Amy Morgam Winchester
Minha cabeça queimava, tento abrir os olhos mas a intensidade da luz do sol não deixada. Coloco minha mão na frente do rosto, e me sento.
Minha boca estava seca, meu lábios ressecado, e meu cérebro confuso. A última coisa que me lembrava era de estar em um hotel com Dean e Sam.
Olho ao meu redor, era um lugar deserto, tirando o posto de gasolina a poucos metros de mim. Me levanto e vou até lá, eu estava com fome e muita sede.
- Oi?- bato na porta da conveniência- tem alguém ai?-tento olhar pelo vidro da porta, parecia não ter ninguém.
Abro a porta, com o grampo que sempre deixo escondido no meu cabelo. Entro com cuidado e verifico se está vazio mesmo, e estava.
Abro o refrigerador, pego uma garrafa de água e bebo desesperadamente. Quando alivio minha sede, pego um pacote bolinho e enfio tudo na boca.
Me assusto ao ver um reflexo no espelho que tinha ali. Eu não parecia mais uma garota de 11 anos. Meu cabelos tinham crescido e agora batiam na minha cintura, meu corpo começava a ganhar a forma, resumindo...eu precisava de um sutiã.
Vou até um telefone que tinha perto da caixa registradora, mas não havia linha. Pego algumas roupas que tinham ali em uma cesta e visto. Troco minha camiseta por uma mais solta, e coloco um sutiã que tinha achado, era um pouco grande mas servia. Amarro meu casaco na cintura e coloco um boné, estava um calor de matar lá fora.
Pego todo o dinheiro da caixa registradora, deixo um bilhetinho pedindo desculpas. Coloco tudo em uma mochila e saio da conveniência. Olho pros dois lados da estrada e faço mamãe mandou, o lado direito vence então começo a andar.
...
Chego em uma cidade pequena, Harrisburg, me xinguei por não prestar atenção na aula de geografia. Vou até uma lanchonete, que estava vazia, só havia uma senhorinha e o cara com uniforme de policial.
- Olá mocinha, o que vai querer?- a balconista pergunta quando me aproximo.
- Qual a data de hoje?
- 13 de novembro de 2012 -responde sorridente.
- 2012?- falo um pouco alto- tem certeza?
- Você tá bem?- ela dá uma olhada rápida para o policial.
- Sim, eu to bem. Pode me dizer onde fica a rodoviária?
- Claro, siga por dois quarterões e vire a esquerda, você vai poder ver da esquina.
- Tá, valeu- ajeito meu boné e saio de lá.
Sigo as instruções e quando chego na esquina, consigo ver os ônibus.
- Quero uma passagem para Sioux Falls- peço para o moço que vendia as passagens.
- O próximo ônibus saem em 10 minutos, é melhor correr- ele me entrega a passagem e saio correndo.
Só consigo respirar fundo e raciocinar quando já estou sentada no meu assento. A viagem demoraria algumas horas, tempo suficiente para tentar entender o que tava acontecendo.
A última coisa que me lembrava era de estar em um hotel com Sam e Dean, eu tinha 11 anos. Estávamos tentando impedir o apocalipse, mas ai...eu não lembro. Então acordei dois anos depois, deitada no chão de uma estrada abandonada, mais velha e com pequenos peitos. Que maravilha!
Chego a conclusão de que morri...mas como morri? como e por que eu voltei? fico me perguntando isso a viagem inteira até que o ônibus para informando que eu havia chegado.
A rodoviária não era tão longe da casa do tio Bobby, então resolvo ir andando. E quando chego na frente do ferro velho, uma sensação ruim preenche meu peito, vou até a porta e bato nervosa, minhas mão suavam. Porém ninguém aparece.
Forço a maçaneta e a porta abre, para minha surpresa. Entro silenciosamente, em passos atentos. Estava tudo silencioso, havia poeira por toda parte. Alguns móveis estavam cobertos com lençol, o que me fez pensar que talvez ele tivesse se mudado, mas por que?
- Tio Bobby?- chamo receosa. Subo as escadas na esperança de encontra-lo, mas a casa estava vazia- ótimo!
Eu estava perdida e confusa. Tentei usar os telefones mas nenhum funcionava. Então me lembrei de Jody, a xerife que nos ajudou no dia em que houve "a ressurreição dos mortos".
Saio correndo da casa e vou até a delegacia que não era longe. Vou até o balcão onde havia um policial aparentemente entediado.
- Oi, eu queria falar com a xerife Jody, por favor- peço educadamente.
- A xerife Jody está no patrulhamento da cidade, só voltará a noite.
- Então ligue para ela.
- Acho que outro policial pode te ajudar- ele se levanta- espere aqui, vou chamar alguém.
-Não!- quase grito- eu preciso da Jody. Senhor, por favor é urgente!
Ele suspira derrotado, dá uma leve revirada de olhos e volta a se sentar.
- É melhor ser urgente mesmo- ele pega o telefone e disca um número- qual seu nome?
- Diga que é Amy Winchester.
- Certo, aguarde ali por favor- aponta para uma cadeira no canto da sala.
Me arrasto até lá, jogo a mochila no chão ao mesmo tempo que me jogo na cadeira. Esperei por exatos 30 minutos, então a xerife entrou na delegacia como um furacão.
Seu olhar foi em minha direção e ela paralisou, parecia chocada e confusa.
- Não pode ser...
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A pequena Winchester II
FanfictionAmy está de volta. E com ela novas emoções, sentimentos e o começo da adolescência. Como os irmãos vão lidar com tudo isso? Obs: precisa ler o primeiro livro para entender.