Amy Morgam Winchester
Depois de exploramos todo o lugar, cada um escolheu um quarto. Pois é, tinha quartos, e muitos. E sou obrigada a dizer que a cama era extremamente confortável, dormi feito pedra.
E quando acordei, me olhei no espelho do banheiro e um momento de reflexão veio. A morte de Henry me doía, ele era meu avô e eu tinha me apegado mesmo que eu tenha passado poucos dias com ele. Eu era assim, me apegava fácil as pessoas, e isso fazia com que eu sofresse mais.
Tava mais que na hora de mudar, eu tinha que crescer. E com isso, uma ideia maluca passou na minha mente. Eu iria fazer uma grande besteira mas eu realmente precisava fazer isso.
Peguei uma tesoura na minha mochila, soltei meu cabelo e então fiz. Meu cabelo que antes batia quase que na minha bunda, agora estavam uns dois dedos abaixo do ombro.
- Até que não ficou ruim- tento amenizar a situação pra mim mesma. Eu não tinha me arrependido, mas deu uma dor no coração.
Tomo um banho demorado, e arrumo e vou encontrar os meninos.
- Bom dia- digo contente. Eles me olham surpresos- o que foi?
- Nada, gostei do corte- elogiou Sam.
- Aproveita o embalo e corta o seu também, irmãozinho.
- Cala boca Dean!
Rio dos dois e me sento na frente de Sam, ele aparentemente tinha passado a noite em claro lendo aqueles livros empoeirados. E Dean, bom...só agora eu tinha percebido que ele usava um roupão e pantufas.
- Aí, to com fome. O que tem pra comer?- pergunto chamando a atenção deles.
- Sobrou um pedaço de pizza ontem, ta na geladeira- responde Dean.
- Só eu acho estranho termos eletricidade e água aqui?- questiono enquanto me dirijo pra cozinha.
- Foi o que eu me perguntei a noite inteira- o moreno completou.
- É, esse lance é show de bola- escuto Dean- parece que eles tinha um negócio bem legal aqui, mas não acho que tenha nada que nós já não sabemos.
- Dean, eles eram uma sociedade secreta...
- Alerta nerd!- grito da cozinha.
- Só to dizendo- continua- que acho que encontramos alguma coisa aqui, algo que pode nos ajudar a ajudar a humanidade- volto para onde eles estavam, segurando um prato com um pedaço de pizza de pepperoni- Henry pensava assim. E pensa comigo, sabe que precisamos de uma folga e essa folga pode ser aqui.
- Ele ta certo- falo de boca cheia. Dean desvia o olhar e se mantem pensativo- vai ficar usando esse roupão do cara morto?
Duas semanas depois...
Dean tinha saído para ver o Kevin, Sam mexia no notebook e eu jogava paciência, ou tentava pelo menos.
- Eu desisto- jogo o baralho na mesa e me jogo na cadeira. Sam ri.
- É preciso ter paciência, por isso o jogo se chama assim.
- Não me diga! - sorrio irônica e ele revira os olhos mas ri.
- Oi- escutamos a voz de Dean, ele tinha voltado.
- Eai, como ta o Kevin?- pergunto.
- Tá bem, eu acho. No canto dele, decifrando o "Código da Vinci", nada aproveitável ainda- ele pega uma cerveja e senta ao meu lado- noticias do Castiel?
- Não, nenhuma- respondeu o outro- por que? você teve?
- Não, ele não tá respondendo.
- Tá, então...- o moreno muda de assunto- eu to tentando organizar uma rede de caçadores dos letras, seus aliados, grupos com quem eles trabalhavam. Alguns estão mortos e enterrados, o resto eu não sei. E isso aqui- ele joga uma pasta para Dean- nós temos que verificar.
- A iniciativa Judá?
- Uma equipe europeia estava na ativa durante a segunda guerra- começo a explicar, Sam já tinha me contado suas descobertas.
- Caçadores lutando na guerra, legal.
- Não exatamente caçadores, e não exatamente lutando-explicou o outro.
- Ele eram rabinos, parece que eles eram grande sabotadores- completo.
- Então eu resolvi pesquisar toda a galera da iniciativa e então, encontrei um lance- ele começa a ler no notebook- o rabino Isaac Bass, tinha 17 anos quando entrou para a iniciativa e 85 quando morreu, a duas semanas atrás.
- Ele foi torrado- digo.
- Torrado?
- Isso, ele estava pesquisando e segundo as testemunhas, entrou em combustão instantânea- responde o moreno.
- Então isso é um caso?
Sam e eu damos os ombros. Se iriamos investigar eu não sei, mas que esse lance de homens de letras iria nos dar trabalho, iria.
- Bom, eu já vou dormir. O que decidirem, me contem amanhã- me levanto- boa noite.
- Boa noite- dizem em uníssono. Dou um beijo na bochecha de cada um e vou para meu quarto.
Mas antes que eu possa deitar na cama, sinto meu celular vibrando. Eu recebia uma ligação de um número desconhecido.
- Alô?
- Amy?- aquela voz era familiar.
- Daniel?
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A pequena Winchester II
FanfictionAmy está de volta. E com ela novas emoções, sentimentos e o começo da adolescência. Como os irmãos vão lidar com tudo isso? Obs: precisa ler o primeiro livro para entender.