Adeus

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Amy Morgam Winchester

A situação ficava cada vez mais tensa. Eu me sentia claustrofóbica naquele lugar.

- Como é que você escapou do purgatório Castiel?- pergunta Dean- me conta como escapou de lá, seja honesto comigo pela primeira vez desde que voltou e a placa é sua.

O anjo se arma com sua adaga angelical e eu recuo alguns passos, que merda ele estava fazendo?

- Anjo, eu não sei qual o seu problema- começo- mas se está me ouvindo, não tem que fazer isso. Somos seus amigos seu idiota.

Ele avança sobre Dean, que se defende com a placa.

- Acho que xingar ele não ajudou muito.

- Não custou tentar- respondo. Tento socar a cara dele, mas foi uma péssima ideia. Ele pegou meu braço no ar e torceu, pude ouvir o estalar de meus ossos, o grito de dor foi inevitável.

Dean o tira de perto de mim com um empurrão.

- O que você fez comigo, Naomi?- ele falou com ele mesmo.

- Quem é Naomi?- perguntou o loiro, mas não obteve resposta- Castiel?- ele pousa a mão no ombro do de sobretudo, mas o mesmo o joga longe. Dean bate na parede e cai.

O anjo vai até ele e começa a soca-lo. Me levanto, com muita dor, pego um dos vasos e jogo na cabeça dele chamando sua atenção. Ele larga meu irmão quase inconsciente e vem até mim.

- Castiel, esse não é você- recuo até ser impedida pela parede. Ele me ergue pelo pescoço e enfia sua mão dentro da minha barriga. Aquilo era a pior dor que eu já tinha sentido, ele brincava com os meus órgãos enquanto eu engasgava com o sangue.

- CASTIEL!- Dean gritou- por favor para- ele tentou se levantar- quer a placa? tudo bem, leve. Mas deixa minha irmã em paz, por favor.

Eu sentia a vida sendo tirada de mim. O anjo olhou no fundo dos meus olhos e então me soltou, comecei a tossir e Dean rastejou até mim. Cass foi até a placa e a pegou, uma luz branca vindo dela quase nos deixou cegos.

Ele veio até nós, Dean se pôs na minha frente. O anjo tocou em seu rosto e de repente ele estava curado, fez o mesmo comigo logo depois. Toda dor tinha ido embora.

- Eu sinto muito- lamentou.

- O que foi que aconteceu?- perguntei.

- Um anjo, Naomi- explica- foi ela quem me tirou do purgatório, ela quem te trouxe de volta Amy.

- O que? por que?

- Por que eu pedi, eu acho. Ela apagou minha memória, então não me lembro ao certo. Mas ela vem me controlando desde que me tirou de lá. Estava na verdade.

- E o que interrompeu a conexão?

- Eu não sei, Dean. Só sei que tenho que proteger a placa.

- Da Naomi?

- É. E de você.

Então ele some. Isso já estava ficando repetitivo mas: anjos são estranhos.

...

Eu arrumava minhas coisas, os meninos me observavam.

- Então não vai ficar?- Sam pergunta. Suspiro cansada.

- Olha- me viro pra eles- eu não posso. Eu olho pra vocês e só consigo pensar no Daniel morto. Eu quero perdoar mas não consigo, por que eu não posso simplesmente apagar isso da minha memória- e lá vinha as benditas das lágrimas- ele era meu amigo, e poderia até ter sido mais que isso. Mas você o matou Dean, sem mais nem menos, e por mais que eu queira não consigo ignorar- olho pra eles com os olhos marejados- eu não aguento mais isso, não aguento mais perder as pessoas que eu amo, não aguento mais fingir ser forte quando no fundo eu estou desmoronando- eles choravam junto comigo, parecíamos três idosas na menopausa-  nesse último mês eu tentei seguir em frente, mas acho que ainda não to pronta pra esquecer, não to pronta pra superar- limpo as lágrimas e fungo- é por isso que eu não posso ficar, preciso de um tempo longe de tudo isso.

- Nós entendemos- Dean se aproxima- e respeitamos sua decisão. E quando você estiver pronta pra voltar, estaremos aqui- ele beija minha testa e depois me abraça- eu sinto muito mesmo.

- É, eu sei.


Dean Winchester

- Bom, acho que é isso- ela ajeita a mochila nas costas. Aquilo era doloroso.

- Tem certeza que não quer uma carona seja lá pra onde for?- pergunto.

- Tenho, além do mais, é melhor não saberem pra onde eu vou. Não quero vocês perambulando por lá- ela da um sorriso triste- adeus bobões.

- Adeus pirralha- engulo seco reprimindo as lágrimas

- Adeus irmã- Sam diz ao meu lado.

Então ela dá as costas e entra no ônibus. Meu coração batia forte, ela iria embora, iria nos deixar e era tudo culpa minha. Eu me odiava. E queria impedi-la de entrar naquele ônibus, mas não podia fazer isso com ela. Ela precisava desse tempo, e por mais que doesse, eu iria respeita-la. Até por que, eu merecia aquilo...

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Oiee genteee!

Desculpa a demora e por não ter postado ontem, é que o dia foi bem corrido. Mas aqui está mais um capítulo pra vocês, espero que gostem!

Bjs e até a próxima.

A pequena Winchester IIOnde histórias criam vida. Descubra agora