a cabeça mesmo, não bastava ter perdido a memória, agora perdeu o juízo, posso aceitar tudo menos uma filha sapatão, que humilhação, esperava mais de você Carol, a partir de hoje você não é mais minha filha, não tenho filha sapatão"

Esse foi o homofóbico e terrível discurso que a mãe da Carol falou.

Pude enxergar as lágrimas da Carol, e então sua mãe completou dizendo;

"Agora não adianta se arrepender de namorar com essa garota , não adianta mais sentir vergonha disso"

A Carol olhou para ela e disse:

- Para você eu posso não ser mais sua filha, mas a Senhora continua sendo minha mãe, e não não tenho vergonha de namorar com uma mulher, isso não é vergonhoso isso é amor como qualquer outro, vergonhoso mãe sabe o que é? É ter uma mãe homofóbica e incompreensível, sinceramente eu que esperava mais de você, e não precisa mandar nos retirarmos, pois é isso que faremos agora.

A mãe da Carol apenas olhou para ela e fez sinal negativo com a cabeça.

Quando estávamos saindo encontramos o pai da Carol, a Carol apenas pediu sua bênção, o abraçou e se despedindo falou:

- Espero de coração que não sejas igual a minha mãe.

A Carol pegou na minha mão e fomos em direção ao táxi que ainda não havia ido embora, pois eu havia pedido para esperar um pouco, nós iríamos sair com os pais da Carol.

A Carol chorava muito e eu tinha que acalmá-la, fiquei fazendo cafuné em seu cabelo, enquanto deitada em meu ombro soluçava de tanto chorar.

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