three

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Ruggero abre a porta pra mim e me dá passagem pra passar. Ao entrar no quarto me deparo com Mike deitado na cama com uma calça moletom e sem camisa. Ele é realmente uma delícia, desculpa mundo mas que homem.
— Michael?! — Chamo a atenção dele pra mim.
— Valu, não sabia que viria tão cedo — ele levanta e vai em direção ao armário dele.
— Não precisa colocar ... — pego a camisa da mão dele.
— Gosta do que vê? — ele sorri sarcástico.
— Ei, vocês dois — Ruggero entra no quarto — sem se pegarem aqui — ele tira o blazer e a gravata — eu vou dar uma voltinha, quando eu voltar não quero ver vocês dois se pegando.
— Me erra, Ruggero — taco a camisa nele.
Ele saiu e nos deixou sozinhos. Eu sei que todos os pensamentos que passam na minha cabeça agora são muito errados, mas quem consegue focar em outra coisa quando tem um homem como o Michael sem camisa na sua frente? Isso mesmo, ninguém.
— Então... — eu volto a realidade quando a voz grossa dele soa e percebo que ele me encarava — pensou em alguma coisa?
— Eu queria muito fazer uma coisa mais acústica — me sento na cama — só violão mesmo, até porquê eu não sei tocar nada que não seja violão
— Sugere alguma música? — ele se senta do meu lado, perto demais.
— Não sei... é.... não ... não sei — eu gaguejei, ótimo Valentina.
— Tá nervosa? — ele se aproxima mais, não faça isso Mike.
— Nem um pouco — me aproximo mais dele e olho no fundo dos seus olhos — que música você sugere? — seus olhos caem pra minha boca.
— Não... — ele se aproxima mais, obrigada por cair no meu jogo Mike.
Me aproximo mais dele, isso não estava nos meus planos mas era inevitável não querer o beijar. Eu não sabia o que fazer, eu estava hipnotizada pela boca carnuda dele. Seria um grande erro beija-lo agora, nós começamos a jogar agora, o jogo não podia acabar.
Eu tentava me afastar dele porém não conseguia, o meu corpo o queria. Não conheço o menino direito e já vou beija-lo. O que está acontecendo com você esse ano, Valentina?
Quando nossos lábios estavam prestes a se tocarem a porta abre bruscamente.
Droga. Eu não podia estar mais ferrada.
— Você por aqui, Valentina — Katja fala — meu pai vai amar saber que você estava na ala masculina dentro de um quarto com um garoto sem camisa — ela repara em Mike e abre um sorrisinho safado.
— Por que ele acreditaria em você? — Mike fala debochado — só porque você é a filhinha dele?
— Aí Mike não fica debochando dela, coitada — eu abro um sorriso debochado — não vê que ela faz isso pra chamar atenção do papai dela, porque cá entre nós, o papai diretor da mais atenção pras namoradas do que pra filhinha.
— Cala a boca Valentina — ela avança da porta — Ou eu vou...
— Ou você vai fazer o que, Katja? — Karol aparece atrás dela — Perdeu a língua foi?
— Meu pai vai saber que vocês estão de calúnia comigo e vocês vão ser todos expulsos — ela começa a se alterar — Vocês vão se ver comigo.
— Katja, você acha que o seu pai vai confiar na sua palavra quando tem três contra? — Mike fala debochado, esse menino é demais.
— Quatro — Ruggero aparece na porta.
— Você que escolhe — Eu falo levantado da cama — Você fica de bico fechado sobre o que viu ou vai passar por mentirosa e seu papai não ira confiar mais em você — Cruzo os braços e a encaro.
Ela vira de costas pra mim e encara a Karol e o Ruggero, ela se vira pra mim e pra Mike de novo. Por um momento eu achei que ela tinha pensado em algo mas ela bufa e sai do quarto empurrando Ruggero.
— Eu falei pra vocês não se pegarem aqui dentro — a voz de Ruggero soa autoritária — a cobrinha vive por aqui e você sabe disso Valentina.
— Sem lição de moral agora — Eu me sento na cama de novo, só que dessa vez eu estou mais longe de Mike.
— Então quer dizer que vocês mal se conhecem e já estão se pegando — Karol se intromete na conversa — irmãozinho você está pior que eu — ela debocha de Mike.
— Muito engraçada você — ele finge uma risada — alguém me ajuda, não consigo respirar de tanto rir.
— Nem foi uma piada irmãozinho — ela continua sarcástica.
— E pra informação de vocês, nós não nos beijamos — Eu digo.
— Se a diabinha não tivesse atrapalhado... quem sabe — Mike fala alto, eu o encaro e ele está com um sorrisinho safado.
— Quem foi que falou que eu queria te beijar? — eu cruzo os braços e o encaro.
— Sério mesmo que vocês vão ficar de joguinhos? — Ruggero fala cortando todo o clima que eu tinha criado.
— A Valu também fica de joguinhos? — Karol pergunta e o Ruggero afirma com a cabeça — você foram feitos um por outro.
— Se não for incomodo, vocês podem sair do meu quarto, eu e essa beleza do meu lado temos que fazer um trabalho — Mike soa sarcástico.
— Desculpa amigão, mas a Karol tem uma coisa pra nos mostrar — ele começa a desabotoar a camisa do colégio — ela falou que é importante.
— Querido, não sei se você percebeu mas eu estou aqui — Karol exclama e Ruggero devolve com uma cara de interrogação — eu não sou obrigada a te ver sem camisa.
— Então sai do meu quarto — ele responde grosso.
— Não, vai se trocar no banheiro — Karol responde grossa.
— Nem pense em responder, Ruggero — eu interveio na discussão que estava se aproximando — Karol, vamos pro nosso quarto, você se troca e depois nós todos nos encontramos na sala de estar.
Não deixo que ninguém fale nada e puxo Karol pra fora do quarto.
— Valentina estraga prazeres — Karol sussurra.
— Não fique brava Karolzinha, você vai ter outra chance de ver o Ruggero pelado — ela bufa atrás de mim.

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