- Te vejo quando você voltar então?
- Aham - eu disse dando um sorriso pro garoto ao lado - Valeu pela carona Mark!
Eu me inclinei e dei um beijo no canto da sua boca, logo depois sai do seu carro e me dirigi até a porta da minha casa. Não cheguei a olhar para trás observando se o carro havia saído, apenas abri a porta e entre.
- Cheguei!
- Ai que bom - a Hinata disse empurrando a sua mala pela sala - Eu já tava de saída Saky! Achei que não ia dar pra me despedir...
- Mas você já tá indo miga? - eu perguntei olhando as horas - Pensei que seu trem saía amanhã!
- E saia - ela disse pegando o celular provavelmente para chamar um Uber - Mas meu pai trocou a passagem. Ele conseguiu cancelar uma reunião e pediu para eu ir mais cedo. Agora mudou pra hoje, ás 20h - ela se sentou na mala - E você já está com tudo pronto?
- Quase, falta só algumas coisas. Mas conhecendo a Temari, ela deve estar arrumando as malas agora - eu disse revirando os olhos - Daqui a apouco ela deve aparecer aqui.
- Nossa verdade! Esse ano ela vai pra sua casa!
- Não sei como ela preferiu ir comigo pra Charlotte ao invés de ir contigo pra Nova Iorque! Pelo amor de deus neh! Prioridades...
Todo feriado de ação de graças era assim. Cada uma de nós saia correndo em busca de fazer as malas e viajar até sua cidade natal para ver a família. A Hinata sempre ia de trem pra NY visitar seu pai, a Ino ia pra Washington junto com o Sai e a Tenten voltava para a Filadélfia. Todas riquíssimas iam sempre de trem ou de avião; já eu, mesmo sendo a que morava mais longe, tinha que ir de carro.
Apesar de ter estudado na Foxcroft School, um dos internatos mais caros do país, eu não chegava nem perto de ser rica que nem as outras garotas. Meus pais, ao contrário do resto, deram muito duro para pagar aquela escola, contra a minha vontade, óbvio. Mas hoje, olhando pata trás, eu não reclamo.
E então temos a Temari, que como é britânica, não tem o hábito de comemorar o Thanksgiven, e sendo assim, ela decidiu que em cada ano iria para uma de nossas casas. O que eu nunca vou entender é como ela preferiu, dentre todos os lugares maravilhosos que as outras meninas moravam, a minha pacata cidade Charlotte. Não tem nada para fazer lá! A única coisa é o parque de montanha russas Carowinds, e só. E para piorar, eu nem morava no centro cidade, mas num bairro bem mais afastado. Sem contar a viagem de carro de 13 horas. 13 FUCKING HORAS!
- Eu jamais trocaria a cobertura da Hinata pela sua casa mequetrefe Sakura - a Ino disse descendo a escada com umas duzentas malas e bolsas.
- Exato! - eu disse concordando.
- Posso pegar uma carona com você Hina? Eu também preciso ir para a estação de trem.
- Lógico que sim! - a morena disse com o sorriso mais fofinho de mundo - Que horas você sai amanhã Saky?
- Cedo - eu disse já cansada com a viagem - Bem cedo. Inclusive, acho que vou terminar de arrumar minhas coisas. Tchau pra vocês! - eu fui até elas dando um abraço apertado em cada uma e depois subi as escadas em direção ao meu quarto.
Olhei para a cama e vi a mala aberta. Era engraçado o fato de que eu tinha que levar uma mala inteira de roupas pra a casa dos meus pais na verdade, lugar onde passei boa parte da minha vida. Acabou que o fato de eu ter me mudado com 14 anos de lá fez com que o lugar onde eu cresci não parecesse o meu lugar. Toda as vezes que visitava Charlotte ansiava por um sentimento de saudades e nostalgia que nunca veio.
Minhas coisas já estavam quase prontas. Era só separar os documentos e objetos que eu precisava ter na mão durante a viagem e pronto.
Sentei na minha cama e coloquei meu pc no colo, procurando algum filme para ver. Mas enquanto vasculhava o Netflix, minha mente foi para outro lugar. Comecei a pensar no fato de não ver o Sasuke há umas duas semanas já. Era muito? Não. Mas comparado á forma como nós estávamos antes, foi um grande progresso.
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Easy | SasuSaku
Romance{Livro 1 - Cambridgeport Series} Sakura e Sasuke são dois defensores fiéis da vida de solteiro. Uma vida de liberdade emocional e física, sem nada para se prender. Ambos possuem personalidades fortes e não querem que ninguém venha atrapalhar os seus...