Tijolos Amarelos

3.2K 356 33
                                    

Amy Morgam Winchester

Sam, Dorothy e eu nos separamos. Escutei três tiros, o que significava que tinha apenas duas balas agora. Uma fumaça verde começou a sair da tubulação, a bruxa se materializa na minha frente.

Antes que eu possa atirar, ele me joga contra a parede e tenta tocar na minha testa, mas consigo atirar. Ela se afasta, vira uma fumaça verde e foge pela tubulação. Começo a procurar meus irmãos e as meninas. Vi Sam e Dean indo para a garagem, eles estavam estranhos, então os segui silenciosamente.

As meninas estavam lá, com um sapato na mão, era bem estranho. Meu irmãos estavam possuído pela bruxa. Dean jogou Charlie contra a janela, e Sam derrubou Dorothy e ficou por cima dela.

Peguei uma barra de ferro que tinha ali e bati na cabeça de Sam, Charlie chutou os países baixos de Dean e saiu correndo com os sapatos na mão.

- Vai, nós ganhamos tempo- Dorothy disse à ruiva.

Eu comecei a lutar com Dean, e a Dorothy com Sam. Soquei o rosto do meu irmão, mas ele nem se mexeu. Ele devolveu o soco e eu caí, senti o sangue escorrendo pela lateral da minha boca. Lhe dei uma rasteira e tentei segura-lo no chão, o que foi burro e inútil. Ele nos girou e ficou por cima, e então começou a me enforcar.

- Dean!- repreendi, o ar sumia pouco a pouco. Mas ai ele me soltou e eu comecei a tossir.

- Amy? Amy, me desculpe- ele me ajuda a sentar- droga!

- Eu to bem- respondo depois de me recuperar.

- A Charlie conseguiu- ouço a voz de Dorothy.

...

- Obrigada por tudo o que fizeram. Agora se me derem licença, eu tenho uma rebelião pra terminar- ela olha pra Charlie- então, você vem ou não?

- O que? com você? pra Oz?

- É, você não disse que estava procurando aventura, ruiva? Venha me ajudar a achar meu cão.

- Você não faz ideia do que tem la- adverte o loiro- tem macacos voadores, exércitos de bruxas e todo o tipo de perigo.

- Você jura?- diz empolgada. Ela abraça Dean.

- Se precisar de alguma coisa, é só bater o salto três vezes tá?- Sam a abraça e ela ri.

- Foi legal te conhecer, ruiva. Vê se vem nos visitar de vez em quando- a abraço também.

- Somos amigas?

- Se você não tentar namorar meus irmãos, sim- os meninos riem, e eu não entendo a graça.

- Isso é meio impossível- ela dá os ombros- bom, até mais vadias!

Dorothy abre a porta, vemos uma linda paisagem e uma estrada feita de tijolos amarelos. Elas se despedem e vão embora.

- Por que é impossível?- pergunto e eles riem- qual a graça? tão me zoando?

- Ela não joga nesse time, irmãzinha- Dean dá um tapinha na minha cabeça.

Agora tudo fazia sentido.

...

- Você ensinou ela à seduzir um cara?- rio- deve ter sido hilário.

- Na hora não foi não, quase fomos pegos, mas no final deu tudo certo- Sam continua-Charlie é muito esperta apesar de tudo.

- Vocês gostam mesmo dela, não é?- tomo um gole do meu refrigerante.

- Ela é como uma irmã- Dean diz-  Sempre nos ajudou, mesmo com medo, sempre que a gente precisa ela está lá. Isso sem falar que ela é ótima com coisa tecnológicas, o que é muito útil.

- Que bom que você conheceram ela- sorrio sem graça- eu acho que já vou dormir, esse lance de Oz e sapatos mágicos me deixou super cansada. Boa noite.

Me levanto mais rude do que eu gostaria, e vou pro meu quarto. Tranco a porta e me jogo na cama.

Eu tinha gostado da Charlie, mas aquilo me causou certo ciumes. Eu podia não ser uma nerd da computação, mas eu sabia fazer outras coisas que fossem úteis. Talvez fosse bobagem da minha parte, mas eu tinha ficado magoada de certa forma.

Eu também sempre os ajudei, sempre estive lá quando eles precisaram. A não ser quando eu fugi deles, quando me escondi por que estava com medo e com raiva. 

Mas a culpa era deles, não era? Dean matou Daniel sem motivo algum, eu tinha o direito de ficar com raiva. Mas e se eles tivessem precisado de mim nesse tempo em que eu estava fora? e se alguma coisa aconteceu por minha causa? por eu não estar lá?

Assim quem sabe, Sam não precisaria ter feito aqueles teste, não estaria possuído por um anjo e Castiel estaria seguro no bunker. 

Talvez eu não fosse suficiente pra eles. Por isso gostavam tanto da Charlie, ela era inteligente, divertida, corajosa e não tinha medo de errar. Por isso ela era tão especial, por que ela era suficiente pra eles.

Mas por que eu tenho que ser tão paranoica com essas coisas?

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora