seven

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Ao entrarmos no colégio pelo jardim encontramos com a Jararaca na Ana.
— Vocês estavam lá fora? — ela pergunta com um sorriso cínico — meu tio vai adorar saber disso.
— Aí Jararaca, sem paciência pra suas brincadeiras — Karol responde com a cara amarrada.
— Acho que vocês deveriam se preocupar... Ou já se esqueceram do vídeo? — Ana arqueia uma sombrancelha.
— Ana, por favor nos deixe em paz por agora — Mike fala calmo — Amanhã você e suas duas amiguinhas nos ameaçam, fazem os jogos de vocês, o que vocês quiserem fazer com todos nós, mas agora só queremos dormir.
— Está cansado Mike? — Ana pergunta com uma cara de preocupada, ela estava mesmo afim dele.
— Claro que ele está cansado, afinal foi uma longa noite... Né Mike?! — falo com um sorrisinho malicioso no rosto, não podia perder a chance de provoca-la.
— Uma longa noite, Valuzita — ele retribui o meu sorriso malicioso.
Ana me fuzila com os olhos, estava nítido, eu tinha decretado guerra contra ela.
— Podemos entrar ou você vai continuar no caminho? — Male pergunta impaciente.
Ana cruza os braços e vira as costas pra todos nós e sai batendo o pé na grama.

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Eu e Karol estávamos tirando a maquiagem pra ir dormir, eu estava com o mesmo pijama que eu sempre uso. Camisa do Ruggero e um shortinho fino e leve.
— Acho que agora o Ruggero não é tão insuportável — falo recebendo a atenção dela — pelo menos não foi isso que pareceu hoje mais cedo.
— Ele contínua sendo o mesmo chato de sempre, só que agora ele é um chato que beija bem — ela tem um sorrisinho no rosto — cá entre nós, Valuzita, pra beijar ele não precisa falar, então eu posso suportar isso.
— Isso quer dizer que vai rolar um replay? — olho pra ela com um sorrisinho safado.
— Quem sabe né — ela tem o mesmo sorriso safado nos lábios — e você e o meu irmão? Rola ou nem?
— Não sei, foi tudo no calor do momento — desmancho o meu sorriso — o corpo estava quente, a bebida estava subindo pra cabeça, hormônios a flor da pele... Não sei.
— Valu, meu irmão não faz as coisas por causa de bebida — Karol me encara — Se ele não quisesse ficar com você eu te garanto que ele não tinha ficado.
— Você acha? — pergunto confusa.
— Eu vivo com ele desde sempre, eu tenho certeza do que falo sobre meu irmão — Karol fala convencida.
— Amanhã ainda é quinta né? — pergunto e Karol acena com a cabeça — droga... Vamos fugir no fim de semana né?
— Claro que sim — Karol me olha animada — Eu fiquei sabendo de uma festa, mas não é uma simples festa, é A festa — Karol parecia animada demais — Vai ser open bar e vai ter várias pessoas.
— Onde que é essa festa? — pergunto correspondendo a felicidade da garotinha.
— Se eu não em engano, é no centro, em uma fraternidade — Ela fala mais empolgada ainda — Sexta tem outra festa, também é em uma fraternidade, só gente boa que vai.
— Como você sabe tanto dessas festas? — pergunto.
— As pessoas que vão dar as festas são meus amigos — ela responde sorrindo.
— Então nós vamos sair sexta e sábado? — pergunto e ela faz que sim com a cabeça — preciso escolher minhas roupas.
— Meu irmão não liga muito pra isso, Valuzita — Karol fala me zoando.
Eu a olho com uma cara de brava e ela volta a rir alto.
Eu nunca me apeguei a alguém tão rápido com em Karol, é inexplicável a conexão que nós temos, somo muito parecidas em tudo.
Estávamos as duas rindo descontroladamente até escutarmos batidas na janela.
— Visita pra você, Karolzinha — a zôo quando percebo que é Ruggero na janela.
Me levanto e abro a janela, essa noite não está tão fria como a de ontem.
— Olá garotas — Ruggero fala galanteador — tenho um convite irrecusável pra vocês.
— Envolve quebrar alguma regra? — Karol pergunta e Ruggero afirma com a cabeça — então pode contar comigo.
— Qual é a proposta? — pergunto quebrando o clima que os dois tinham criado.
— Vamos pro porão fazer um som — Ruggero fala animado.
— Você já viu as horas? — pergunto e ele faz que não com a cabeça — são três horas da manhã!
— Para de ser chata, vamos logo — Karol fala com um sorriso no rosto, ela já estava de pé.
— Vamos Valu, você já iria perder a primeira aula de qualquer jeito — Ruggero fala me incentivando.
Eu já havia percebido que não tinha escolha, só o que me restava era ir com eles. Dito e feito, eu pulei a janela e Karol veio logo atrás de mim.

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