Loira, olhos azuis, rica, tudo pra ser uma patricinha perfeita, mas isso não entra no currículum dela. Valu , como os seus amigos a chamam, tem tudo pra ser a garota perfeita, mas não se intitula assim, sim como uma garota normal como qualquer outra...
Já era sexta-feira e hoje teríamos a live em conjunto com os alunos da Whitmore. Jorge não olhou na minha cara durante toda a quinta-feira, nem sequer apareceu na aula de música. Bom, eu perdi o meu solo de Don't stop beliven' pra Chaira e todos me tratam como se eu fosse um vaso de vidro, medem muito as palavras pra conversar comigo e nunca falam do Jorge, nem mesmo quando eu pergunto. - Valentina, acorda pra vida minha filha - Karol fala estralando os dedos em frente ao meu rosto - a gente vai se atrasar. - Desculpa, eu dormi um pouco - falo com um sorriso forçado no rosto. Término de arrumar o meu cabelo em um rabo de cavalo despojado e dou os últimos toques na minha maquiagem. Havia optado por um vestido preto e por cima um tule preto com algumas flores.
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Karol, ao contrário de mim, estava parecendo uma mega artista. Ela estava com um macacão preto brilhante, uma jaqueta de couro preta e uma bota de salto cano alto preta.
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- Podemos ir? - Karol pergunta me olhando. - Sim - falo sorrindo. Quando abro aporta pra sairmos dou de cara com Jorge, ele me olha nos olhos procurando coragem. Eu fico paralisada, tento fala alguma coisa mas a minha boca só se mexe e não emite nenhum som. - Podemos conversar? - ele me pergunta quebrando o silêncio e eu aceno com a cabeça. - Vocês tem vinte minutos - Karol fala e sai do quarto. - Pode entrar - falo e ele entra - desculpa, eu não... - antes que eu pudesse continuar Jorge me puxa pra perto dele. Ele me beija com calma e eu só correspondo, coloco a minha mão no pescoço dele e brinco com os cabelos de lá, não vou dizer que era um beijo de paixão mas sim de perdão. - Desculpa - falo quando separo os meus lábios dos do Jorge, nossos rostos ainda estavam próximos - nunca foi a minha intenção fazer qualquer... - Jorge coloca o dedo indicador nos meus lábios. - Eu não estou bravo - ele fala em um sussurro - não estou triste, nem deprimido - ele continua falando - não quero que o Michael tire de mim a coisa mais preciosa do mundo. Afasto os nossos rostos e olho no fundo dos olhos de Jorge, alguma coisa me dizia que aquilo estava errado, que nós dois estavamos nos enganando, enganando os nossos corações. - Promete nunca me deixar - peço o olhando - se o que temos acabar, promete não me deixar por nada - peço olhando no fundo dos olhos dele. - Prometo - ele fala e me puxa pra um abraço - nunca te deixaria ir - ele fala no meu ouvido, acho que ficamos uns bons minutos assim, abraçados. - Acho que temos que ir - falo quando volto a realidade - já estamos muito atrasados - falo sorrindo, o primeiro sorriso verdadeiro que eu dou desde o acontecimento de quarta a noite. Ando em direção a porta mas Jorge puxa a minha mão e eu acabo indo de encontro a ele e ele me dá um selinho demorado. - Agora podemos ir - ele fala sorrindo e me puxando em direção a porta.