Benefício da Dúvida (+18)

Capítulo 32

ERIN

Não sucedeu momento algum pelo qual eu houvesse de fato desistido de ir para cama com Mason naquele dia. Suas investidas sacanas eram sempre um convite ao próximo desafio, invadir o seu apartamento no final da noite me parecia uma boa retaliação. Nunca havíamos estado em circunstâncias normais, onde uma cama seria o suporte mais adequado para o nosso sexo, por vezes rude e feroz.

Contudo, quando o vi sair daquele maldito banheiro com uma toalha que pendia em seu quadril largo, dando-me a limitada visão de suas entradas e a aparição de alguns pelos púbicos, soube que escolhi o lugar certo para estar. Ali, ninguém iria nos atrapalhar. Não corríamos risco de sermos flagrados e teríamos o conforto que ainda não tínhamos alcançado em nossas escolhas inusitadas — uma vez que na última foda apressada, eu fui arremetida contra a parede de um hotel, enquanto as comodidades foram simplesmente ignoradas; o desespero sexual era um motivo admissível para as predileções excêntricas.

Deitada sobre a cama, observo o seu peitoral subir e descer com mais rapidez que o habitual, o seu corpo viril está coberto por gotículas de água, a qual tenho a imensa vontade de secar uma por uma com a minha língua. Os seus olhos luxuriosos passearam por toda a extensão do meu corpo, diluídos em conflitos internos que não lhe permitiam entender certas situações; eu sempre estaria um passo à frente.

A curiosidade sobre algum tipo de realidade paralela o faz arrastar a ponta dos dedos ásperos por minha pele desnuda, fazendo-me estremecer devido ao contato. Embora fosse nítido que naquele momento diversas indagações martelavam a sua mente, Mason não disse nada, apenas se ajoelhou na cama e engatinhou até que estivesse com o seu rosto sobre o meu. O cabelo comprido dele tocou a minha face, criando algum tipo de cúpula que não nos permitia enxergar nada além de nós mesmos. O rosto dele era simétrico, seus lábios eram convidativos e os seus olhos azuis hipnotizantes, a barba preenchia o seu maxilar de forma bem-proporcionada, não havendo falhas em nenhum dos ângulos, enquanto o seu nariz era a atribuição perfeita para o conjunto visual. Sua beleza era típica de admiração, e, quase sempre, seria capaz de causar resfôlego na comunidade feminina.

Determinada a colocar em prática as minhas intenções maliciosas, eu segurei o seu braço de modo que eu pudesse empurrá-lo para o lado e montei sobre os seus quadris, ainda coberto pela toalha.

— Alderton! — Ele exclamou, protestante. E eu, por outro lado, não me importei com suas queixas, simplesmente inclinei o meu torso para lamber algumas gotículas do seu peitoral, próximas ao seu mamilo. Mason arquejou com a carícia ousada e eu levei a mão de encontro ao tecido felpudo que o acolhia; havia uma rígida protuberância armando barraca e eu me dispus a dar forma a ela passando a mão por cima de seu pênis, criando modulações que me deixavam a par do que estava escondido bem ali.

Continuei sugando as gotículas de seu corpo, deixando alguns chupões entre uma trilha e outra. Dessa vez, no entanto, rocei o meu quadril no seu, sentindo o que estava por vir em breve, e o que eu tanto ansiava. Aquela sensação deliciosa começou a surtir efeito por entre as minhas pernas e cada movimento tornava o atrito ainda mais gostoso. Ainda que o meu desejo inicialmente egoísta me pedisse para sentar em seu pau naquele exato instante para que me invadisse como só ele seria capaz, minhas outras pretensões partiam do ponto de ignição em que eu deveria levá-lo à loucura, caminho entre o céu e o inferno. Tendo isso em mente, desfiz a amarra do único empecilho em sua cintura e trouxe o seu membro grosso à vista. Mason arfou quando minhas mãos rodearam a sua carne macia e ao mesmo tempo densa. Finalmente eu podia vê-lo completamente nu. Palavras não precisavam ser ditas naqueles minutos de estima, pois, não importava quantas vezes havíamos feito aquilo e o quanto as pequenas imagens dele havia se infiltrado em minha mente, vê-lo por completo era impressionante.