POV Michael
Quando chego na casa da Valentina, ela já estava dormindo a uns vinte minutos. Estaciono o carro, saio, dou a volta e a pego no colo.
Entro na casa e está tudo apagado no máximo silêncio, estranho.
Levo ela até o quarto e me impressiono. Achei que estaria tudo arrumadinho, até porque Valentina não tinha cara de ser bagunceira mas estava tudo bagunçado. Tinha roupas em cima da cama, sapatos pelo chão, até uma calcinha pendurada na maçaneta da porta, fora as maquiagens que estavam em cima na penteadeira.
Onde eu vou colocar essa menina?
"Quarto de hóspedes", Michael Ronda você é um gênio.
Saio do quarto bagunçado de Valu e a levo até o quarto de hóspedes. Bom, onde eu acho que é o quarto de hóspedes, na verdade. A coloco na cama como cuidado, dou um beijo na sua testa e me direciono a porta.
— Fica comigo — a voz rouca de sono da minha garota soa como música aos meus ouvidos — por favor, só hoje.
— Já que você insiste — tiro o meu casaco, o sinto e a camisa.
— Eu vou me trocar — ela levanta da cama e começa a tirar a roupa — me dá a sua camisa.
— Você vai se trocar na minha frente? — pego a minha camisa e jogo pra ela, que estava só de saia.
— Qual o problema? — ela tira a saia e fica só de sutiã e calcinha — você vai me ver pelada quando... — ela coloca a camisa — você sabe.
— Acho que você não está batendo bem da cabeça — me deito na cama — vem deitar.
Ela se coloca de baixo da coberta e encosta a cabeça no meu peito. Passo a mão pelos seus cabelos fazendo um carinho pra que ele durma. Logo eu pego no sono.********************************
POV Valentina
Acordo com um peso na minha cintura e um cheiro adorável masculino. Me viro pra trás e lá estava ele dormindo feito um anjo. Passo a mão pelos seus cabelos e dou um beijo em seus lábios.
— Acordar com uma vista dessa todos os dias é pedir muito? — ele fala abrindo os olhos — Bom dia, meu amor.
— Repete a última parte — falo sorrindo — adoro quando me chama de amor.
— Meu amor, minha loira, minha garota, meus olhos lindos — ele fala sorrindo e distribuindo beijos na minha boca — só minha.
— Se a gente ir por esse caminho, eu vou ficar com diabetes — falo rindo — olhos lindos? — pergunto quando me toco desse apelido.
— Sim, os olhos mais lindos da face da terra — ele passa mão pelo meu rosto — parecem diamantes de tão brilhantes... Você tem noção que uma das pedras mais valiosas do mundo estão nos seus olhos?
— Para, eu fico com vergonha quando você me elogia muito — falo cobrindo o rosto com a coberta.
Pera, eu conheço essa coberta, esse cheiro, esse tecido. Olho pro lençol e confirmo as minhas dúvidas. Eu estava na cama do meu pai... Com um menino. Se meu pai souber disso, eu estou definitivamente morta.
— O que aconteceu, loira? Você parece preocupada.
— É que estamos na cama do meu ... — nesse momento a porta abre e lá estava ele — Pai.
— Valentina, isso já é desrespeito comigo — ele começa furioso — eu sei que você está brava... Mas transar com um garoto na minha cama? Isso já está fora do controle.
— Nós não fizemos nada, senhor Zenere — Mike fala todo encorajado — me perdoe, eu pensei que aqui fosse o quarto de hóspedes e trouxe a Valu pra ca, já que o quarto dela está impossível de se dormir... Perdão.
— Você queria dormir com a minha filha? — meu pai avança três passos.
— Eu falei pro senhor não voltar pra casa — me levanto da cama.
— Cadê a sua roupa? — meu pai me olha de cima a baixo.
Como eu fiquei só com a camisa do Mike? Em que hora da madrugada eu tirei a roupa?
— Eu tirei pra dormir — falo, espero que tenha acontecido isso — mas isso não vem ao caso agora... Eu falei pra você não voltar pra casa.
— Essa casa é minha, Valentina — ele fala bravo — eu comprei com o meu dinheiro!
— Mas está no meu nome — falo colocando as mãos na cintura — judicialmente, ela é minha.
— O que deu em você? Só por que sou mais velho eu não posso me divertir? — ele coloca as mãos na cintura — cadê o seu papo de ser cabeça aberta?
— Pai... Só vai embora — me sento na cama — volte as dez, eu não vou mais estar.
— Valentina...
— Sai da minha casa — o olho ameaçadora.
— Só vou pegar umas roupas... — ele vai em direção ao closet.
— Pegue da sua mala — ele para e me encara — aposto que está na casa dos Pasquarelli.
— Ok, você me quer o mais longe possível... Não vou te incomodar, madame — ele sai do quarto batendo a porta.
Isso foi horrível, eu odeio brigar com o meu pai, até porque ele é a minha única família de sangue.
Me deito na cama e coloco as mãos no rosto, eu não vou chorar dessa vez, não vou derramar uma lágrima por ele dessa vez. Ele nunca mereceu uma lágrima minha e isso não vai mudar agora, se ele quer foder com a vadia da Carla, que foda, eu não me importo.
— Eu vou descer, quer alguma coisa? — levanto da cama em um pulo sorrindo.
— Não — ele responde me encarando — daqui a pouco eu desço.
Saio do quarto sem me importar por estar usando só uma camiseta e duas peças íntimas. Estou na minha casa e Ruggero já me viu de sutiã e calcinha, então eu realmente não me importo.
— Bom dia — falo assim que vejo Karol sentada no balcão da cozinha — como foi a noite?
— Eu acordei virgem e com roupa, fui dormir morrendo de tesão com um menino deprimido do meu lado — ela me lança um sorriso debochado — Acho que posso dizer que essa fim de semana está sendo o mais maravilhoso da minha vida.
— Não seja irônica — me sento no balcão ao seu lado — essa roupa é do Ruggero?
— Sim, eu coloquei pra me sentir melhor com o fato de ter acordado vestida com as minhas roupas.
— Você tirou as roupas do Ruggero? — pergunto tentando não rir.
— Não, ele tirou enquanto eu dormia... Eu acho — ela volta a atenção dela pro prato de café da manhã — da pra acreditar que ele ainda não me pediu em namoro? — ela fala baixo com um tom de indignação.
— Pera, vocês ainda não estão namorando? — falo alto e ela me reprova com o olhar.
— Não, dá pra acreditar numa coisa dessas — ela se vira pra mim indignada — por que eu fui me envolver logo com ele? Mais lerdo que uma lesma.
— Nisso eu vou concordar, o Ruggero é lerdo pra caralho — falo pegando a caixa de cereal e despejando no pote.
— Por que ele não me pede em namoro logo? Pra ele eu sou só mais uma? — Karol fala e me olha.
— Não, claro que não — eu passo a mão no ombro dela — garanto que se você fosse só mais uma ele já teria te dado um pé na bunda.
— Então por que ele não me pede em namoro? — ela fala triste.
— Acho que alguém aqui está apaixonada — zoo a pequena — relaxa, ele vai te pedir.
— Vai zoar a casa do caralho — ela fala irritada.
— A essa hora da manhã e você já está xingando todo mundo — Ruggero entra na sala só de bermuda.
— Me erra você também — ela fala brava.
— O que eu fiz dessa vez? — Ruggero pergunta com desdém.
— Acho que a pergunta é o que você não fez — Karol fala mais brava ainda — e a sua resposta seria TUDO, porque você não fez tudo.
—Olha aqui Karol, se você está comigo pra perder a virgindade — ele começa — é melhor já repensar.
— Você tá ameaçado terminar comigo? — ela pergunta irônica — pera, terminar o que? Até onde eu sei você ainda não me pediu em namoro.
— Valu, quem é esse Jorge Blanco que comentou na sua foto? — Mike entra na cozinha com a calça que ele estava ontem e sem camisa — bom dia casal.
— Não somos um casal — Karol fala encarando Ruggero.
— Como assim o Jorge Blanco comentou na minha foto? — pego o celular da mão de Mike — Meu Deus, ele comentou mesmo!
— Mentira — Karol vem em minha direção e olha o celular — amiga, ele comentou na sua foto! — ela fala saltitando — O Jorge Blanco... Ele é tão maravilhoso, pena que é da equipe rival.
— Uma pena mesmo — falo.
— Quem é esse babaca? — Ruggero pergunta enciumado — ele é tão maravilhoso assim que eu nunca ouvi falar dele.
— Cala a boquinha, Ruggerinho — Karol fala o encarando.
— Cala a boquinha, Ruggerinho — Ruggero imita Karol com uma voz fina.
— Quem é? — Michael pega o celular da minha mão.
— Ele é um dos solistas da Whitmore, idiota — Karol responde "calma".
— O que esse cara rival quer com você? — Mike me olha com ciúmes.
— Não sei, talvez ele queira me encontrar — falo sorrindo.
— Se cuida irmãozinho — Karol fala com a boca cheia — ei, seu pescoço...
Olho pro pescoço de Mike e está totalmente marcado.
— A noite foi boa — Ruggero fala rindo — nem te escutei gritar, Valu.
— Primeiro, nós não fizemos nada... Foi na balada e segundo, vai se foder Ruggero — mando um dedo do meio pra ele — a não, vai foder a Karol.
— Valentina! — Karol grita me encarando.
— Desculpa mas você quer e eu não aguento mais ouvir você falando isso — falo com desdém.
— Karol, que putaria é essa? — Mike fala alto.
— Agora não Mike — Karol responde sem paciência.
— Se eu ficar sabendo que você tirou a virgindade da minha irmã, eu te mato — Mike fala encarando Ruggero com um olhar assassino
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College
FanfictionLoira, olhos azuis, rica, tudo pra ser uma patricinha perfeita, mas isso não entra no currículum dela. Valu , como os seus amigos a chamam, tem tudo pra ser a garota perfeita, mas não se intitula assim, sim como uma garota normal como qualquer outra...