Bomba demônio

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Amy Morgam Winchester

Dean, Sam e eu tínhamos que entrar na fábrica abandonada e riscar os sigilos para que Castiel pudesse entrar. Isso não seria muito fácil se meus dois irmãos bobões ficassem de cara fechada um para o outro.

- A quatro pontos principais de defesa, norte, sul, leste e oeste- diz o anjo assim que chegamos na fábrica- e quatro sigilos enoquianos como este- ele desenha na mão de Sam- que vocês tem que destruir para eu entrar.

- Tudo bem, nós cuidamos dos malas infernais e você tira o anjo de lá?- questiona o loiro.

- É, depois de matar tantos, eu preciso salvar pelo menos um- aquilo era curioso, eu perguntaria aos meninos mais tarde.

- É, gostei do plano- digo tirando a minha faca mata demônio do bolso da jaqueta, estava com saudades de usa-la.

- Espere- Cass entrega duas adagas aos irmãos- não funciona só com anjos, mata demônios também.

- Valeu- agradece Sam.

Damos a volta e entramos pela fresta do portão. Assobio atraindo um dos demônios, Dean o mata e Sam pega a chave em seu bolso e joga para mim. Abro a porta e entramos no local. O primeiro sigilo já estava bem à vista, no corredor. Sam o cobre com tinta spray.

Nós três nos separamos, vou para o oeste, Sam para leste e Dean para o norte. Quanto mais eu andava, mais alto ficava o som de um grito, provavelmente do Samandriel, era agonizante.

Achei o sigilo e marquei um X com spray preto por cima dele. Assim que guardo o spray, sou jogada contra a parede. O demônio me ergue pelo pescoço, chuto o meio de suas perna e dou uma joelhada no seu estomago, pego a faca e enfio no seu peito, ele cai morto.

Escuto uma explosão, os meninos tinham usado as dinamites. Outro demônio aparece. Ele tenta me socar mas desvio. Então ele resolve jogar sujo, ele puxa meu cabelo, me da uma rasteira e eu caio no chão.

Dou uma cambalhota para trás quando ele tenta pisar em mim, o que foi um absurdo. Me levanto e giro a faca em minha mão, dou um sorriso desafiador. Dean chega por trás e o mata com a adaga.

- Ei, eu tava me divertindo!- resmungo desapontada.

- Sem tempo, vamos.

Corremos até onde vinha os gritos, mas uma porta nos impedia. Castiel aparece mas ele estava fraco por conta dos outros sigilos. Dean tentava arrombar a porta, mas era quase inútil. Ele e Sam então, começam a se jogar contra ela.

- Oh anjo, faz aquele seu lance...- paro de falar quando o olho, ele estava encolhido no chão, com medo- Castiel?

Meus irmãos conseguem arrombar a porta finalmente, ajudo o anjo a se levantar e nós entramos. Os Winchester lutavam com dois demônios, Cass e eu fomos ajudar o homem que estava sentado em uma cadeira, ele usava uma espécie de capacete da tortura. Tiramos as agulhas que estavam enfiadas na cabeça dele uma a uma, foi bem nojento.

- Castiel, vai- mandou meu irmão mais velho. Num passe de mágica os dois anjos sumiram.

- Tem tanta coisa que vocês não sabem, vocês precisam de mim- disse o demônio que lutava agora pouco com Dean.

- Eu acho que não- respondeu o loiro, e então o matou.

Nós três saímos correndo e encontramos os anjos perto do Impala. Samandriel estava morto e Castiel estava com uma adaga ensaguentada na mão.

- O que aconteceu?- perguntou Sam.

- Ele se comprometeu. Ele me atacou, eu o matei em legítima defesa- ele estava muito estranho, sangue escorreu de seu olho esquerdo.

- Você está bem?- vez do Dean perguntar.

- Minha casca deve ter sido danificada na briga. Eu tenho que...os restos de Samandriel pertencem ao céu- ele se ajoelha ao lado do corpo- obrigado aos três, pelo que fizeram- e então some.

- Mas que merda foi essa?- me expresso.

...

Voltamos para a cabana onde eu e Dean dormimos, e a enchemos de sigilos enoquianos.

- Tudo bem, isso resolve- falou Sam quando terminou o último desenho- o Castiel não pode nos ver e nem ouvir agora.

- Legal, agora me expliquem que droga foi aquela?- me exalto.

- Eu disse que tinha coisa errada com ele desde que voltou do purgatório!- respondeu o loiro.

- Acham que alguém tá ferrando com a cabeça dele?- questionou o outro.

- Quem?

- Anjos- respondo.

- Por que anjos fariam com que ele matasse outro anjo?

- Eu sei lá, anjos são estranho- respondo Dean. Nós três suspiramos cansados.

- Quer saber? eu e Amy cuidamos disso, você vai Sam.

- O que?- dissemos em uníssono.

- Você não tem uma garota a sua espera?

- É, eu acho que eu tenho sim, mas desde quando você apoia ela?

- Não sei não, só to cansado de tanta briga.

- Finalmente!- jogo os braços pro ar.

- Bom, ela pode estar esperando por mim se eu voltar, seria mesmo muita sorte se ela estivesse...mas agora, contudo que está a nossa espreita, com tanta coisa pra ser feita...eu não sei.

- Eu sei de uma coisa- começo- o que tiver que decidir decida, não fique indeciso por que isso vai acabar te consumindo, e depois você poderá não ter uma escolha- não sei de onde tinha saído aquilo, talvez das minhas experiências de "vida normal" no orfanato ou na escola, onde as coisas de caçadora acabaram voltando.

- É, eu sempre ouço isso...olha, eu vou dar uma volta. Clarear as ideias- ele sai deixando eu e Dean para trás.

Suspiro. Eu queria ver meu irmão feliz, mas para isso eu deveria deixa-lo ir e isso era doloroso. Eu já tinha perdido tanto e isso era tão monótono que chegava a ser desgastante. Por mais que eu tentasse esquecer, eu ainda não tinha superado a morte do tio Bobby, era algo que eu ainda não conseguia acreditar. E se Sam fosse embora, seria outra coisa a qual eu precisaria lidar.

Eu me sentia fraca. Fraca psicologicamente. Eram tantos problemas. Tantas perguntas. Tantas perdas. E tudo isso ia se acumulando dentro de mim, e eu tinha medo de que uma hora não coubesse mais nada...




A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora