Sangue e vampiros

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Amy Morgam Winchester

Castiel tinha decidido que não queria mais a vida de caçador, isso tinha sido a uma semana atrás. Meus irmãos e eu continuamos nossa rotina, e agora estávamos em uma lanchonete.

Meus irmãos, na verdade, esperavam no carro enquanto eu estava no banheiro desesperada sem saber o que fazer.

Escuto a porta do banheiro abrir, e logo depois passos.

- Oi?- chamo.

- Hã...oi?

- Você pode me ajudar?

- O que aconteceu?- a mulher pergunta se aproximando da porta da cabine, pude ver a sombras dos seus pés no chão.

- Eu não sei ao certo, eu acho que...acho que eu menstruei- digo envergonhada, escuto ela rindo.

- Foi a primeira vez, não é? Quer que eu chame sua mãe?

- Não, eu vim com meus irmãos. Olha moça, eu não sei o que tenho que fazer.

- Sua mãe nunca conversou com você sobre isso?

- Não, ela morreu quando eu era pequena- respondo ríspida.

- Ah, eu sinto muito mesmo.

- Tudo bem, apenas me ajude- suplico.

- Certo, certo- escuto um som de zíper- acho que eu tenho uma absorvente aqui...achei, toma- ela joga por cima da porta e eu pego. Aquilo parecia uma espécie de tampão, ela me instrui de como coloca-lo e eu presto atenção em cada passo.

- Consegui- digo. Ajeito minha calça e saio da cabine, eu estava com muita vergonha então apenas agradeci, lavei minhas mãos e sai do banheiro.

- Demorou hein- Dean reclama quando entro no carro- toma seu x-bacon- ele me entrega e como em silêncio.

- Nós vamos para Carencro, Louisiana-Sam fala me olhando pelo retrovisor- caso de vampiro.

Engasguei na hora. Ele me olharam não entendendo. Vampiros gostavam de sangue, e era isso que saia de mim agora. Eu estava ferrada.

- Tudo bem?- o loiro pergunta.

- Tudo- respondo rápido- tudo ótimo.

...

Chegamos em um hotel onde os meninos disseram que um amigo deles estava. E esse amigo era, na verdade, meio que um espião de Sam. Ele estava vigiando um vampiro que era amigo de Dean, Benny era o nome.

Acho que perdi muita coisa enquanto eu estava morta!

Antes que o Sam bata na porta, um homem careca abre com brutalidade. A primeira coisa que ele faz é me olhar e recuar um passo.

- Ela tá com a gente- explicou Sam- é nossa irmã.

Ele dá espaço e entramos.

- Eu cheguei na cidade a uma semana, vigiei até ontem e nada. Ele estava limpo.

- Fazendo o que?- perguntou Dean.

- Ele estava cuidando da vida dele, trabalhando em um restaurante de campus. E ele pode ser Benny para você, mas pro pessoal daqui ele é Roy.

- Ô Martin...você tá mesmo ligado cara?

- É claro- diz super empolgado- uma terapia de choque de manhã e eu fico prontinho.

Dean e eu trocamos olhares, dou os ombros e ele revira os olhos.

- Diz o que aconteceu ontem a noite- Sam pede.

- Tá, eu o segui até em casa como toda noite, ele virou numa trilha e aí eu ouvi um grito. Apertei o passo e bum, lá estava ele, o velho que o Roy encarou no restaurante, vampirizado.

- Tá, mas você viu mesmo o Benny matar o cara ou não?- questiona o loiro.

- Eu vi o bastante!

- E como você sabe que foi o Benny se não viu ele fazendo isso?- me pronuncio pela primeira vez. Eu não tinha ido com a cara desse homem, e por algum motivo minha paciência estava esgotada.

- Por que eu vi o Benny entrar na trilha e aí dois segundo depois eu tropecei em um corpo com a garganta rasgada.

Então eles começam a discutir. Bufo irritada, sento em uma cadeira que tinha ali e apenas observo. Minha cabeça parecia que ia explodir e aquilo era chato.

- Pra mim já deu- me levanto- vou dar um volta.

Saio de lá e começo a andar pela cidade, meu mal humor era nítido. Era uma cidadezinha tranquila até, daquelas em que todos se conheciam e que o crime mais absurdo que já cometeram foi de roubar galinhas no vizinho.

Sinto como se alguém estivesse me seguindo, olho para trás mas não havia ninguém. Seguro meu canivete com força dentro do bolso da jaqueta. Um vento gelado passa do meu lado, aquilo não era normal.

Paro de andar e olho ao meu redor. Do outro lado da rua tinha um cara, ele me olhava intensamente. Volto a andar, dessa vez mais rápido, precisava chegar em algum lugar com muitas pessoas, ele não faria nada comigo em público.

Antes que eu possa chegar perto de uma lanchonete, sou arrasta até um beco com uma velocidade alucinante, aquele cara era um vampiro.

- Senti seu cheiro assim que chegou na cidade- disse perto do meu pescoço, ele me prensava contra a parede.

- Quem é você?- pergunto entre dentes.

- Desmond, muito prazer- ele sorri- e você gatinha?

- Amy Winchester, já deve ter ouvido falar de mim- sorrio desafiadora e ele me olha assustado- agora me faça um favor e vá para o inferno- chuto no meio de suas pernas fazendo com que ele me solte. 

Meu canivete seria inútil. Ele era mais forte e mais rápido que eu, só que eu não ia fugir. Ele se endireita e tenta avançar, pego impulso com a parede e o empurro, nós dois caímos.

Me levanto rápido, pego uma tábua de madeira que estava jogada ali e acerto seu rosto. Ele se levanta com uma expressão nada boa. Desmond usa sua velocidade, me desarma e me prensa na parede de novo, só que sem papo fura desta vez. Ele morde meu pescoço e solto um grito de dor.

- DESMOND!- uma voz esbraveja.

O vampiro me solta e eu caio sentada. Ele olha para o homem e sai correndo com a super velocidade. Me levanto com dificuldade, o homem vem até mim e sorri gentil.

- Você é o Benny- deduzo.

- Não sabia que o Dean tinha uma irmã- ele analisa a mordida, para um vampiro ele até que estava se controlando muito bem.

- É uma longa história- estanco o sangue com a mão.

- Você vai ficar bem, é melhor voltar- ele tira seu casaco, o dobra e põe sobre a mordida- vamos, eu te acompanho.

Ele me leva de volta pro hotel, agradeço pelo casaco e então ele some com sua velocidade, não queria ser visto pelo Sam ou o Martin. Ando rápido até o quarto onde o careca doido do Martin tava hospedado, apenas Dean estava ali.

- O que houve?- pergunto ao ver que ele estava algemado ao ar condicionado.

- Martin e Sam, foram atrás do Benny- responde enquanto tentava se soltar. Me aproximo, tiro o grampo que sempre deixo no cabelo e o ajudo- o que aconteceu com você?

- Um vampiro chamado Desmond,  tenho quase certeza de que foi ele quem matou aquele cara.

- Benny me contou sobre ele, contei ao Sam e o Martin mas...

- Eles não acreditaram- consigo desalgema-lo. Ele se levanta, pega um kit de primeiros socorros- aliás, foi o seu amigo que salvou minha vida.

 - To devendo mais uma pra ele- ele se senta na minha frente e faz um curativo rápido- agora temos que ir, ele precisa da nossa ajuda.

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora