Capítulo 12

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[N:A]: Nós chegamos a 10k e eu nem disse nada, como sou mal educada. Obrigada a todos que não desistem dessa fic mesmo com as demoras para a atualização. Vocês são demais. Não se esqueçam de votar e comentar e, o mais importante, não se esqueçam de beber bastante água. Beijos, amo vocês.

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Um pés após o outro, um pé após o outro. Camila caminhava pelos corredores do tribunal pensativa. Havia tido uma ótima noite, talvez Lauren e ela pudessem ser amigas um dia, mas agora apenas pensaria em caminhar um pé após o outro.

A adrenalina costumava inundar o corpo de Camila, fazia parte do jogo. A adrenalina fazia parte no show. Mas, naquele dia, não era um frio na barriga agradável, podia sentir o inverno chegar em seu ventre.

Continuou sua caminhada, olhar erguido. Um ar de arrogância sempre adoçava seus lábios, a vaidade era tudo que tinha em dias como aquele. Camila não iria perder aquele julgamento.

— Para perder esse caso, eu deveria fazer algo totalmente descabido. Na verdade, eu nem sei o que poderia fazer para perder esse caso, ele já está ganho. Esse caso é meu, eu escrevi essa vitória e agora estou a um passo de conquistá-la. Ela já está em minhas mãos, não há outra saída. Eu já ganhei esse caso. – Camila sussurrou apreensiva enquanto continuava sua caminhada pelos corredores, uma caminhada que já durava uma hora. Sim, estava andando em círculos, ajudava na oxigenação cerebral e consequentemente, a fazia pensar melhor. Pensar que ganhou o caso, não teria com o que se preocupar. Camila ganhou o caso. Mais um caso para a lista de casos ganhos.

— Você ainda tem o costume de falar sozinha? 

— Desculpe? – Camila desviou sua atenção para o homem que no dia anterior tudo fez para arrancar uma confissão de sua testemunha. – O que você faz aqui? 

— Disseram que os melhores estariam nesse caso, acho que isso explica minha livre circulação por esses corredores.

— Ah sim, você está nesse caso também. Deve ser difícil para Bryan Coleman não ficar invisível no mesmo ambiente que eu. No seu lugar, eu colocaria uma gravata bem chamativa.– Camila disse com um sorriso bem polido nos lábios.

— Disse a mulher de um metro e meio que só tira os saltos em duas situações. – Ele respondeu em bom tom.

— É excelente que você saiba que eu sempre me esforço para estar impecável. – retrucou Camila. – E convenhamos, esse caso é meu.

— Eu não acho que um caso que já lhe foi entregue com sua vitória garantida seja bom argumento para se gabar.

— É engraçado, você faz um falatório sobre quão injustas eram as circunstâncias para o seu cliente toda vez que sabe que vai perder. – argumentou com diversão. – Eu acho que preferia estar falando comigo mesma. Nos vemos no tribunal, Bryan Coleman. Eu normalmente diria para se preparar para a sua derrota, mas perder para mim é tão recorrente que você já deve estar acostumado. – Camila disse com um leve sorriso nos lábios, não olhou para atrás depois disso. Seguiu para a sala que foi designada para si e se sentou.

Uma hora para o começo do julgamento, Camila continuava inquieta. Sentou-se em uma das cadeiras da sala, que se parecia muito mais um escritório, e procurou pelo controle da televisão disposta no canto superior da parede branca.

Mais uma garota morta. Era a décima primeira, mas dessa vez havia algo diferente. A segunda naquela semana, ele estava a todo vapor, estava em temporada de caça. A primeira vítima foi Lindsey Williams, uma garota loira de olhos verdes, de apenas treze anos de idade. A segunda se chamava Amélia Parker, uma mulher de quarenta de dois anos, foi encontrada num terreno próximo a escola do filho mais velho, nunca mais voltou para buscar o garoto.

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