Ezequiel

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Amy Morgam Winchester

- Dean-chamo sua atenção- acha mesmo que alguém vai vir nos ajuda? já faz tempo que estamos aqui e...

- Alguém vem!- me interrompe- alguém precisa vir.

- Olha- me levanto da cadeira- deve ter outro jeito, alguma coisa que possamos fazer.

- E tem- ele me olha como se tivesse descobrido a América- eu to com o rei do inferno no porta-malas.

- O que?- pergunto, mas ele já tinha saído do quarto- droga!- volto a ficar do lado de Sam e fico o observando- vai ficar tudo bem- digo mais para mim do que pra ele- vamos te tirar dessa irmãozinho e você vai ficar bem.

Tiro o meu colar, o que Dean tinha me dado a muito tempo, e coloco envolta do seu pescoço. Dou um beijo na sua testa e volto a me sentar. Meu celular toca, era o Dean.

- O irmãzinha, baixa aqui no estacionamento rapidinho- disse e desligou. Revirei os olhos mas fui.

E quando cheguei lá, havia um cara dentro de um circulo de fogo. Dean o observava.

- O que tá acontecendo?- pergunto curiosa- quem é esse cara?

- Um anjo- respondeu meu irmão. O homem se levanta- qual o seu nome?

- Ezequiel.

- Tudo bem Ezequiel- começa o loiro- como vamos saber se não está nos caçando ou ao Castiel, como os outros anjos?

- Tenho certeza que há muitos anjos atrás de vocês, e muitos estão a caminho daqui.

- Como sabe disso?- pergunto.

- Se você faz uma oração aberta como essa, bom... acredite ou não, mas alguns de nós ainda creem em nossa missão, quer dizer que acreditamos em Castiel.

- Não parece muito bem, acha que tem força pra ajudar?- questiono.

- Tem razão, mas a força que me resta eu ofereço à vocês.

Aquilo estava bem estranho, mas estávamos ficando sem opções.

...

- Ele está muito fraco- fala enquanto analisa nosso irmão. O celular de Dean toca, ele sai do quarto para atender.

- Então...doeu quando você caiu do céu?- puxo assunto.

- É, um pouco. Me feri na queda, mas tive sorte, eu poderia ter morrido assim como vários dos meus irmãos.

- Sinto muito, por eles. Eu não sou a maior fã do anjos, mas sei como é perder pessoas que ama.

- É, eu sei que sabe- ele me olha. 

O chão começa a tremer, eram anjos. Dean volta pro quarto, nós dois desenhamos símbolos para impedir que anjos entrassem, assim Ezequiel poderia curar Sam a tempo para que fugíssemos. Escutamos um zumbido agudo.

- O que é isso?- pergunto.

- São eles, estão aqui.

- Não abram a porta pra ninguém a não ser eu- Dean me entrega uma adaga angelical- e você anjo, salva ele- então meu irmão sai novamente do quarto.

Me aproximo de Sam e o protejo quando a janela do quarto explode por conta do zumbido. Senti alguns cacos penetrarem no meu braço, mas não era nada que eu não poderia suportar. O tremor para, assim como o som irritante.

Um barulho na porta chama nossa atenção. Alguém tentava quebra-la com um machado. Logo depois, uma luz branca e forte surge quase me fazendo ficar cega. E quando ela some, saio do quarto e encontro Dean encostado na parede, perto dele havia um simbolo feito com sangue para expulsar anjos. O ajudo a levantar e voltamos pro quarto.

- Eu sinto muito, acho que é tarde demais- disse o anjo- estou mais fraco do que pensei.

Pego uma caneta e risco os símbolos para tentar ajudar.

- O que? tá de brincadeira?- esbraveja o loiro- tá dizendo que não há nenhum jeito de salvar meu irmão?

- Na verdade há um, mas não é um jeito bom.

-E qual é?- o anjo não me responde- estamos sem opções, fala logo.

- Eu não posso prometer, mas tem uma chance de eu curar o seu irmão do lado de dentro.

- Opa pera aí, tá sugerindo uma...possessão?- deduzo, ele concorda com a cabeça- não mesmo cara.

- Eu entendo, a decisão é de vocês.

- Não, a decisão é do Sam- fala Dean- e sem dúvida ele não aceitaria ser possuído por qualquer coisa.

- Ele preferia morrer- completou Ezequiel- vou deixar vocês três à sós.

- Peraí- Dean chama- se eu considerar isso...

- Dean!- repreendo.

- Se eu só considerar- continua- eu preciso de uma coisa, tem que me mostrar quão mal ele está.

O anjo toca na cabeça de Sam e com a outra mão toca na de Dean. Quase um minuto depois eles param, e Dean parecia assustado.

- O que você tá fazendo Sammy?- ele me olha- ele quer ir. Ele quer morrer, nós não podemos deixar- ele se vira pro anjo- como isso funciona?

- Dean para!- toco seu ombro- eu sei que o ama, eu também o amo. Mas isso, ele nunca concordaria, e por mais que doa temos que respeitar a decisão dele.

- Não, ele tá assim por minha causa. Eu deveria ter feito os teste e não ele. A culpa é minha.

- Não pode se culpar por tudo!- abaixo o olhar- agora eu entendo isso, ás vezes não era pra ser assim, não era pra ser você.

- Eu não ligo!- diz com um olhar frio- me diz como funciona.

- Chama-se mútuo benefício, eu curo o Sam enquanto eu me curo. E quando ele estiver curado, eu saio. Numa situação ruim, é o melhor Dean.

- É, mas o Sammy jamais diria sim, não pra você- Dean diz e eu cruzo os braços em forma de reprovação.

- Mas diria pra você.

O Ezequiel toca na cabeça de Sam, segundos depois uma espécie de fumaça azul brilhante sai da boca do homem e entra em Sam, ele tinha dito sim. Nosso irmão abre os olhos, eles tinha uma coloração da mesma cor que a fumaça e que logo voltou ao normal.

- Sammy?- pergunto receosa.

- Sou eu, Ezequiel. Sam está repousando enquanto eu começo meu trabalho- ele se levanta da cama- olha, se o Sam não me aceitar, ele pode me expulsar a qualquer hora, e se fizer isso, ele morre. Então acho que não há razão para dizer que estou aqui, e ele também não irá perceber.

- Então vamos manter segredo, por enquanto- Dean fala e eu bufo irritada.

- Só pode ser brincadeira...

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora