Sonho

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Dois dias depois...

Amy Morgam Winchester

Dean estava parado na minha frente. Ele tinha uma marca estranha no antebraço e segurava uma faca estranha também. Seus olhos estavam negros, ele estava possuído? 

Então ele sorriu. Mas não era um sorriso amigável.

Ele começou a andar em minha direção, e eu corri. Eu estava com medo, ele chamava pelo meu nome de um jeito macabro, e eu corria mais e mais. Até que ele me pegou. Ele levantou a faca pra mim e eu gritei.

Dei um pulo na cama. Eu estava ofegante e assutada. Me levantei e fui para o banheiro, pelo espelho pude ver meus olhos com uma coloração laranja mas eles logo voltaram ao normal.

- Tá tudo bem Amy, calma- falo pra mim mesma. Tomo um banho para "relaxar", já eram 7:00 AM, então resolvi ir tomar café da manhã.

Eu poderia dizer que o dia estava belo e que o sol tinha nascido mais radiante do que nunca, mas isso seria mentira. Hoje era meu aniversário então...parabéns pra mim? Mas por que eu deveria comemorar se minha família estava arruinada? E ainda tinha esse pesadelo que não saía da minha cabeça.

 - Isso tem gosto de moléculas- escuto Castiel dizer quando entro na cozinha. Ele comia pão com pasta de amendoim e geleia- ah Amy, bom dia e feliz aniversário. 

- Valeu anjo- sorrio não muito contante- cade o Sam?

- Foi ao mercado- responde de boca cheia- é tão estranho.

- O que é estranho?

- Quando eu era humano, eu apreciava o gosto da comida, principalmente pasta de amendoim com geleia de uva. Sem pedaços, com pedaços eu não gostava. E agora, eu sinto cada molécula, é nojento.

- É, claro que sim- respondo sem dar muita importância.

- Tudo bem?

- Aconteceu uma coisa estranha- eu confiava em Cass e sabia que ele não me chamaria de louca- eu tive um...pesadelo. E quando acordei e me olhei no espelho, meus olhos estavam alaranjados, mas depois voltaram ao normal.

- Como foi esse pesadelo?- ele estava 100% interessado, o que foi um pouco estranho. Então explico tudo, cade detalhe e ele ouve atenciosamente- eu nunca vi nada parecido, mas se fosse para chutar, eu diria que foi um sonho precognitivo.

- Um o que?

- Um sonho precognitivo é a capacidade de ver o futuro através de sonhos.

- Espera, acha que o Dean...vai ser possuído?- meu coração acelerou.

- Não dá pra saber, como eu disse, eu nunca vi nada assim antes. Pelo menos não em uma profeta.

- Mas os profetas podem prever o futuro, eu li isso em um livro dos homens de letra.

-Profetas podem prever o futuro, porém esse poder limita-se ao Céu- explica- acho que é por isso que Metatron queria que você se tornasse uma profeta, por que você é diferente.

- Não, não vamos tirar conclusões precipitadas- me levanto- eu vou ligar para o Dean, dizer para ele fica atento, por precaução- ando até a porta mas paro- Ei Castiel, não diga nada ao Sam okay? só por enquanto, até termos certeza.

- Tudo bem, não vou dizer nada- diz relutante.

- Obrigada!

Vou para meu quarto e ligo para meu irmão.

- Fala loira, feliz aniversário- ele diz assim que eu atendo.

- Dean escuta, aconteceu uma coisa e...

- O que foi? você tá bem?- ele me interrompe.

- É, eu to bem. Eu só...- eu não queria que ele ficasse preocupado ou coisa do tipo então mudei um pouco a história- to com um pressentimento ruim, eu liguei pra saber se você está bem e pra dizer pra você tomar cuidado.

- Tem certeza que é isso?

- Sim, é só isso. E também...- suspiro- eu sinto sua falta, irmão.

- É, eu sei. Eu também sinto falta de vocês, mas eu precisava ir.

Sam aparece na porta, ele tinha um embrulho em mãos.

- Eu preciso ir, depois a gente se fala- desligo.

- Quem era?- Sam pergunta.

- O Dean, ele me ligou pra desejar feliz aniversário- minto.

- Ah- ele parecia um tanto abalado- comprei uma coisa pra você, meus parabéns!

Vou até ele e o abraço forte, ele retribui e me entrega o embrulho.

- Você que embalou?- pergunto rindo.

- É, embalar presentes não é meu forte- abri o presente e fiquei surpresa, era um anel de prata com o sobrenome Winchester gravado- se você não gostar, a gente pode...

- Não, eu adorei!- sorrio e pulo em seu colo- obrigada!

- Não há de que, agora vamos- ele passa o braço pelo meu ombro- comprei donuts pra você.

- Eu já disse que você é o melhor?

- Nem um pouco interesseira.

Talvez, no decorrer do dia, as coisa melhorassem. Mas aquele sonho, ainda não saía da minha cabeça.

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora