Pernalonga

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Amy Morgam Winchester

- Ainda quero ajudar as pessoas, então...vou virar caçador- escuto Castiel dizer enquanto eu voltava para o Impala. Nós tinhamos parado para abastecer.

- É sério?- Sam pergunta.

- É, posso ser a quarta roda- responde sorrindo. Me seguro para não rir e quase engasgo, já que eu comia um donut com cobertura de chocolate e granulado colorido.

- Sabe que não vai ser fácil, não é?

- É claro que é, a quarta roda da mais estabilidade e controle, até achei um caso. Oklahoma City, o coração de um homem pulou três metros fora do peito, parece nosso tipo de caso.

- Ele tem razão- Sam diz.

- Ótimo, vejo vocês lá -ele dá as costas mas Dean impede.

- Espera aí, tá afim de brinca de cowboys e vampiros beleza, mas tem que ficar com a gente. Nada de fica zanzando por aí não, capiche?

- Tá, capiche- responde relutante- eu posso pelo menos sentar no banco da frente?

- Não- Sam entra na sua frente e vai para seu lugar no carro, rio com isso.

- Anda logo anjo- abro a porta, ele entra logo depois de mim, assim seguimos viagem.

...

- Nada de enxofre- disse o loiro do outro lado da linha- Castiel para de cheirar a porra do cadáver!- caio na gargalhada, anjos são estranhos- o cara era casado mas pulava a cerca, ele não queria que ninguém descobrisse então estacionava o carro no parque para poder ir ao motel com sua "amiga". A mulher descobriu, ele partiu o coração dela...

- E ela o dele, bruxaria na certa- completo- bom, vou ver se acho alguma coisa parecida e te ligo.

- Tá, nós estamos indo ver a mulher do defunto.

- Como você é sensível- ironizo e desligo.

Fiquei uma hora mais ou menos pesquisando, e quando estava ficando entediada achei algo. 

- Ei, irmão- digo quando Sam atende o telefone- achei uma coisa interessante, escuta. Um cara cometeu suicídio, o estranho é que duas testemunhas afirmaram que ele flutuou no ar por uns dez segundos, e quando olhou pro chão ele caiu do prédio onde estava.

- Isso parece desenho animado- escuto Dean dizer, estava no viva-voz- o coração pulando do peito do cara, e a queda em câmera lenta, parece o Pernalonga.

- Estamos procurando uma espécie de inseto coelho hibrido? como vamos mata-lo?- claro que tinha que ser o Castiel.

- Não vamos, ele é apenas um personagem- responde Sam.

- Eu não sei o que estamos procurando, mas isso tá um tédio- fecho o notebook- quando vocês voltarem...

- Tragam comida- Sam e Dean respondem em uníssono e desligam.

Por um momento me senti triste. Eu não vinha pensando muito em Bobby, andava distraída esses últimos dias. Mas agora, eu estava sozinha e não tinha o que fazer, e se ele estivesse vivo saberia como nos ajudar, ele sempre sabia.

...

Castiel e eu assistíamos desenho, enquanto Sam e Dean pesquisavam. Eu já comia minha segunda caixinha de comida japonesa.

- Agora eu entendi- disse Cass depois que o desenho acabou- a ave representa Deus, e o coiote é o homem, eternamente caçando o Divino sem nunca poder alcança-lo. É hilário- eu e meus irmãos trocamos olhares.

- Eu não sei o que estamos caçando- desabafa Dean ignorando o anjo- talvez seja um Deus louco que assistiu Frango Robô demais, eu não sei- ele fecha o diário do papai- é, eu vou encerrar o dia.

- Tem alguma coisa na faixa da polícia- Castiel se levanta com a mão na cabeça.

- Você pode ouvir isso?- questiono de boca cheia.

- São ondas- responde- um banco foi roubado, parece louco.

...

- Pirralha, acorda- Dean me sacode. Levanto ainda sonolenta.

- O cara que roubou o banco- Sam começa- ele roubou uma casa perto do parque onde o coração de Gary explodiu, e segundo o arquivo, aconteceu tudo na mesma hora. O mesmo aconteceu com o cara que se matou.

- Então esse cara que assaltou o banco, se estiver perto dele, sua vida vira um desenho animado?- pergunto bocejando.

- Não por muito tempo, uns dez a quinze minutos, mas é. Mas qualquer que seja a energia que ele usa não é direcionada, é como se fosse uma área de efeito. Imagine um cara numa bolha de esquisitice e qualquer coisa que toque nela fica pirada.

- Mas por que ele faz isso?- questiono.

- Bom, o cofre qual ele assaltou, a casa e cada lugar que ele roubou pertence à algumas pessoas que vivem no lar de idosos Campus do Sol.

- Vamos nessa- Dean pega seu paletó- e você Amy...

- Fique aqui- imito- tá.

Eu particularmente odiava isso, não queria ficar pesquisando e pesquisando. Eu gostava da ação, de lutar e investigar. Ficar no hotel era chato, mas como sempre, eu era uma "criança".

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora