Benefício da Dúvida (+18)

Capítulo 49

Eaaaí, meu povinho lindo! ♥
No último capítulo eu pedi um apoio moral e que vocês comentassem baaaastante nas partes que mais gostassem. E não é que chegamos aos 181 comentários? Eu fiquei tão animada com isso que vou postar três capítulos essa semana (se eu conseguir, até quatro). E então, estaremos alcançando as preliminares do final do primeiro livro. AAAAAAAAAAA. Estão preparados para o final? ENTÃO COMENTEM, COMENTEM, COMENTEM e me inspirem a levar isso cada vez mais adiante. Com carinho e muita gratidão, Lua. 

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MASON

Resmungo, sentindo a minha cabeça doer como se houvessem ínfimos operários trabalhando em seu interior, criando zunidos barulhentos e quase insuportáveis.

Meus olhos se abrem com lentidão, estão pesados e letárgicos demais para captar a imagem borrada em meu campo de visão. Devido aos reflexos distorcidos, meu estômago se revira em um protesto agoniante.

Eu não sei onde estou e a escuridão do ambiente não me ajuda a me reestabelecer. Então, esfrego o meu rosto algumas vezes, até que a imagem dela se torna real para o meu consciente. Erin está dormindo na poltrona do quarto, o corpo desajeitado sobre o móvel macio. Mesmo que estivesse adormecida, era possível perceber a preocupação estampada em seu semblante abatido. Mas, ainda assim, alheia aos seus próprios jogos de sedução, Erin parecia a mulher mais linda do mundo.

O aperto no peito que eu sentia era excruciante e me dizia que algo estava errado. Além, é claro, do fato dela não estar deitada comigo na cama, eu não me lembrar de como poderíamos ter chegado ao seu apartamento e, por fim, estar nu, enquanto ela estava com um vestido caro e bonito com um rasgo improvisado em uma de suas pernas.

Confuso, fecho os olhos algumas vezes, tentando recobrar as lembranças da noite passada. Porém, tudo não se passa de esboços incompreensíveis que se manifestam de forma aflitiva. A imagem de Erin na porta de sua casa aparece em minhas memórias omissas. Depois, eu estou em uma pista de dança com mulheres que eu sequer conheço. Um filhote de gato preto está tentando fugir de uma caixa de papelão e eu estou brigando com Erin, antes de estar sentado em um estabelecimento, sozinho. Mas que porra é essa?

Levanto, completamente despido, mantendo o máximo de silêncio possível para não acordar Erin e sigo até o banheiro, disposto a tomar um banho quente. Quem sabe assim, o que quer que estivesse nublando o meu cérebro pudesse se dissipar.

Suspiro profundamente quando os jatos de água com cinquenta graus de temperatura atingem o meu corpo, relaxando-o de imediato. Aos poucos, a minha mente ganha outra vertente, reorganizando as lembranças e aderindo outras que eu sequer havia recordado alguns minutos atrás. Se eu soubesse o que elas representavam, eu não teria as desejado antes, pelo contrário, as deixaria guardadas no fundo do meu subconsciente, apagadas. Era o aniversário de Erin e eu queria que fosse especial, pois era a primeira data importante para nós dois, desde que nos consideramos como "algo a mais". Devo ter sido um total idiota ao imaginar que aquela definição significaria eu e ela, juntos, como um casal anormal que poderíamos ser, uma vez que não éramos como todos os outros.

Em momento algum Erin deve ter imaginado que eu a presentearia com um filhote de gato. Mas, eu sabia o quanto ela costumava ser uma pessoa fria e solitária e no instante em que avistei aquele animal abandonado, soube que ele poderia ser a chave para acalentar o seu coração com mansidão, sem que representasse algum tipo de gatilho sufocante, como eu representava para ela. Talvez assim, fosse mais fácil alcançar o seu coração, com um passo de cada vez. Entretanto, eu estava errado sobre isso.

Erin decidiu não ir aquele encontro porque havia outro homem em sua vida. E, com isso, finalmente entendo o porquê desse aperto em meu peito, que, por infelicidade, parece não ter fim.