— Oie Miguel! — O cumprimentei em meio aos risos.
Cócegas sempre será meu ponto fraco.
— Oi Miguel! — Guilherme também o cumprimentou, mas só o que ganhamos foi o seu silêncio e seu olhar reprovador.
Ele não parece bem, mas não dá para arrancar fácil dele o que aconteceu. Ele está sempre com a guarda armada, talvez consiga conversar com ele sem o Guilherme por perto.
Saída prática...
— Gui, você pode comprar refrigerante pra gente? — Perguntei.
— Posso sim, eu já volto. — Ele sai, parece entender.
— Obrigada! — Espero ele sair da cozinha para me direcionar ao Miguel. — O que você tem?
Perguntei para a estátua na minha frente, me encarando. Será que ele se meteu em alguma encrenca e não sabe como contar? Pela cara dele algo realmente o incomoda.
— Eu não tenho nada.
— Miguel, sou eu. Pode falar. Somos amigos, ou não somos?
— Não sei, acho que você prefere o Gui! — Ele diz, por fim.
A estátua tem coração, e sentimentos! Ele esta com ciúmes da minha amizade com o Guilherme. Ele se sente realmente ameaçado? Eu tenho espaço para vários amigos. Ele tem que entender isso.
— Acho que um bichinho verde picou alguém! — Sorri.
— Quem?
— Eu... Claro que é você né! — O indico. — Miguel, o Guilherme é seu amigo. Você nem se quer falou com ele, tem certeza que esta tudo bem?
— Sua vó me ligou falando que você havia sumido. — ele desvia a conversa. — Vim ver se você esta bem, o que aconteceu?
— Vou ignorar o fato de que você esta mudando totalmente o rumo do assunto para não me responder. — Cruzo os braços. — Eu só fui dar uma volta para pensar, minha vó é muito dramática.
— Sério? — disse cruzando os braços. — Onde você estava?
Comecei a ver o Miguel de sempre voltar. A sua pose de quem sempre estava com tudo sobre controle... Com seu sorriso lindamente sarcástico no rosto!
— Eu... Não sei! — Sussurrei.
— Como assim você não sabe? — Ele bradou espantado.
— Eu meio que me perdi e o Guilherme me encontro. — digo de uma vez.
— Como o Guilherme te achou? Por que... Por que você não me ligou? — Ele coça a nuca.
— Aí Miguel... Eu estava falando com o meu pai no telefone e a gente meio que discutiu. Eu não queria falar com ninguém, eu sai andando e me perdi.
— Hum. — É tudo o que ele diz.
— O que foi?
— Nada, eu só achei meio estranho. Justamente o Guilherme? — Ele respira fundo.
— Como assim mundo? Nada haver! Se ele não tivesse aparecido eu ainda estaria perdida. — suspiro. — Não foi nada pensado. — O encaro, de novo a pose de sério. — Miguel o que você tem?
— Nada só estou com um pouco de dor de cabeça.
— Você quer um remédio?
— Não precisa. Eu já vou indo. — Ele deposita as mãos nos bolsos. — Só vim ver como estava, não quero atrapalhar.
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Arianne
Spiritual(ROMANCE CRISTÃO) Uma jovem cristã apaixonada por Deus e pela música, tem seus planos de férias alterados e se depara com algumas situações em que seu jeito explosivo a coloca em situações complicadas... O que sempre acontece quando as suas convicç...