Capítulo 50

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Ps: Como prometido, aqui está o segundo capítulo da semana. Em breve, teremos o terceiro, e, se possível, o quarto :O Isso mesmo! Por isso, peço, de coração, que continuem comentando o que vocês estão achando sobre a história. Isso é o que me inspira, o que faz ter vontade de continuar. O incentivo e o apoio de vocês é muito importante para mim, não tenham dúvidas disso. Com carinho e amor, Lua. 

ERIN

Meus passos rápidos e enfurecidos denunciaram a minha chegada assim que eu pisei no solo da galeria. Eu não queria voltar para casa e ser interrogada pelo meu pai sobre o fracasso que foi a conversa que eu e aquele idiota deveríamos ter, uma ação no futuro do pretérito porque o vindouro estava indo de mal a pior. Eu não queria me encontrar com Mason agora, não queria levar aquela discussão adiante, quando estava emputecida com a sua rispidez essa manhã. Não só por isso, mas todas as suas atitudes estúpidas. Eu estava errada em não desmarcar o encontro, mas Mason estava três vezes mais errado. Uma, por não me deixar explicar a situação. Duas, por agir com impulso e dizer coisas que não deveria. Três, ter beijado outras mulheres se comportando como um maldito cafajeste, imaturo e insensível. Um erro seguiu outro e depois outro, nos tornando no casal fodido que éramos porque nunca daríamos certo juntos. Ainda que, houvessem esperanças no fundo da minha alma. Mason precisava, acima de tudo, reconhecer a sua conduta. E isso era algo de que eu não abriria mão.

No meio do caminho, parei em uma loja e comprei o primeiro vestido que vi em minha frente. Era sombrio e combinava o meu estado de espírito, embora não fosse algo que eu teria aderido se tivesse um pouco mais de paciência. Essa virtude e eu na mesma linha de pensamento me parecia incoerente hoje — ontem, e, provavelmente, em todos os amanhãs.

Os funcionários que antes riam e se divertiam conversando uns com os outros no balcão da recepção olharam para mim, receosos. Qualquer um a quilômetros de distância notaria o meu mal humor. Rachel, Rosalie, Gavin e Ian não eram uma exceção. Eles sabiam que o dia de hoje eu seria o inferno na vida deles. Um inferno quente e tão hostil quanto poderia. E, que, a minha ira era algo de que eles deviam se esquivar.

— Bom dia, senhorita Alderton. — Me cumprimentaram como um coro mal ensaiado. Pude enxergar a expectativa em seus olhos de que eu responderia com genuinidade, desmanchando suas más impressões. Mas não, eu não estava em um bom dia e não iria desejar-lhes que tivessem dias melhores do que o meu.

— Burkey, esteja na minha sala em dez segundos ou estará demitida!

Sem parar a caminhada, observei de relance alguns olhos se arregalarem e ombros se encolherem, o mais próximo da normalidade que eu havia atingindo nos últimos dias. Enquanto eu me afastava comecei a ouvir alguns burburinhos irritadiços.

Vadia.

Megera.

Estúpida.

Talvez eu devesse me sentir mal e interpretar todos os disparates como insultos. No entanto, eu sentia alívio em ouvi-los. Ao menos eles eram sinceros com os seus sentimentos ao meu respeito e eu admirava isso. Ser adepto da verdade nem sempre é uma coisa fácil, embora, também, não seja sinônimo de coragem e determinação. Aquela era a pessoa que eu havia me tornado com o tempo, e, se eu fosse um pouco mais inteligente, não teria deixado os meus princípios de lado para tentar ser algo melhor. O que isso tinha adiantado? Nada! No final das contas, eu estava na merda porque era tão idiota quanto Mason Hoth!

— Não deveriam dizer essas coisas, a senhorita Alderton não é sempre assim. — Ouvi quando Rachel me defendeu, entre os murmúrios insolentes. — Ela só deve ter tido uma manhã ruim.

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