forty nine

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— Eu tô nervosa — Malena fala pela vigésima vez.
Nós duas estávamos esperando o resultado dos exames que fizemos com a doutora Márcia, já haviam se passado trinta minutos e nada.
— Eu sei Malena, você já me falou isso umas vintes vezes — Falo entediada.
— Você fala isso porque não é em você que provavelmente tá crescendo um ser humano — Ela me repreende e eu reviro os olhos.
— Malena Ratner — a doutora a chama.
Malena me olha apreensiva e nós duas entramos na sala da doutora e nos sentamos.
— Então doutora? — Male pergunta com um sorriso forçado no rosto.
— Parabéns, você está de três semanas — a doutora fala sorrindo.
Malena se joga na cadeira e olha pro teto, uma lágrima escorre pelo rosto dela.
— Minha mãe vai me matar — ela sussurra.
— Obrigada doutora — falo com um sorriso no rosto e puxo Malena pra saída.
— Valentina, fudeu, fudeu muito — Malena fala alto quando saímos do hospital — eu tô fodida.
— Respira... Liga por Gaston, pede pra ele vir nos buscar e você conta pra ele, eu te ajudo — falo passando a mão pelo ombro dela.
— Ele vai me largar — Malena solta mais uma lágrima mas eu a seco logo que escorre.
— Ele te ama, nunca te deixaria — digo na intenção de a confortar — liga pra ele.
— Tá bom — ele respira fundo e pega o celular.
Após uns vinte minutos que ela fez a ligação Gaston chegou, durante esse tempo Malena não soltou uma palavra sequer, ela só olhava pra própria barriga e soltava algumas lágrimas.
— O que aconteceu? Você está bem? — Gaston pergunta assim que entramos no carro.
— Tenho que te contar uma coisas — Malena fala olhando pra frente — por favor, para o carro.
— Tá bom — Gaston paro o carro em uma esquina pouco movimentada.
Malena continuava olhando pra frente, ela coloca a mão na barriga e olha pra Gaston. O mesmo acompanha o gesto e logo depois olha no fundo dos olhos dela.
— Você tá grávida? — ele pergunta em um sussurro e Malena abaixa a cabeça — Meu Deus... Como isso aconteceu? Nós sempre usamos camisinha.
— Eu não sei, talvez estivesse furada... Eu não sei — Malena fala entre lágrimas.
— Não chorar por favor — Gaston seca as lágrimas de Malena — é nosso filho, linda... Nosso pedacinho de ser humano.
— Você não vai terminar comigo? — Malena pergunta surpresa.
— Nunca faria isso, eu te amo muito pra te deixar —Gaston fala sorrindo.
— Nossa junção, nosso filho — Malena passa a mão na barriga e Gaston coloca a mão sorrindo.
— Nosso filho — Gaston fala e eu vejo uma lágrima sair.
— Como vamos contar pra minha mãe? Ela vai me matar — Malena fala já entrando em pânico de novo.
— Calma, eu vou junto com você e todos vamos conversar, se for preciso eu te levo pra morar comigo — Gaston fala passando a mão pela barriga dela mais uma vez.
— O momento tá lindo mas sou obrigada a atrapalhar — digo e os olhos dos dois voltam pra mim — temos mais coisas pra fazer, Male.
— A festa da Karol, o horário no salão, tinha me esquecido — Male fala batendo a mão na testa.
— É lindinha, não é porque agora tu é preferêncial que a gente pode ficar se atrasando — falo em um tom zoeiro.
— Meu amor, nos leva até o salão que eu sempre vou? — Male pede voltando a sua atenção a Gaston.
— Não posso dizer não pra mãe do meu pivete — Ele responde carinhoso e Male sorri boba.
— Aí vocês são tão casalzão da porra — falo apreciando a cena.
— Você sabe como estragar um clima romântico, meu God — Male fala entediada e eu dou risada.

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Já estava praticamente pronta pra festa da Karol, um vestido preto exageradamente decotado e uma bota cano longo bem sexy. O cabelo preso em um rabo despojado e uma maquiagem levemente carregada acompanhada de um batom vermelho.

 O cabelo preso em um rabo despojado e uma maquiagem levemente carregada acompanhada de um batom vermelho

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