Capítulo 13.

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Posso dizer que palavras são sempre importantes. As conversas então... Nem se fala! Conversar com Miguel foi estranhamente bom. Eis os fatos:

Rafael recebeu oportunidade no culto e ficou feliz, e surpreso. Guilherme ganhou uma lembrança pela frequência na escola bíblica e pude ver um movimento um tanto diferente nos jovens depois do culto.

Mas como tudo precisa de dois lados para funcionar, eis a parte seria. Os jovens todos se encaminhando para o gabinete, depois do culto.

— Vamos Arianne? — Miguel para a minha frente. — A reunião vai começar.

— Eu sei, mas... quer que eu participe da reunião?

— Sim, eu preciso do seu apoio!

— Eu... eu...

Tudo bem, eu estou com medo!

Sou meio estourada, as vezes acabo falando demais. Eu penso e quando percebo já falei. Não sei se serei o melhor apoio para o Miguel agora.

— Anne! Já estou indo.

— Tudo bem irmã Corina, depois eu deixo ela em casa. — Miguel se pronuncia e minha vó apenas concorda com a cabeça antes de nos dá as costas. — Vamos?

— Certo.

Entro no gabinete pastoral seguida do Miguel e encontro todos os jovens aglomerados dentro da pequena sala.

— Pessoal, precisamos conversar. — Miguel chama a atenção e consegue silêncio na sala. — Tem muita coisa precisando mudar, então essa conversa é necessária. Vamos aos poucos. Primeiro, sejam cinceros e me contém o por que não veem na escola bíblica?

Todos ficam em silêncio. Alguns olhando para os lados e outros abaixam a cabeça, talvez buscando palavras ou desculpas.

Arianne, sabe ler pensamento agora?

Não, mas sei identificar as mãos de suor de nervoso. Eles tem a oportunidade de conversa, por que não aproveitam?

— Eu não venho sempre porque não consigo acordar cedo. — Daniel é o primeiro a se pronunciar.

— Me comprometo em acordar o Daniel. — Rafael diz. — Se ele quiser.

— Obrigado pela sinceridade Daniel e pelo apoio Rafael. Qualquer coisa me comunique. — Miguel respira fundo. — Vamos pessoal, estou aqui para ajudar vocês. Temos escola bíblica, temos professor. Falem!

— Eu não sei. Não sei porquê não venho. — Bianca diz.

— Eu não venho porque não quero que me façam perguntas. — Joana diz.

— Você já experimentou falar com o professor que não gosta e que não se sente a vontade? — Miguel fica um pouco nervoso, mas logo se acalma. — Tudo bem, vou conversar com ele.

— Vou ser sincero, ando muito desanimado. — Cristian diz sem receios.

— Tudo bem, acho que agora é a minha vez. — Miguel cruza os braços. —  Quais de vocês pretendem ter um ministério? Dirigente, pastor, líder?

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