Capítulo 25.

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— Bom dia! — Digo sem animo quando me sento à mesa para tomar o café da manhã. 

— Para mim está ótimo. Já para você... O que foi? — Minha vó me estende um prato com pedaços de bolo.

— Eu... Não sei! — Começo a comer um pedaço do bolo de coco.

— Sua amiga está com raiva de você por qual motivo? — Ela se senta à mesa de frente para mim.

— Ela gosta do Miguel, parece que tudo que faço ou não faço deixa a desejar nossa amizade. — Respiro fundo. — Não sei direito o que está acontecendo.

— Resolva logo isso. Não gosto de te ver assim. Ou mando sua amiga para casa.

— Não vó! Vou resolver. — RI. — Te amo.

— Também te amo. — Ela segura as minhas mãos. — Mas resolva.

— Onde ela está?

— Trancada no quarto desde ontem. Quer o quê para o lanche?

— Pode ser aquele empadão? Ou o bolo salgado? — Sorri.

Ela sempre faz tudo tão gostoso que fico sempre na dúvida.

— Bolo salgado! Depois você vai comprar algumas coisas que estão faltando. Agora vai limpar a varanda. Não sei como aquele cachorro não morre sufocado.

RI.

— Tudo bem! Estou indo. — Pego mais um pedaço antes de seguir. Verifico as portas da casa antes de soltar a bola de pelos.

Limpar a varanda dura um pouco mais do que eu esperava e quando volto para sala, minha vó esta vendo televisão.

— Vai almoçar!

Tomo um banho antes de seguir o que ela disse. Lavo a pouca louça na pia depois que almoço.

— Ela não almoçou?

— Colocou a comida e voltou para o quarto. — Dona Corina me estende o pano para secar as mãos. — Sugiro comprar as coisas para fazer o bolo salgado. A lista está na geladeira o dinheiro no pote em cima.

Pego tudo e vou ao mercado. Volto e após entregar as compras para minha vó vou de encontro ao quarto de hóspedes. Bato de leve na porta e depois a abro.

— O que você quer?

— Conversar. — Encosto minhas costas na porta fechada.

— Não tem nada para conversar. Você sabe que esta errada! — Meu coração se aperta.

— Luana...

— Arianne, eu gosto dele e você sabia. Você sabia e ao invés de me ajudar ficou chamando a atenção de todos. — Ela para a minha frente.

— Todos quem? São meus amigos. Pode ser diferente, mas eu fiz amigos. E isso é muito importante para mim, você deveria saber mais do que ninguém. Quanto ao Miguel, já disse, não vou me meter nisso.

— Você gosta dele, seja honesta com você mesma pelo menos já que não quer ser comigo. — Ela aponta para mim.

— Somos apenas amigo! Eu não quero ver nenhum dois magoados, é difícil de entender? Nem sabe direito o que sente, nem conhece ele. Só gosta do que está vendo, mas não sabe o quanto ele mudou. Tudo o que aconteceu... Mas enfim, não vou me meter. Como eu disse somos amigos.

Arianne Onde histórias criam vida. Descubra agora