Amy Morgam Winchester
Castiel tinha encontrado fragmentos de graça de Gadreel em Sam, enquanto o curava, já que tinha que cura-lo em etapas. Ele deu a ideia de retirar essa graça e rastrear Gadreel, mas para isso iriamos precisar de uma seringa estranha.
- Encontrei- disse depois de vasculhar o inventário e achar a seringa- e agora?
- Agora vem a parte dolorosa- responde o anjo.
Vamos até a enfermaria do bunker, Sam deita na maca e Castiel começa a extração. Sam gritava de dor e minha cabeça começava a doer. Mas não era uma simples dor de cabeça, parecia que ela ia explodir e os gritos do meu irmão não ajudava.
Sai da sala e me apoiei na parede do corredor, a minha dor aumentava, caí de joelhos no chão e reprimir os gritos. Imagens começam a passar na minha cabeça.
Uma marca estranha.
Pus as mãos na cabeça e comecei a balançar como se eu negasse meus pensamentos.
Dean abriu os olhos, e eles estavam negros.
Então de repente a dor parou, como se nada tivesse acontecido. Eu estava ainda de joelhos, com a respiração ofegante, quando Sam e Cass apareceram.
- Tudo bem?- meu irmão pergunta- Amy, seus olhos...
- O que?- então deduzi que eles estava alaranjados- eu to bem.
- Acho que tá na hora de contar pra ele- o anjo bocudo se pronuncia.
- Me contar o que? você anda mentindo pra mim de novo?
- Eu não menti sobre nada- me levanto- conseguiram tirar a graça?
- Não muda de assunto Amélia!
- Eu tive um sonho, Castiel acha que é algum tipo de premonição ou sei lá. E agora, eu vi a mesma coisa de novo, só que de um jeito diferente.
- O que você viu?
- Eu vi o Dean. Ele tinha uma marca estranha no braço e estava possuído.
- Espera, se você viu isso agora, então não foi um sonho precognitivo- deduz o anjo.
- Por que não me contou?
- Eu queria descobrir o que era isso antes de te preocupar atoa, pode ser apenas coisa da minha cabeça.
- Ou pode ser real, é uma profeta agora!
- Tá, foi mal- é a única coisa que eu consigo dizer. Ele suspira.
- Tudo bem, mas na próxima me avise, okay?
- Tá- cruzo os braços- eai, vamos rastrear o anjo traidor ou não?
- É melhor avisarmos ao Dean antes- Castiel diz e eu concordo.
Liguei para meu irmão, mas ele não atendeu. Liguei de novo, e nada.
- Ele não atende- falo preocupada.
- Deve estar ocupado em alguma caçada- Sam me tranquiliza.
Resolvemos dar um tempo e enquanto isso, localizar Gadreel. Mas acabou dando errado, pois não havia graça suficiente.
- Merda!- Sam bate na mesa irritado.
- Tudo bem Sam, vamos ter outras oportunidades- o anjo acalma.
Meu celular toca.
- É o Dean- digo aliviada. Atendo a ligação- Dean, graças a Deus, onde você tava? por que não atendeu?
- Eu estava ocupado, desculpa te preocupar.
- Tudo bem, só escuta. Lembra que eu te disse pra tomar cuidado hoje mais cedo? bom, só quero reforçar essa ideia.
- O que tá acontecendo Amy?
Olhei para os meninos na minha frente como se eu pedisse permissão para contar, eles concordaram.
- Eu...tive uma visão. Quer dizer, não sei se é uma visão ou só coisa da minha cabeça, mas é bom ficarmos alertas.
- O que você viu?
- Eu vi você, tinha uma marca estranha no seu braço e você estava possuído por um demônio- ele ficou em silêncio- Dean?
- Não precisa se preocupar, vai ficar tudo bem. Eu preciso ir- ele desliga.
- Então?- Castiel pergunta.
- Isso foi bem estranho.
...
Duas semanas depois...
Eu não dormia mais. Castiel estava preocupado. Sam estava trabalhando em um caso no Novo México já fazia uma semana. Pedi para o anjo não contar do meu estado deplorável, garanti á ele que eu estava bem, apenas cansada e ele acreditou.
E depois que Sam ligou dizendo que iria atrás de um amigo que estava com problemas eu fui para meu quarto, eu só ficava lá agora. Estava tudo uma zona, e por que? por conta da droga dessas premonições ou seja lá o que for isso. Quanto mais premonição eu tinha, mais forte ficava as dores de cabeça.
Eu tinha lido quase todos os livros sobre vidência que tinha ali no bunker, e nenhum falava como parar isso. Eu só tentava esquecer mas as imagens não saiam da minha cabeça.
Aquela marca.
Os olhos negros.
Era sempre a mesma coisa, mas de formas diferentes ou eram momentos diferentes? Eu já não sabia mais o que pensar, mas se aquilo não era real, eu com certeza estava ficando louca.
Eu tinha que descobrir o que era aquela marca. Então a desenhei. Mas o que era para ser um desenho, virou uma mar de folhas com desenhos e palavras que eu não entendia mas mesmo assim eu escrevia. Era como se minha mão soubesse o que estava fazendo, e eu não conseguia parar mais.
- Mark Cain abierunt- eu repetia incessantemente, porém eu não fazia ideia do que significava. Parecia que eu já não tinha mais controle do meu corpo, não fazia ideia de quanto tempo eu estava ali.
- Amy...- escutei me chamarem, mas a voz parecia estar tão longe- Amy!
Eu congelei. Me virei lentamente, então vi três rostos conhecidos. Meu olhar foi de encontro com a marca no braço de um desses rostos, aquilo não podia ser real.
- Mark Cain abierunt.
Foi a última coisa que eu disse antes de tudo ficar escuro e eu apagar.
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A pequena Winchester II
FanfictionAmy está de volta. E com ela novas emoções, sentimentos e o começo da adolescência. Como os irmãos vão lidar com tudo isso? Obs: precisa ler o primeiro livro para entender.