POV Valentina
Já estava bêbada no meio da pista junto com Karol, eu dançava descontroladamente, não sabia que horas eram e nem me importava com isso.
Vi um certo moreno mexicano vindo em minha direção, meus olhos fixaram nos dele e bem nesse momento uma música sensual começou.
— Vamos esquentar um pouco essa festa — a voz do DJ soa nas caixas.
Era uma música exitante e quente. Vou colocar na minha playlist de músicas pra transar.
As mãos dele tocam a minha cintura descoberta, uma corrente elétrica corre por todo o meu corpo. Não tenho tempo de olhar pro seus olhos, uma língua quente e molhada invade o meu pescoço. Não queria fazer aquilo no meio da pista, não ia me rebaixar a aquele nível.
— Vem — puxo a mão de Mike e paro nas mesas.
Me sento em um sofá roxo e olho pra Mike com um olhar convidativo, ele morde o lábio inferior e vem pra cima de mim.
Sua língua invade a minha boca com pressa, sem piedade. Era muito desejo pra duas pessoas de dezessete anos.
Eu já estava molhada, completamente molhada, pra me ajudar Mike desce, mais uma vez, os lábios ao meu pescoço e sem piedade alguma ele morde e da chupões. Certeza que meu pescoço ficaria marcado mas eu não ligo.
— Mike — gemo o seu nome baixo.
Passo a mão pelo cabelo de Mike e dou um puxão que faz a boca dele se distanciar do meu pescoço.
— Minha vez — falo e levo a minha boca até o pescoço limpo do meu garoto.
Mordo, dou chupões que fariam um estrago no namoro dele com Katja, ele ficaria marcado a semana toda e só de pensar nisso eu já me satisfazia.
Ele passa a mão pelo meu couro cabeludo e da alguns leves puxões. Mudo o lado da minha cabeça e começo a investir no outro lado do pescoço. Ele gemia rouco no meu ouvido o que me dava um "gás".
— Valentina — ele geme meu nome e tenta me afastar — Valentina!
Me separo dele e o encaro brava.
— O que foi agora, Mike? — falo brava o encarando, ele parecia ter visto um fantasma — Mike?
— Lindo pra sua cara mocinha — aquela voz faz o meu corpo todo tremer, por que ele estava aqui?
— Pai? — olho pra trás e me deparo com o meu pai em pessoa com os braços cruzados, Karol e Ruggero estavam atrás com uma cara de tédio e a Mãe de Ruggero estava encarando os dois com uma cara nada boa.
— Lindo pra sua cara esse tipo de atitude, Valentina — ele fala — o mocinho pode sair de cima da minha filha, por favor.
Mike se levanta e arruma o casco que ele estava, estende a mão pra me ajudar a levantar.
— Eu viajo por um dia e você já sai pra aprontar, não tem jeito mesmo — meu pai começa a falar.
— Pai, hoje não — falo encarando meu pai.
— A não, você vai ouvir — ele começa e eu reviro os olhos — eu viajo por um dia e quando eu volto tenho a notícia que você está bêbada em uma balada e ainda por cima se atracando com um moço em um sofá onde todos vêem, por amor em Valentina.
— Por amor digo eu — começo a elevar o meu tom de voz — primeiro que você sempre me deixou sair, não sei o porquê desse show todo agora, segundo, ele não é qualquer um, é filho do Marcos, o seu amigo e é um Ronda... Não vejo problema em beijar ele, ainda mais porque ele beija muito bem... — cruzo os braços e encaro meu pai — a propósito, está de parabéns em meu amor — dou dois tapinhas no ombro de Mike na intenção de provocar meu pai — que boca...
— Chega Valentina — meu pai pega no meu braço mas eu puxo o mesmo na hora — vamos embora, amanhã teremos um dia cheio.
— Me erra — encaro meu pai — vai atrás das putas que você chama de namorada e me esquece como você sempre faz.
— Mais respeito com a Senhorita Pasquarelli — ele fala e eu fico de boca aberta.
— Que? — Ruggero exclama olhando pra mãe dele — você tá transando com o pai da Valentina? Mãe isso já está fora de todos os limites...
— Eu vou pra casa — pego a minha jaqueta no sofá e puxo a mão de Mike — nem sonhe em aparecer por lá hoje.
— Onde eu vou dormir? —Meu pai grita comigo.
— Com a mãe do Ruggero! — saio pela porta da balada.
Ruggero e Karol aparecem logo depois de uns cinco minutos.
— Esse idiota acabou com a minha noite — reclamo — passou de todos os limites possíveis — passo as mãos pelo cabelo — que saco!
— Ei Bonita — Mike me aconchega no seu peito — calma, está tudo bem.
— Vamos embora? — Karol pergunta pra Ruggero.
— Vamos — Ruggero entrelaça os dedos com os da garota.
Ele estava triste, já estava acostumado com esses namorados da mãe mas eu acho que ele nunca imaginou o meu pai. Ninguém nunca imaginou os dois juntos, ainda mais porque a Carla era uma das melhores amigas da minha mãe.
— Vem — Mike me puxa até o carro.
Eu entro, coloco o sinto e cruzo os braços. Meus olhos começam a queimar, sinal de que as lágrimas já estavam lá. Eu odiava discutir com o meu pai, eu sei que sempre compro briga com ele mas eu odeio essas discussões sérias.
Respiro fundo. Não posso deixar essas lágrimas escaparem.
Mike coloca a mão dele sobre a minha e os meus olhos vão ao encontro dos seus.
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College
FanfictionLoira, olhos azuis, rica, tudo pra ser uma patricinha perfeita, mas isso não entra no currículum dela. Valu , como os seus amigos a chamam, tem tudo pra ser a garota perfeita, mas não se intitula assim, sim como uma garota normal como qualquer outra...