Capítulo 42

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— Como assim "aos finalmente"? – Lauren perguntou confusa.

— Você acha mesmo que eu saí de casa apenas para conversar?

— Eu pensei que tinha vindo para fazermos as pazes.

— Sua ingenuidade me ofende. – Camila maliciou.

— Eu não entendo.

— Nós vamos transar, Lauren, se você quiser, é claro... – explicou.

— Você veio até aqui para transar comigo?

— Sim, minha lista incluía derrubar o portão de sua casa, vomitar no chão e trepar com você. – Camila zombou.

— Como assim derrubar o portão? – perguntou confusa.

— Não é nada, amanhã falamos sobre isso.

— Qual portão você derrubou?

— Nenhum, Lauren.

— Ah sim, eu pensei ter ouvido algo, mas pensei que fosse algum dos vizinhos ou um acidente na rua.

— É difícil ter certeza... – disse com semblante desentendido.

— Pelo o que eu ouvi, algum idiota deve ter batido o carro.

— Não seja tão dura, Lauren. Você ao menos sabe o que levou a pessoa a bater o carro, talvez ela só saiu de um bar bêbada e quis desesperadamente ir atrás da pessoa que gosta.

— Você derrubou o portão da minha casa? – Lauren gargalhou.

— Sim e apareceu um gorducho com uma arma. Mania de estadunidense, resolver tudo na bala.

— O meu pai apontou uma arma para você? – perguntou apreensiva.

— Sim, mas ele abaixou o revólver quando viu que era só uma gostosa querendo transar com seu pequeno raio de sol. – ironizou.

— Meu Deus, Camila, pare de fazer piadas. Ainda bem que você bateu em uma grade, imagina se tivesse sofrido algum acidente grave. – Lauren disse com seriedade. – Você está ferida?

— Sim.

— Onde você se machucou, meu amor? Pra que não disse que estava ferida antes? – Lauren reclamou enquanto estudava atenciosamente as feições de Camila, buscando algum ferimento.

— Desculpe, eu não quis preocupar você. – o olhar da mulher vacilou, quebrando o contato visual com a outra.

— Onde você está ferida?

— Aqui. – sussurrou com malícia antes de conduzir a mão da garota até a parte mais sensível de seu corpo, entre suas pernas.

— Como você conseguiu machucar logo aí?

— Pelo amor de Deus, Lauren. – Camila reclamou. – Não está machucado, mas quero que você machuque.

— Eu nunca vou machucar você.

— Você não entendeu até agora onde eu quero chegar?

— Eu acho que entendi, mas não me sinto muito confortável fazendo isso com uma pessoa tão bêbada quanto você está. Me sentiria abusando de você.

— Como seria um abuso se você tem meu total consentimento?

— Você não está consciente, então acho difícil que seu consentimento seja válido.

— Lauren, estou sóbria o suficiente para saber que quero você. Por favor, faça amor comigo. – Camila sussurrou enquanto fitava atenciosamente os olhos cintilantes da garota. Não conseguia acreditar que estava apelando para o bom e velho sentimentalismo barato para fazer com que Lauren a fodesse.

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