Capítulo 17.

421 68 76
                                        

— Vó, cheguei! — Entro em casa e fecho a porta atrás de mim. — Vó?

Olho em volta e não encontro ninguém. Já é completamente estranho o fato da minha vó não ter ido para a escola bíblica e mais estranho ainda chegar em casa e ela não estar na cozinha, em volta de seu fogão.

Vou para o seu quarto e encontro a minha vó deitada.

— Vó? Bênção? Esta tudo bem?

— Oi, Deus te abençoe. Só estou me sentindo um pouco indisposta. Seu almoço está no microondas.

— A senhora já almoçou?

— Já sim! Fique tranquila. — Ela se acomoda no travesserio.

Coloco minha mão em sua testa e ela está com um pouco de febre. Vou até seu armário e pego o remédio de febre, pego também água na cozinha e lhe dou um pouco para beber. Pego mais um cobertor em seu guarda roupa e coloco por cima dela. Apago a luz do quarto e deixo a porta entre aberta.

Vou direto para a cozinha comer, ligo o microondas e coloco a comida para esquentar. Vou até a sala e ligo a televisão. Volto para a cozinha e a comida ainda não está pronta. Volto para a sala mudo o canal e volto para a cozinha de novo e a comida ainda não está pronta.

Que tortura!

Depois de aquecer a comida, almoçei e fui para o meu quarto. Abri a bíblia e comecei a ler a passagem de Daniel. Umas das passagem que mais gosto. Fala de oração, fidelidade, confiança, renúncia, fé, sacrifício e obediência.

O que mais me chama atenção não é o fato dos leões não comerem à Daniel, isso aconteceu porque ele creu que Deus o Salvaria. O que mais me chama atenção é que mesmo sabendo que se ele continuasse orando ele seria jogado dentro da cova ele permaneceu fiel. Não perdeu a comunhão com Deus e Ele o honrou.

Daniel estava disposto a morrer para não renunciar a Deus... Tenho que ter comunhão com o Pai e estar sempre disposta a renunciar o mundo. Seus padrões, suas imposições e seus rótulos. E não me contaminar com os manjares do rei.

Vou de encontro ao quarto da minha vó e ela ainda esta deitada. Chego o mais perto que consigo e fico apenas a observando. Coloco minha mão sobre sua testa e ela não esta mais tão quente. Desço até a cozinha e lavo a louça que esta na pia. Olho para o fogão e não tem janta pronta.

— O que eu posso fazer para o jantar? — abro a geladeira. — Que tal uma canja? — disse e Azul começou a latir ao meu lado. — Não Azul, eu não sei fazer canja! Mas é para isso que serve a internet ou o disk comida.

Pego o meu celular e depois de pesquisar um pouco encontro um restaurante que faz canja e entrega em casa. Meio incomum. Mas agradeco a Deus quando o cheiro da canja invade a casa. Pego um prato coloco um pouco da comida e levo para minha vó. Deixo ela comendo e vou tomar um banho.

Quando volto pra o quarto, o prato esta vazio sobre a mesa de cabeceira e minha vó está  adormecida novamente. Levo o prato até a cozinha e o coloco na pia. Pego o meu prato e vou para a sala comer enquanto assisto alguns filmes.

👟

Desperto no sofá. Levanto e sinto todos os meus ossos estalando.

Dormi do sofá é muito desconfortável!

Vou até o quarto da minha vó e ela ainda esta dormindo. Coloco um pouco de canja para esquentar e a obrigo a comer.

Sim, eu havia acordado meio dia!

— Vó, já faz dois dias que a senhora não se sente bem. Vou ligar para o médico.

Arianne Onde histórias criam vida. Descubra agora