Mark Cain abierunt

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Amy Morgam Winchester

Castiel tinha encontrado fragmentos de graça de Gadreel em Sam, enquanto o curava, já que tinha que cura-lo em etapas. Ele deu a ideia de retirar essa graça e rastrear Gadreel, mas para isso iriamos precisar de uma seringa estranha.

- Encontrei- disse depois de vasculhar o inventário e achar a seringa- e agora?

- Agora vem a parte dolorosa- responde o anjo.

Vamos até a enfermaria do bunker, Sam deita na maca e Castiel começa a extração. Sam gritava de dor e minha cabeça começava a doer. Mas não era uma simples dor de cabeça, parecia que ela ia explodir e os gritos do meu irmão não ajudava.

Sai da sala e me apoiei na parede do corredor, a minha dor aumentava, caí de joelhos no chão e reprimir os gritos. Imagens começam a passar na minha cabeça.

Uma marca estranha.

Pus as mãos na cabeça e comecei a balançar como se eu negasse meus pensamentos.

Dean abriu os olhos, e eles estavam negros.

Então de repente a dor parou, como se nada tivesse acontecido. Eu estava ainda de joelhos, com a respiração ofegante, quando Sam e Cass apareceram.

- Tudo bem?- meu irmão pergunta- Amy, seus olhos...

- O que?- então deduzi que eles estava alaranjados- eu to bem.

- Acho que tá na hora de contar pra ele- o anjo bocudo se pronuncia.

- Me contar o que? você anda mentindo pra mim de novo?

- Eu não menti sobre nada- me levanto- conseguiram tirar a graça?

- Não muda de assunto Amélia!

- Eu tive um sonho, Castiel acha que é algum tipo de premonição ou sei lá. E agora, eu vi a mesma coisa de novo, só que de um jeito diferente.

- O que você viu?

- Eu vi o Dean. Ele tinha uma marca estranha no braço e estava possuído.

- Espera, se você viu isso agora, então não foi um sonho precognitivo- deduz o anjo.

- Por que não me contou?

- Eu queria descobrir o que era isso antes de te preocupar atoa, pode ser apenas coisa da minha cabeça.

- Ou pode ser real, é uma profeta agora!

- Tá, foi mal- é a única coisa que eu consigo dizer. Ele suspira.

- Tudo bem, mas na próxima me avise, okay?

- Tá- cruzo os braços- eai, vamos rastrear o anjo traidor ou não?

- É melhor avisarmos ao Dean antes- Castiel diz e eu concordo.

Liguei para meu irmão, mas ele não atendeu. Liguei de novo, e nada.

- Ele não atende- falo preocupada.

- Deve estar ocupado em alguma caçada- Sam me tranquiliza.

Resolvemos dar um tempo e enquanto isso, localizar Gadreel. Mas acabou dando errado, pois não havia graça suficiente.

- Merda!- Sam bate na mesa irritado.

- Tudo bem Sam, vamos ter outras oportunidades- o anjo acalma.

Meu celular toca.

- É o Dean- digo aliviada. Atendo a ligação- Dean, graças a Deus, onde você tava? por que não atendeu?

- Eu estava ocupado, desculpa te preocupar.

- Tudo bem, só escuta. Lembra que eu te disse pra tomar cuidado hoje mais cedo? bom, só quero reforçar essa ideia.

- O que tá acontecendo Amy?

Olhei para os meninos na minha frente como se eu pedisse permissão para contar, eles concordaram.

- Eu...tive uma visão. Quer dizer, não sei se é uma visão ou só coisa da minha cabeça, mas é bom ficarmos alertas.

- O que você viu?

- Eu vi você, tinha uma marca estranha no seu braço e você estava possuído por um demônio- ele ficou em silêncio- Dean?

- Não precisa se preocupar, vai ficar tudo bem. Eu preciso ir- ele desliga.

- Então?- Castiel pergunta.

- Isso foi bem estranho.

...

Duas semanas depois...

Eu não dormia mais. Castiel estava preocupado. Sam estava trabalhando em um caso no Novo México já fazia uma semana. Pedi para o anjo não contar do meu estado deplorável, garanti á ele que eu estava bem, apenas cansada e ele acreditou.

E depois que Sam ligou dizendo que iria atrás de um amigo que estava com problemas eu fui para meu quarto, eu só ficava lá agora. Estava tudo uma zona, e por que? por conta da droga dessas premonições ou seja lá o que for isso. Quanto mais premonição eu tinha, mais forte ficava as dores de cabeça.

Eu tinha lido quase todos os livros sobre vidência que tinha ali no bunker, e nenhum falava como parar isso. Eu só tentava esquecer mas as imagens não saiam da minha cabeça.

Aquela marca.

Os olhos negros.

Era sempre a mesma coisa, mas de formas diferentes ou eram momentos diferentes? Eu já não sabia mais o que pensar, mas se aquilo não era real, eu com certeza estava ficando louca.

Eu tinha que descobrir o que era aquela marca. Então a desenhei. Mas o que era para ser um desenho, virou uma mar de folhas com desenhos e palavras que eu não entendia mas mesmo assim eu escrevia. Era como se minha mão soubesse o que estava fazendo, e eu não conseguia parar mais.

- Mark Cain abierunt- eu repetia incessantemente, porém eu não fazia ideia do que significava. Parecia que eu já não tinha mais controle do meu corpo, não fazia ideia de quanto tempo eu estava ali.

- Amy...- escutei me chamarem, mas a voz parecia estar tão longe- Amy!

Eu congelei. Me virei lentamente, então vi três rostos conhecidos. Meu olhar foi de encontro com a marca no braço de um desses rostos, aquilo não podia ser real.

- Mark Cain abierunt.

Foi a última coisa que eu disse antes de tudo ficar escuro e eu apagar.

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora