A pequena Winchester II

Perda de tempo

Amy Morgam Winchester

Abri os olhos mas estava tudo escuro, havia um capuz na minha cabeça. Eu estava sentada, mas não conseguia mexer meus pés e nem minhas mãos. O capuz foi tirado de mim e dei de cara com Sam, que também estava amarrado. O cara que nos sequestrou estava nos rondando.

- Quem é você?- perguntou Sam.

Ele começou a mexer em uma bolsa que estava em cima de uma mesa, deduzi que era uma bolsa com armas. 

- Vocês são Sam e Amy Winchester, e isso vocês não podem negar- ele se vira para nós- e o irmão de vocês, Dean, tem uma longa história comigo.

- Você é caçador?- perguntei.

- Podemos dizer que sim. Caçar seu irmão conta, né?

- Eu não faria isso se fosse você- diz Sammy- vai por mim. Olha, amigo, eu não sei quem você é, não sei o que você quer ou o que meu irmão fez, mas se você tem algum juízo, eu sugiro que você pense, dê meia volta e volte direto pro recrutamento de onde você saiu- o cara ri- ele é um monstro- encaro Sam seriamente.

- Ele era, a muitas luas. Agora ele é a caça e eu sou um monstro- comecei a rir, esse cara só podia ta brincando comigo- acha engraçado?

- Desculpa, foi mal- me recupero- é que tudo isso...é patético. Acha mesmo que vai vencer o Dean? você não tem a menor chance.

- Isso é o que nós vamos ver- ele pega meu celular e liga pra alguém, Dean eu imaginei - posso até aproveitar isso- ele diz à Dean do outro lado- eu? eu sou seu karma...é, no celular da sua irmã...não ela ainda não morreu, e nem Sam. Se você aparecer onde eu mandar você aparecer, eles vão ficar tranquilinhos-  ele estende o celular para nós- solta o verbo.

Sam e eu ficamos em silêncio. O cara da um soco na cara de Sam, que geme de dor.

- Dean!- meu irmão chama.

- Eles tão vivinhos, tem caneta aí?- Dean fala alguma coisa e ele ri- posso escrever essa sua frase nas lápides deles? vai ficar lindo!...tá, pode deixar, eu dou o recado antes de cortar a garganta deles - e então desliga.

- É, isso foi uma perda de tempo- jogo minha cabeça pra trás e suspiro.

...

O cara passou meia hora contando o por que ele queria se vingar do Dean. Resumidamente, meu irmão matou o pai dele.

- Eu sinto muito- Sam diz.

- Eu não quero sua compaixão, Sammy. Tô atrás do seu irmão, então por que não me diz onde ele se meteu que eu libero vocês.

- Não vai rolar, queridão- sorrio sem mostrar os dentes.

- Sério? sabe que o irmão de vocês me deu sinal verde pra atirar em vocês, né?

- O Dean, não é Dean no momento- tenta explica o moreno- escuta, eu não sei quem você é...

- Meu nome é Cole- interrompe- olha, eu sei que o Dean é o irmãozinho de vocês, mas ele deixou vocês na mão, e vocês não tem motivos para proteger ele. Então me ajudem, por favor.

- Eu lamento pelo seu pai- começa Sam- mas o que aconteceu... Dean tinha um motivo, eu não sei como dizer isso. Tem monstros à solta por ai.

- E você acha que eu não sei? Eu fui duas vezes ao Iraque, Operações Especiais...

- Não esse tipo de monstro- o interrompi- Sam tá falando de vampiros, lobisomens, monstros de verdade. Seu pai era um desses monstros, por isso Dean o matou.

Ele avança sobre mim e começa a me enforcar.

- Não se atreva a fala do meu pai!- ele rosna.

- Cole para!- grita Sam- é duro ouvir isso, mas é a verdade. 

Ele me solta e vai até a sua mochila. Ele pega luvas e veste.

- Eu tô achando que vou ter que adotar práticas mais dolorosas- ele sorri perverso- me diga Sam, onde está o Dean?- meu irmão se cala e o Cole começa a socar sua cara, várias e várias vezes.

Eu não conseguia mais ver aquilo. E quando Cole apertou o braço quebrado de Sam e ele começou a gritar eu não segurei.

- PARA! - ele me olha- para por favor.

- Amy, não!

- Eu conto onde ele está, mas não encosta mais no meu irmão!

Antes que ele responda seu celular toca, ele pega o celular do bolso e acidentalmente deixa cair um canivete com algumas chaves. Cole atende a ligação e começa a falar com a esposa. Ele vai pra fora e nos deixa sozinhos. 

Olhei para Sam e indiquei com o queixo a onde estava o canivete. Ele jogou a cadeira pro lado, pegou a arma branca e se desamarrou, fez o mesmo comigo e nós fugimos.

...

Andamos por bastante tempo pela estrada, Sam tinha ligado para Castiel e contado tudo. Agora iriamos nos encontrar com ele onde Sam tinha rastreado Dean.

- Sammy, olha- aponto para uma camionete estacionada na frente de uma casa velha.

Roubamos o veículo e o moreno dirigiu até um hotel, por sorte era na região onde estava nosso destino final. Eu fiquei no hotel enquanto Sam foi dar uma de FBI e encontrar o Dean.

- Oi pulguinha- escuto uma voz que eu conhecia muito bem- sentiu saudades?

- Crowley- me viro pra ele e sorrio. Tiro a faca mata demônio do meu bolso e a giro em minhas mãos.

- Você e Sam querem o Dean, eu darei ele à vocês.

- E qual é o truque?

- Não há truques. O moleque é ruim para os negócios, ele é incontrolável, deve ser a marca. Em todo caso, Dean é problema seu e do alce agora.

- E onde ele está?

- Primeiro vamos falar da minha comissão- ele sorri e eu reviro os olhos.

- Por que será não estou surpresa? - pergunto retoricamente- o que você quer?

Ele sorri perverso.