Benefício da Dúvida (+18)

Capítulo 26

ERIN

Mason está receoso ao meu lado com a velocidade que eu atingi até o momento, mas, afim de surpreendê-lo um pouco além, piso no acelerador e ganho a via que nos retira do centro movimentado de Chicago. Essa estrada poderia nos levar até a minha casa, se de fato fosse o nosso rumo. Todavia, não era. Estávamos seguindo uma direção qualquer, sem lugar para chegar. Embora, definitivamente, sinto que estar com Mason aqui e agora nos colocaria em uma direção promissora.

Apesar de eu ser a única a passar por aquele caminho àquela hora da noite e isso representar algum tipo de perigo, eu estava disposta a buscar aquilo que nós dois precisávamos: liberdade.

― Uhuuul ― ele berrou na janela do carro, com uma de suas mãos ao vento.

De relance, olhei-o com um sorrisinho estampado em meus lábios. Ele parecia eufórico com o nosso simples passeio. Mesmo que depressa, seus olhos encontraram os meus e eu voltei a atenção para a pista.

Pouco tempo depois, senti a sua mão quente pousar em minha pele nua, entre a fenda do vestido. Minha respiração ficou pesada com o simples toque e eu precisei inspirar fundo quando ele subiu e desceu a sua mão com lentidão, provocando-me.

Ouvi um clique vindo do seu lado, que eu imaginei ser do cinto de segurança.

O que diabos ele está fazendo? A resposta veio de imediato, quando os seus lábios roçaram o topo do meu ombro e foram subindo lentamente pelo pescoço, onde depositou um beijo faminto. Sua língua roçava a minha pele com destreza, da mesma forma que ele fazia em minha boca quando estava apossado dela. Os pelos de meu corpo se arrepiaram com a carícia, e confusa sobre o que eu mesma estava fazendo, freei repentinamente em direção ao acostamento.

O impacto inesperado fez com que Mason batesse contra o vidro temperado, e a minha boca se abriu em surpresa. Eu havia me esquecido de que ele estava sem o cinto.

― Você está bem?

Seus olhos encontraram os meus, e então começamos a rir, descontroladamente. Nossas gargalhadas duraram alguns bons instantes, até que a seriedade fora voltando aos poucos. Passei a língua pelo meu lábio inferior, não desviando nossos olhos nem por um segundo. Mason inspirou fundo... E, em sintonia, buscamos um ao outro, chocando nossos lábios em desespero. Sua língua se enroscou com a minha de maneira possessiva. Eu adorava o modo como ele me beijava, era avassalador, como se eu fosse tudo o que ele queria naquele momento.

Sem visão alguma, tateei desnorteada até o botão para libertar o meu cinto de segurança. Eu precisava ter a liberdade que eu almejava, e estar com Mason era um o jeito mais fácil de alcançar o meu objetivo. Mesmo que por pouco tempo.

Livre, salto para o seu colo, sem nem desgrudar nossas bocas. Suas mãos grandes e firmes pousaram em meu traseiro, apertando-o e trazendo para a sua nítida ereção. Ele já estava pronto para mim, e, ainda assim, consumia os meus lábios como se fosse mais importante do que alcançar o seu próprio apogeu. Mason não tinha pressa, estava com uma fome insaciável que era capaz de fazer qualquer mulher perder os sentidos, e, principalmente, a razão.

Limitados pela falta de oxigênio, fomos obrigados a separar os nossos lábios. Arqueei a minha cabeça quando ele desceu seus beijos pelo meu pescoço e levou sua mão para o centro de minhas pernas. Eu estava usando uma fina calcinha de renda, que àquela altura do campeonato já estava encharcada com o meu próprio desejo.

― Maldição! ― Ele rosnou ao perceber o quanto eu o queria.

Mason puxou a calcinha pelo cós, rasgando-a e tirando de meu corpo. Gemi, com atrito do tecido apertando a minha pele. Isso me levou ao ápice de excitação. Caralho!