Amy Morgam Winchester
Lembra quando eu disse que se ele achava que seria fácil, ele estava muito enganado? pois é, quem estava enganada era eu. Ele conseguiu me prender na parede usando sua telecinesia demoníaca.
- Esquilo, a quanto tempo!- ele diz com o celular no ouvido- vocês tem menos de um minuto, antes que sua jovem, querida e bonita irmãzinha bata as botas- ele sorri, e meu irmão fala algo do outro lado. Crowley estalou os dedos e senti uma dor insuportável no meu estômago, gritei de dor- trinta segundos...eu quero a placa dos demônios, ela inteirinha...quero ouvir as palavrinhas: eu me rendo...bom garoto!
Ele me solta da parede, caio no chão cuspindo sangue, a dor tinha parado. O demônio desliga o celular, coloca as mãos dentro do bolso e me olha como se me agradecesse.
- Você é um canalha- digo me levantando.
- Não querida, eu sou o rei do inferno- sorri- foi um prazer te conhecer, espero que nos vejamos outra vez.
- Eu discordo.
Ele vai até a porta e abre, mas para e se vira pra mim.
- E só pra você saber, seus irmãos estão péssimos sem você- e então sai, fechando a porta logo depois.
- Valeu mesmo - falo sozinha.
Me jogo na cama cansada, será que o que ele disse era verdade? ou foi só pra me deixar pra baixo? Meu celular começar a tocar, reviro os olhos e vou atender.
- Alô?
- Amy, é o Sam. Você está bem? Crowley te machucou?
- É, eu tô legal. O que vocês andam aprontando hein?- repenso no que falei- não, quer saber, esquece. Não quero me envolver mais.
- Tudo bem. Só liguei pra ver se você estava bem, o Dean...bom...ele tá preocupado e com saudades, nós dois estamos. Já faz tempo que não nos falamos.
- É, pois é. Mas eu to bem Sam, to muito bem na verdade- claro que era mentira- até arrumei um emprego.
- Isso é muito bom Amy- havia certo descontentamento no seu tom de voz- estamos felizes por você.
- Obrigada- engulo seco- eu preciso desligar, adeus irmão.
- Adeus.
Jogo o celular na cama e caio de cara com o travesseiro. Eu sentia muita falta deles, mas eu estava me dando bem aqui, melhor do que eu tinha imaginado. Só que se eu quisesse continuar assim, precisa melhorar minha "camuflagem". Se Crowley tinha conseguido me achar, nada impedia de que Castiel ou outros seres sobrenaturais me achassem também.
...
Tive que cobrir o turno de Rachel, pois ela estava doente. E depois de servir mais café a uma mulher, fui pra de trás do balcão esperar ela fazer um pedido ou ir embora.
Mas uma coisa estranha aconteceu, os copos da prateleira começaram a tremer, a televisão começou a chiar e raios de luz passavam pelo céu. Sai da lanchonete para ver o que estava acontecendo, a senhora me seguiu.
Parecia uma chuva de meteoros, mas era muito estranho pois tinham forma de pessoas.
- O que tá acontecendo?- a mulher pergunta assustada.
- São...anjos- respondo mais pra mim do que pra ela.
- Como é?
- Acho melhor a senhora ir pra casa- volto para dentro da lanchonete, eu iria fecha-lá, duvido que alguém iria sair de casa depois disso. Sinto meu celular vibrar, um nome brilhava na tela e eu soube que alguma coisa tinha dado ruim.
- Amy?
- Primeiro Crowley aparece, e depois começa a chover anjos do céu. O que vocês fizeram?
- Amy, o Sam...- fico atenta- ele tá muito mal.
- O que houve?- meu coração se apertou, minha preocupação era evidente.
- Foram os testes. Achamos que ao completar os testes, os portões do inferno se fechariam, mas- ele chorava- era tudo mentira, e agora o Sam tá morrendo.
- Me manda o endereço, eu to indo- desligo.
Fecho a lanchonete e volto correndo pra casa. Arrumo minha mochila rapidamente, coloco apenas coisas necessárias e saio. Recebi o endereço de onde estavam no caminho para a rodoviária. E depois de avisar Rachel que eu estava saindo da cidade, comprei a passagem e esperei.
Eu estava nervosa. Minhas mãos suavam, eu batia meu pé no chão incessantemente. E quando o ônibus chegou, levantei num pulo e fui a primeira a entrar. O veículo começou a andar e quando passamos pela placa que dizia "você está saindo de Soiux falls, Dakota do Sul", comecei a cronometrar o tempo, eu precisava chegar o mais rápido possível.
...
Quando amanheceu, o ônibus parou e desci rápido. Peguei um táxi e fui direto pro hospital, vi o Impala quando cheguei. Paguei o motorista e entrei apressada, meu coração batia mais forte a cada passo.
- Bom dia, no que posso...- a balconista para de falar quando passo reto por ela- ei mocinha, não pode entrar sem crachá.
Continuo andando. Procurei em cada porta que encontrei, e quando virei o corredor, vi Dean parado. Ele me olhou, e não me contive. Saio correndo e o abracei, ele me tirou do chão e me apertou forte.
- Eu sinto muito- ele disse com a voz embargada- não pude proteger nosso irmão, me desculpe.
- A culpa não é sua- saio de seus braços- cadê ele?
O loiro vira a cabeça e olha pra dentro do quarto. Sam estava lá, deitado na cama com aparelhos respiratórios em volta. Seu rosto estava pálido, mas apesar de tudo, ele esboçava tranquilidade, como se estivesse apenas dormindo. Vou até ele e pego em sua mão, Dean entra e nos encara de longe.
- Eu orei- ele diz- pedi ajuda a qualquer um que pudesse me ouvir, já faz um tempo.
- Acha que foi uma boa ideia? quero dizer, e se quem ouviu quer matar você ou Sam?
- Eu não tive escolha. Castiel não me responde, eu...estou desesperado.
- Tá bem- sorrio compreensiva- então, vamos esperar, certo?
Ele concorda com a cabeça e se encosta na parede cruzando os braços. Eu sento na cadeira que tinha ali, sem soltar a mão de Sam. E assim nós esperamos...
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A pequena Winchester II
FanfictionAmy está de volta. E com ela novas emoções, sentimentos e o começo da adolescência. Como os irmãos vão lidar com tudo isso? Obs: precisa ler o primeiro livro para entender.