twelen

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Ruggero não entrou em nenhuma aula depois da briga, não o vi pelos corredores, só vi a mãe de entrando correndo pela porta do colégio.
Estávamos todos almoçando bem de boa até Maxi entrar com um lábio inchado, automaticamente os olhares de todo o terceiro ano caem pra ele, o mesmo caminha como se nada tivesse acontecido.
Ruggero entra no refeitório em perfeito estado, sem nenhum arranhão e todo arrumadinho, como ele sempre está. Ele vem em direção a nossa mesa e se senta do meu lado.
— Olha quem resolveu aparecer! — Jorge fala em um tom brincalhão — o nosso querido Ruggerinho brigão ou devo falar que você estava defendendo a sua amada?
— Cala a boca, Jorge — Karol fala encarando Ruggero que a encara a de volta — eu não preciso que ninguém me defenda.
— Aí gente, que clima pesado — Male fala  com uma expressão enjoada.
— Amor, nem se mete — Gaston fala abraço a amada pelos ombros.
— Vamos pra sala de música? — Chiara chama Male, Lio, Jorge e Gaston.
— Não tô afim de ir agora não — Lio fala.
— Agora, Lionel — Chiara fala autoritária.
Os cinco saem e nos deixam sozinhos.
— O que deu na sua cabeça pra ir pra cima do Maxi? — pergunto quebrando o silêncio que se instalava na mesa.
— Não podia ouvir ele falar assim de uma garota e ficar quieto — Ruggero responde com a cabeça baixa — principalmente de Karol — a última parte ele fala sussurrando pra que ninguém escute.
— Eu já falei que eu não preciso de ninguém me defendendo — Karol fala encarando Ruggero com ódio.
— Pelo menos ele tomou um soco — Mike fala alto e todos os olhares vão pra ele — valeu Rug.
— Que? — eu e Karol falamos juntas.
— Eu não acredito que escutei isso, Michael — Karol fala indignada.
— Ele mereceu esse soco e merece muito mais — o gêmeo da minha amiga fala com um certo ódio no olhar.
— Vocês não percebem? — eu pergunto e os os dois meninos me olham confusos — ele quer briga, ele quer confusão, por isso que ele vive provocando vocês dois — agora os dois meninos se encaram — parem se cair nas gracinhas do Maxi.
— A Valu tá certa — Karol fala agora de pé — parem de dar corda pro Maxi.
Eu me levanto e saio junto com  Karol deixando os meninos e a nossa discussão pra trás.

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Estávamos todos na aula de música, não sei por qual motivo o diretor também estava aqui.
— Então meu queridos alunos — a professora Melissa fala animada — hoje vocês vão me apresentar o trabalho que eu dei semana passada — ela faz um breve pausa e coloca um sorriso no rosto — só que vocês não vão me apresentar agora.
— como assim? — Chiara pergunta indignada.
— Vocês vão me apresentar mais tarde, vou querer todos vocês com roupas de show, ou pode ser normal mesmo — a professora parece mais feliz que o normal — Hoje o nosso querido diretor Martinez vai assistir o show de vocês, então façam o melhor que puderem.
— Então a aula é só isso? — Ana pergunta grossa.
— Não, não — a professora fala fazendo uns gestos com as mãos — hoje eu vou sortear três trios pra aula que vem, esses trios faram uma música autoral e apresentaram pra turma — a professora levanta da cadeira em um pulo — vão poder dançar, tocar, usar figurinos... Fazer um verdadeiro show.
— Com licença — o diretor interrompe a professora — só quero dizer que eu dei a ideia da professora passar trabalhos e pedir pra vocês apresentarem em forma de show.
— É isso mesmo que o diretor disse... A partir de agora, todos os trabalhos terão que ser apresentados como show.
— Os trios a senhora que vai escolher? — Maxi pergunta.
— Não, senhor Espíndola, será tudo na base do sorteio — a professora responde sorrindo — falando nisso, eu já vou começar o sorteio.
Ela vai em direção a mesa e pega uma urna que tinha vários papéis e retira três.
— Temos aqui um trio masculino — a professora fala fazendo as caretas de expressão dela — Agustín, Maxi e... Ruggero.
Ruggero e Maxi se encaram, mas Ruggero logo para quando Karol pega na mão dele e o olha nos olhos.
— Um trio feminino agora, três garotas muito lindas por sinal — a professora está com três papéis na mão — Malena, Valentina e... — eu e Male nos encaramos sorrindo — Katja.
O que? Eu teria que fazer trabalho com a cobrinha? Serio mesmo destino? O mundo só pode estar de zoeira com a minha cara.
Encaro Katja com um sorriso simpático, só pelo fato do pai dela estar lá, a mesma retribui o meu sorriso.
— E nosso último trio, que rujam os tambores — ela balança os braços com se estivesse batendo em tambores — Jorge, Chiara e Anita.
Os três se encaram sorrindo, com certeza aquele seria o melhor grupo, os três eram amigos.

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