Amy Morgam Winchester
Quatro semanas.
Quatros semanas tinham se passado desde que Dean tinham sumido. Não sabíamos como, não sabíamos por que e nem para onde ele foi, só sabíamos que precisávamos acha-lo.
- Não dormiu de novo?- perguntei me encostando no batente da porta da cozinha.
- Estamos perto, eu sei- ele responde sem me olhar.
- Irmão- chamo sua atenção, mas ele ignora. Vou até ele e pouso a mão em seu ombro- Sam, por que não descansa? eu fico no seu lugar.
- Não, eu to bem. Aliás, você não vem dormindo também.
- Estou mais disposta do que você- pego em suas mão- olha, pelo menos tome um banho e faça a barba, daí você volta e continuamos a busca- ele fica pensativo- escuta, eu quero achar o Dean tanto quanto você, mas pra isso temos que estar bem e dispostos, você mesmo me disse isso.
- Tá, vou tomar um banho e volto- ele se levanta, beija minha testa e saí.
- FAÇA A BARBA- grito.
- JÁ ENTENDI!
Pego uma caneca com café e um donut na geladeira, me sento onde Sam estava e esfrego os olhos cansada. A verdade era que não dormia à dias, eu até tentava, mas toda vez que eu fechava os olhos eu via Dean, mas não o nosso Dean.
E eu temia que o que eu via fosse o que estivesse acontecendo. Que Dean, não era mais meu irmão Dean Winchester, e sim um demônio. Se esse fosse o caso, então minha premonição tinha se cumprido. Mas eu não contaria isso ao Sam, a saúde dele me preocupava.
- Pronto- ele voltou.
- Ei, você não fez a barba!
- Não temos tempo- ele se senta na minha frente e abre o outro notebook, o notebook que era do Dean.
- Como tá o braço?- puxo assunto. Ele tinha machucado o braço em uma das interrogações que fizemos semana passada, lutamos com alguns demônios.
- Tá melhorando. E a perna?
- Quase cicatrizada por completo, já nem sinto mais dor- e então o assunto morreu ali.
- Ei, acho que encontrei alguma coisa- ele diz depois de um tempo- um cara chamado Drew Miller desapareceu de uma ordem religiosa de Ohio.
- E daí?
- E daí que ele ta desaparecido à três anos, ele matou a mulher, os filhos e aí sumiu. Mas na semana passada, foi encontrado morto em Wisconsin. Eu sei que não é muito, mas se o cara tava possuído, isso faria dele a primeira pista.
- Acha que isso tem alguma coisa a ver com Dean?
- Talvez, eu não sei, é uma possibilidade.
Suspiro e fecho o notebook.
- Vamos à caça então!
...
Sam tinha ido na polícia para receber mais informações do caso, eu esperava no hotel. Confesso que estava impaciente, meu irmão estava demorando de mais. E quando meu celular tocou, levantei da cama com um pulo e foi atender.
- Finalmente, descobriu alguma coisa?- pergunto assim que atendo.
- Descobri e não é nada bom.
- O que foi?- ele não respondeu- Sammy, fala!
- O Dean...- ele faz uma pausa- Crowley colocou um demônio no corpo do nosso irmão. E esse demônio matou o Drew Miller.
Minha respiração falhou, meus joelhos fraquejaram e eu caí de bunda no chão. Tudo tinha se tornado verdade.
- Por que?- foi o que eu consegui falar.
- Eu não sei. Olha, eu tô indo até a conveniência onde aconteceu o assassinato pra ver se descubro mais alguma coisa- ele desligou.
Eu senti um aperto no peito. Eu não conseguia respirar. Eu sentia medo, e minhas mãos tremiam, eu não tinha o menor controle sob meu corpo. Eu chorei. Mas eu precisava me recompor. Eu precisava ser forte pelo Sam, e eu iria.
Limpei as lágrimas, e quando minha respiração voltou ao normal eu me levantei. Eu precisava pensar. Dean era um demônio, Castiel era totalmente humano, não poderia nos ajudar, então o que iriamos fazer?
Alguns minutos se passaram e eu não pensei em nada, não conseguia pensar em nada. Sam entrou apressadamente no quarto e eu me assustei.
- Amy, vamos!
- O que? a onde?
- Eu encontrei ele, ele tá com o Crowley- disse enquanto pegava nossas coisas.
- Tá, mas qual é o plano?- perguntei enquanto ajudava.
- Te conto no caminho.
...
- Espera, então ele ainda é o nosso Dean?
- Tecnicamente. Não sei o que Crowley fez mas transformou nosso irmão em um demônio, e nós vamos traze-lo de volta ao normal.
- Tá, mas como você encontrou ele?
- Drew era um demônio, ele tinha o telefone do Crowley. Eu liguei pra ele e rastreei a ligação enquanto conversávamos.
- Maninho você é um gênio- elogio. Ele sorri não muito animado.
Depois de um tempo, quando já tinha escurecido, o carro começou a pifar. Sam estacionou, pegou uma lanterna e saiu do carro. Eu o acompanhei, porém um carro estacionou atrás do nosso, o motorista desceu.
- Oi- Sam disse. Não dava para ver o rosto dele por conta da escuridão, mas quando ele se aproximou eu pude vê-lo. Ele homem alto e bonito, parecia ter a idade de Sam.
- Algum problema?- ele perguntou.
- É, eu acho que sim. O carro morreu de repente- Sam responde.
- Aqui?- ele sorri- seu carro detesta vocês.
- Parece que sim- Sam diz. O homem o ajuda a abrir o capô.
- Ah, ai está o problema- ele aponta pra uma caixa com um led vermelho aceso.
- Que negócio é esse?- pergunto esticando o pescoço para ver melhor.
- Uma chave de segurança- responde o homem- e esse é o controle- ele levanta a mão e nela tinha um controle.
Sam tenta pegar sua arma, mas o cara soca seu rosto, ele caí e bate a cabeça na lateral do carro. Aponto minha arma, mas ele é mais rápido e bate no braço e a arma voa longe. Ele tenta me socar e eu desvio e dou uma joelhada na sua barriga. E quando vou soca-lo, ele tira uma arma de choque e coloca no meu pescoço.
A última coisa que vi foi Sam caído no chão com a testa sangrando.
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A pequena Winchester II
أدب الهواةAmy está de volta. E com ela novas emoções, sentimentos e o começo da adolescência. Como os irmãos vão lidar com tudo isso? Obs: precisa ler o primeiro livro para entender.