Capítulo 11

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 AAAAAAA ULTRAPASSAMOS MIL VISUALIZAÇÕES!!!

Para comemorar tal feito, irei tentar maratonar com vocês, postando um capítulo hoje, amanhã e sexta. Será que rola? Vamos que vamos!

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ERIN


Os raios solares daquela manhã abrasavam a minha pele, aquecendo-a confortavelmente. De óculos escuros e olhos fechados, eu escutava a voz melódica de Frank Sinatra contar-me sobre o seu jeito, enquanto o meu corpo boiava sobre as águas cristalinas da piscina. Acredito que em meio ao vazio, as vozes mais conhecidas pelo mundo inteiro são as minhas melhores companhias. Muitas vezes elas me contam os seus segredos mais ocultos. E, assim, eu me sinto mais humana.

A semana havia se passado, tornando-se apenas um borrão cheio de rotinas. Eu estava focada demais para me distrair com outros jogos de sedução, e consequentemente, meu corpo se encontrava muito ansioso e vulnerável. O esforço físico e mental usado na organização da próxima exposição também o deixou em um alto nível tensional. Precisava de uma válvula de escape, ou em outras palavras, precisava urgentemente ser muito bem fodida. Com tais pensamentos, o único nome que se passou por minha cabeça foi o de quem eu deveria evitar: Mason Hoth.

Sua capacidade de me perseguir era um fator maçante, e revelava, desde já, que eu deveria manter o máximo de distância possível. Mas, contrariando a razão, o meu sexo insistia em se contrair com as lembranças vívidas daquele primeiro encontro. Eu tentei, mas não consegui suportar. Não consegui dizer não ao meu corpo daquela vez... quando o seu toque ardia em minha pele, e formigava em cada canto da minha estrutura física.

Minhas regras se tornaram claras — e cruciais— para mim com o passar dos anos: eu não repetiria fodas, e não manteria relacionamentos. Por isso, o desprezei da última vez que nos encontramos na casa noturna de Ty Coulter. Outro homem que poderia ter sido minha distração, se não fosse apenas mais um idiota perdidamente encantado por uma mulher linda e distante de sua realidade. Isso, sem antes mencionar o episódio traiçoeiro de Mason. Ele atrapalhou a minha noite, de fato. Ele me sabotou. Nesse sentido, ele me devia aquele sexo. 

Por isso, cogitei sobre a situação: quebrar uma das regras, não seria de todo um deslize se fosse uma forma de corrigir a consequência advinda de um erro repugnante.

— Senhorita? — Ignorei ao chamado, desfrutando da melhor estrofe da música. Mas, a voz persistiu. — Senhorita Alderton?

Abri os olhos e observei a figura feminina curvada em minha frente, os pés sobre a borda da piscina, equilibrando-se para não cair. Sua pele naturalmente bronzeada e os grandes olhos castanhos seguiam os mesmos tons aveludados.

— O que a faz incomodar o meu descanso, senhorita De Ávila? Espero que tenha um ótimo motivo para isso.

Monique De Ávila é espanhola e a mais nova das minhas funcionárias. Com apenas vinte e quatro anos trabalha comigo há quase dois. Para cuidar do vasto espaço da casa, havia mais duas além dela, a governanta e outra arrumadeira.

— Me desculpe incomodá-la, mas eu trouxe o seu drinque.

— Sua lentidão fez-me até esquecer que eu havia o pedido. Por acaso, precisou ir a uma destilaria para fabricá-lo? — adverti, por sua delonga.

— Não, senhorita, me perdoe pela demora.

— Que não se repita — nadei até a borda e peguei a bebida sobre a bandeja. Experimentei um gole, ao menos estava como de costume: forte e amarga.

— Certamente, senhorita.

— Avise ao Janssen para vir aqui.

Ela saiu apressada e eu continuei apreciando a bebida, quase ao final da melodia.

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