Aperta minha mão

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Seis meses, sim ela ainda não tinha acordado, 24 rosas lá se encontravam, "Será que eu tenho que encher aquele quarto todo de rosas?"
Pensava eu desesperada..

Era mês de maio, perto do seu aniversário, faltava um mês, eu e a Dona Selma íamos lá todos os dias, como se lá fosse a casa da Day, mas não era, eu não queria acreditar naquela situação mesmo vivenciando de perto.

Dia 7 de maio às 23:57 minutos, me aproximei do meu amor já com o barrigão, e falei o quanto a amava e que queria ela de volta, queria que tudo voltasse a ser como antes, eu olhava para o estado dela e nada mudava nunca, o mais importante era que a linha não ficava reta, vocês sabem de qual tô falando, eu olhava pra aquele aparelho e pedia pra ele nunca tornar-se uma linha reta, constante.

Peguei na mão da Day e segurei leve e disse "aperta minha mão" de repente ela apertou minha mão com força, ali eu senti a Day, senti que ela estava ali, viva, e isso me deu vida. Eu não tive reação.. fiquei olhando para seu rosto, e suas pálpebras se mexiam, mas logo fecharam-se.
Mesmo assim senti algo indescritível.

Chamei os enfermeiro responsáveis e eles disseram que isso não podia estar acontecendo, seria um verdadeiro milagre ela dar sinal de vida nesse período de tempo.

Ele foi ver e quando chegou lá a Day estava como sempre, falou que eu estava com sono e foi embora.

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