Capítulo 03.

650 85 36
                                        

"Ao despertar, eu cantarei
Teu nome eu proclamarei
No ritmo do Teu coração...🎵"

Puxo meu celular e desligo a música.

Como meu despertador é clichê... Mas fazer o quê? Eu amo essa música!

Me sento na cama e encaro o quarto a minha volta.

Estou mesmo na casa da minha vó, não foi tudo um sonho! A pergunta é o que vou fazer três meses aqui, basicamente, sozinha?

Desço a escada para tomar café com a minha vó. O cheiro que vem da cozinha ao meu encontro é incomparável.

— Bom Dia vó! — Me sento à mesa.

— Bom Dia Anne! — Ela responde.

Anne... tinha me esquecido desse apelido. Só minha vó me chama assim. Antes do meu pai se mudar e começar a cuidar de mim sozinho, ele chegou a morar um tempo aqui na casa da minha vó. É bom tê-la por perto outra vez.

— Vai pintar o quarto hoje? — Minha vó perguntou.

— Vou sim.

— Então... acho que eu vou te ajudar. Se você quiser.

— Tá bom, obrigada vó!

Depois de tomar café com a minha vó, peguei meu celular e fui para sala, mandei mensagem para avisar a Luana que nossos planos terão que ser adiados.

"Oie!" - eu.

"Oi amore! Estou louca para voltar. Tenho muitas novidade para te contar." - Luana.

"Eu também estou com saudade, mas tenho que te contar uma coisa." - eu.

"Não me diga que fez alguma loucura! Vou chorar de emoção. Que orgulho!!!" - Luana.

"Lu não viaja! Kkk" - eu.

"Falaaa! Kkkk" - Luana.

"Eu estou na casa da minha vó!" - eu.

"Nossa! Como assim? Você vai volta quando?" - Luana.

"História longa. Volto quando for iniciar a faculdade. Daqui a uns três meses." - eu.

" Chorei!" - Luana.

"Nos veremos na faculdade." - eu.

"Já que eu não tenho outra escolha. Se cuida, e me deixe orgulhosa. Kkkkk" - Luana.

"LUH!" - eu.

"Tudo bem. Só tenta! Beijo." - Luana.

"Beijo! Juízo." - eu.

Deixo o celular de lado e vou até a garagem buscar a tintas e as ferramentas. Nunca pintei um cômodo... ou uma parede na minha vida. Mas é melhor tentar do que ficar encarando as paredes rosas.

— Está ficando bom? — Perguntei, indicando o lado que estava pintando para a minha vó. — O que a senhora acha?

— A minha parte está melhor! — Minha vó começa a rir.

— Lógico que não! — Disse indignada. — Olha só o meu esforço, o meu lado está melhor. Eu acabei de descobrir que sei pintar muito bem. — Afirmei. — Vai negar?

— Aceita, o meu lado está melhor! — Ela diz convencida e continua rindo.

Sem pensar muito pego o pincel, mergulho na lata de tinta e o sacudo jogando tinta nela.

Arianne Onde histórias criam vida. Descubra agora