eleven

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POV Michael

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, não sabia o que ela fazia comigo.
Eu queria beija-la o tempo inteiro, mas ela não demonstrava interesse... Ou fui eu que não tive coragem?
Fico perdido em meus pensamentos até que Karol entra como um furacão pela porta.
— O que aconteceu pra você me chamar pra conversar? — ela tinha os lábios inchados e os cabelos bagunçados — Não me diga que você e Valu transaram.
— Quem me dera — falo a encarando — já você e o Ruggero...
— Eu vim aqui pra falar com você sobre a Valu — ela cruzou os braços me encarando.
— E quem disse que é sobre a Valu que eu quero falar — Falo a afrontando.
— Você só me chama pra conversar assim do nada quando quer algum conselho ou quer falar sobre alguma garota — ela fala cruzando os braços — eu sei que é sobre a Valu.
— Merda, Karol — falo cruzando os braços — por que você me conhece tão bem?
— Talvez porque eu seja sua irmã gêmea, idiota — ela vem em direção a cama e se senta na ponta — o que tá acontecendo?
— É a Valentina — assim que falo o nome dela solto um suspiro pesado — eu não a entendo... Quando nós dois estamos bêbados em alguma festa sempre são as mil maravilhas, mas quando estamos sóbrios parece que ela não quer, não me dá bola.
— Como você pode ter tanta certeza que ela não te dá bola? — Karol pergunta com uma cara de convencida.
— Porque hoje enquanto nós dois cantávamos, ela nem me olhava, não respondia as minhas investidas... Então eu desisti de ficar investindo nela e ela nem ligou — falo um pouco indignado.
— Irmãozinho, a gente tá falando da mesma Valentina? — Karol faz uma pergunta idiota e eu apenas a encaro — porque a Valentina, minha colega de quarto, já falou de você pra mim... Não sei se você vai querer saber o que ela falou já que você desistiu.
— Não seja idiota Karol — falo isso e ela me encara — o que ela falou?
— Que ela achava que foi tudo no calor do momento, porém ela deu a entender pela expressão facial que ela não te negaria, e por ela, ela ficaria com você — Karol fala animada — te dou a maior força maninho, seria bom ter a Valu como cunhada, fora que ela seria a sua primeira namorada que eu me dou bem.
— Não viaja, estamos falando de ficadas, não de relacionamento sério — falo autoritário.
Uma voz na minha cabeça surge e fala um 'ainda não'.
— Agora me fala você irmãzinha — falo e ela me encara, já sabia a pergunta que eu ia fazer — como vai o Ruggerinho? — Karol me encarava brava — nem vem com essa carinha que eu sei muito bem que você tá adorando ficar com ele, e digo mais, você gosta que ele vá atrás de você porque você quer que ele vá atrás de você.
— Vai se ferrar, Mike — ela levanta da cama brava.
— Ué, já vai? — pergunto quando vejo ela indo em direção a porta.
— Você vai ficar me zoando por causa do Ruggero e eu não tô afim — Ela abre a porta e sai — tchau amor da minha vida! — Karol grita do corredor.
Eu levanto da cama correndo e vou até a porta.
— Tchau minha pequena! — grito de volta e ela olha pra trás sorrindo.
Nesse momento eu só tinha certeza de um sentimento, eu amava a minha irmã e isso nuca mudaria.

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POV Valentina

Segunda sem dúvidas é o pior dia da semana, ninguém nunca é feliz segunda, principalmente de manhã.
Estava entrando na primeira aula do dia, português. Até que o professor era legal e tudo, mas eu não estava nem uma pouco afim de fazer alguma coisa hoje.
Ontem, domingo, nós ensaiamos muito, a Gio quase me matou de tanto dançar. Minhas pernas, meus braços, meu pescoço, até às palmas das mãos estão doloridas.
— Bom dia alunos — o professor entra na sala sorridente — cadê a alegria? — ele fala ao perceber que a grande maioria estava morto em cima da carteira.
— Professor, hoje é segunda, não rola felicidade é a lei da vida — Katja fala desanimada.
— Todos vocês concordam com isso? — o professor parece chocado ao perceber que a sala inteira concorda — não sei como vocês podem pensar isso dá dona segunda feira, olhem o sol lá fora,as plantas verdinhas.
— Professor, sem maldade, eu adoro as aulas de português então vamos começar logo a aula — Maxi fala alto do fundo da sala.
— Eu já comecei a aula senhor Espíndola — ele encara Maxi com um sorriso forçado — vamos falar sobre as maravilhas da vida, como o dia de hoje — o professor encosta na mesa dele e nos encara — Karol, me fale uma maravilha da vida.
— Beijar — Karol fala e a classe toda da risada — ué gente, quem aqui não gosta de beijar?
— Boa definição, Karol — o professor fala tentando conter a risada — Michael.
— Amizades — Mike fala e o professor o encara com um olhar que não consigo definir.
— Candelária.
— Namorar — ela fala olhando pra Ruggero e o mesmo desvia o olhar dela.
— Ruggero.
— Gostar de alguém — Ruggero fala olhando pra Karol, porém ela não o olha e o mesmo se frusta.
— Chiara.
— cantar — Chiara fala sorrindo.
— Jorge.
— Dançar — ele fala sorridente.
— Anita.
— Fazer compras — a menina fala sorrindo e jogando o cabelo.
— Katja.
— Vale falar uma que já foi? — o professor faz que não com a cabeça — a então... Família.
— Boa definição — ele faz esse observação sorrindo — Maxi.
— Transar — o garoto fala pervertido e olhando pra Karol, que o encara com nojo.
— Giovanna.
— Se apaixonar — ela fala pegando na mão de Lino.
— Pasquale.
— Ser apaixonado por alguém — ela fala olhando pra Gio, que casal.
— Estão chegando perto do que eu quero — o professor fala com um sorriso no rosto — Valentina.
— Amar — falo meio tristonha por lembrar da minha mãe.
— Esse é o ponto — o professor aponta pra mim contente — amar — o professor começa a caminhar pela sala — existem diversos tipos de amor, vocês concordam comigo? — na sala ecoam baixos sim — existe o amor de pai e filho, o amor de irmão, o amor de mãe, o amor de família, o amor de amizade, o amor que damos aos nossos bichinhos de estimação, o amor a coisas materiais... Eu tenho uma lista enorme sobre todos os amores do mundo — ele fala sorridente — mas não quero falar sobre esses amores.
— Então o senhor fez a gente falar tudo isso pra nada? — Candelária fala com aquela voz enjoada dela.
— Eu não terminei de falar, a senhorita não deixou — o professor fala tentando não sei rude — eu quero falar sobre o amor de duas almas gêmeas, dois seres completamente apaixonados — nesse momento o professor começa a andar mais rápido pela sala e fazer gestos com os braços — a paixão... Acredito que muitos aqui já se apaixonaram alguma vez — a classe fica calada — sim ou não? — alguns 'sim' ecoam como resposta — como foi de machucar por amor pela primeira vez? — o professor agora estava sentado na mesa dele — Karol, você é o meu alvo de hoje, me diga como foi sofrer por paixão pela primeira vez?
— Nunca me apaixonei por ninguém — Karol fala rude.
— Qual é Karol, estamos entre colegas de classe aqui, ninguém vai te julgar — o professor fala paciente.
— É Karol, fala pra classe como foi de apaixonar por mim — Maxi fala em um tom galanteador e debochado.
— Por que você não fica quieto, seu babaca? — Michael fala olhando pra trás, onde estava Maxi.
— Eu tô mentindo? — Maxi fala debochado — sua irmã que não soube aproveitar quando teve chance.
— Meninos, por favor se acalmem — o professor fala calmo.
— Como você pode se orgulhar de falar uma coisa dessas? — Michael fala ignorando o professor — como você tem coragem de aparecer aqui e agir como se nada tivesse acontecido?
— Mike, calma — Karol fala o segurando — esse babaca não vale a pena.
— Lá vem a vadia se fazer de inocente — Maxi fala rindo.
Não consegui raciocinar muito bem, foi tudo muito rápido.
Quando eu percebi, Ruggero tinha pego Maxi pelo colarinho da camisa social e o mesmo começou a dar risada.
— Repete do que você chamou ela, seu escroto de merda — Ruggero agora empurrava Maxi conta a parede.
— Vadia, é isso que essa menina é — Ruggero da um soco em Maxi — que foi em? Vai me dizer que ela nunca te deixou com vontade? Ela é sim uma vadiazinha de merda.
Quando Ruggero ia dar outro soco em Maxi, os dois são separados.
— Os dois na direção — o professor fala com um tom de voz autoritário — vocês estão surdos? Eu quero os dois na direção agora!
Maxi e Ruggero saem acompanhados da inspetora.
— Não quero ninguém falando desse assunto — o professor fala autoritário mais uma vez — todos copiando o que eu vou passar no quadro.

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