Porta-malas

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Amy Morgam Winchester

O Winchester mais velho olhava para o nada, sua cabeça estava longe. O celular dele tocou e ele continuo imóvel, Sam e eu trocamos olhares.

- Dean!- Sam bate palmas- o celular.

O mais velho sai do seu transe e atende.

- Até que enfim, por onde é que você andava?- o loiro olha para nós- onde é que você está?- ele anota alguma coisa no papel- ta, estamos indo- ele desliga.

- O que foi?- pergunto.

- Crowley encontrou Abbadon- ele se levanta- vamos buscar a Primeira Lâmina - eu já ia me levantar também mas ele me impediu- não, você fica aqui com os anjos, é mais seguro.

- O que? mas...

- Amélia!- me interrompe- só dessa vez, me obedeça. Por favor.

Cruzo os braços e volto a me sentar.

- Tá.

...

Dean e Sam tinham saído para matar Abbadon, Castiel tinha ido fazer alguma coisa que eu não sabia o que era. E eu, estava mexendo nas coisas de "comandante" do anjo.

- Comandante?- uma mulher entra afobada.

- Ele saiu- respondo- o que houve?

- É o nosso prisioneiro, ele está morto.

- O que?- saio correndo até a sala onde o anjo estava preso. Ele estava caído na cadeira, tinha sido esfaqueado no peito-ah que droga!

Não poderia ter sido suicídio, já que ele estava algemado. Havia um traidor entre nós, alguém de Metatron, e talvez eu estivesse em perigo. Peguei meu celular para ligar para Castiel, mas alguém cobriu minha cabeça com um capuz.

Tentei me soltar mas a pessoa me deu um soco no estômago, caí de joelhos. Ele amarrou minhas mãos, me pegou no colo e senti ela caminhar.

- ME LARGA- dei cotoveladas e chutes, mas não adiantou muito.

Ouvi uma porta sendo aberta, senti o vento e deduzi que estávamos do lado de fora. Ouvi o som do alarme de um carro, e logo depois fui jogada no que me pareceu ser o porta-malas, já que era apertado e nada confortável.

- ME TIRA DAQUI SEU CRETINO!- me debati. O carro entrou em movimento, e a cada curva, ou eu batia minha cabeça ou as minhas costas- VOCÊ VAI MORRER POR ISSO, TÁ OUVINDO?

Tentei contar quanto tempo demorou para chegarmos seja lá para onde ele me levava, mas perdi a paciência nos 3 primeiros minutos. Tempo depois, o carro estacionou, me preparei pra sair chutando e socando tudo ao meu redor.

Mas quando eu ouvi o porta-malas sendo aberto, recebi logo outro soco no estômago. Eu senti vontade de vomitar e minha cabeça doía pelas batidas. O cara me pegou e me jogou no seu ombro, me levando como se eu fosse um saco de batatas.

- ME LARGA SEU DESGRAÇADO- eu batia nele, mas parecia que ele nem sentia- EU VOU MATAR VOCÊ, O SAM VAI MATAR VOCÊ E O DEAN VAI MATAR VOCÊ, VOCÊ VAI MORRER TRÊS VEZES, TÁ ENTENDENDO?

Sinto meu corpo ser jogado, caí sentada em uma cadeira.

- Ei!- disse uma voz familiar- cuidado com a mercadoria- escuto passos- ora, a Winchesterzinha, a quanto tempo- ele tira o meu capuz.

- Metatron- reviro os olhos- era só o que me faltava.

- Não sabe o quanto eu estava ansioso para vê-la - ele dá as costas e senta na cadeira na minha frente, havia uma mesa entre nós- e agora você está aqui!

- O que você quer?-  rosno. Ele ri.

- E o que mais eu iria querer de você? o seu poder é claro.

- Ah é?  e como pretende fazer isso?- eu tentava ganhar tempo, tinha conseguido pegar meu canivete no bolso discretamente, agora só faltava cortas as cordas que amarravam meu pulso.

- Eu tenho uma proposta para lhe fazer- ele juntas as mãos em cima da mesa, arqueio a sobrancelha- como você sabe, eu estou reconstruindo o céu, e quero que você faça parte disso. Você me ajudará a prever o próximo passo do inimigo, você irá me ajudar a ganhar esta guerra, e em troca- ele sorri- eu posso trazer todos aqueles quem você perdeu de volta. Seu pai, sua mãe, Adam, aquele garoto ruivo, como era mesmo o nome dele? Ah! Bruce!

- Como sabe disso?- eu estava em choque.

- Ora, eu sou Deus! Eu sei de tudo.

- Você não é Deus, e não pode trazê-los de volta!

Ele sorri convencido, ergue a mão no ar e estala os dedos. Não entendi de primeira, mas quando a porta atrás de mim abriu e eu olhei, meu queixo caiu e meu coração acelerou.

- Mamãe?- minha voz saiu como um sussurro. Me levantei perplexa.

- Amy, querida- ela correu e me abraçou, nem me movi. Aquilo não podia estar acontecendo.

- Espera, mas...- me afasto dela e olho para Metatron- isso é impossível.

- Não é impossível, ela está bem na sua frente.

- Minha mãe fez um acordo com um demônio, ela morreu e foi pro inferno. Então, a não ser que você tenha feito algum pacto ou feitiço pra tirar ela de lá, isso é impossível.

- Droga- ele estala os dedos e a figura da minha mãe some- muito bem, espertinha. Já que você está dificultando as coisas, vou ter que ir pro plano b.

Termino de corta a corda e avanço sobre ele, mas ele usa sua telecinese angelical e me joga contra a parede. Senti meu estômago se revirando.

-  Eu nunca vou te ajudar!- falo ofegante.

- E quem disse que você tem escolha?!

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora