Sabe aquele final de sono bom? Aquele quando o sono está bem leve, quando você está praticamente acordado, mas ainda não teve coragem de levantar e sente que no mundo não tem lugar mais gostoso do que sua cama?
Era exatamente nesse momento mágico que eu estava. Até que...
— Arianne acorda! Vamos nos atrasar. — minha vó abre a cortina e a janela do meu quarto, permitindo a luz entrar.
— Vó! Me deixa dormir só mais cinco minutinhos.
— Não Arianne, anda logo se não você vai ver só.
— Está bem, vó. Eu já vou. — Me sento na cama. Espero ela sair do meu quarto e me deito novamente. Preciso de mais cinco minutos... — Vó! — Me levanto com o susto. — Pra que isso?
De pé a minha frente ela rir, com o copo vazio nas mãos e minha cama molhada, como o meu rosto.
— Eu avisei! Na próxima vez, jogo um balde. — afirmou saindo do quarto.
No mesmo instante eu me levantei. Tomei banho, me arrumei e fomos para a escola bíblica. Me sentei em um pouco afastada do grupo de jovens, não tinham muitos e se eu me sentasse junto correria a risco de ter de falar. Foi uma lição bem legal; no final o pastor pediu para que eu ficasse de pé.
— Irmãos essa é a Arianne neta da irmã Corina, ela vai congregar conosco temporariamente, seja bem-vinda.
Senti que fiquei vermelha, pois meu rosto começou a esquentar, que vergonha. Mas eu sobrevivi!
— Oi! Lembra de mim? — Guilherme me estendeu a mão.
— Sim, Guilherme. — O cumprimentei.
— Vai vim hoje à noite para o culto? — Pergunto, com o mesmo sorriso simpático.
— Sim.
— Estou começando a desconfiar que você só sabe falar sim.
— Talvez! — respondi, com um pouco de sarcasmo.
— Ela sabe outra palavra! — Ele rir.
— Tchau! — Digo e vou de encontro a minha vó, que estava me esperando perto da porta.
— Três palavras, estamos evoluindo! — Ele dá um leve aceno, antes de sair.
Depois do almoço, o tédio estava me consumindo. Já havia assistido filme, tocado e lido um pouco.
Então me sentei na sala, enquanto minha vó fazia seu tricor, tentei ensinar alguns truques para o Azul, que sempre insisti em me lembrar que minha moral com ele não existi.
— Desse jeito não! — Minha vó murmurou sem tirar os olhos das agulhas.
— Eu sou a dona dele. Por que ele não me obedece?
— Tente com petisco.
Pego alguns petiscos e volto a Luta.
— Azul, senta! — Ele me olha e começa a latir. — Não é falar. Azul, senta!
Ele me olha por dois segundos e começa a correr em círculos tentando pegar seu rabo com a boca. Minha vó na mesma hora começa a rir de mim.

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Arianne
Kerohanian(ROMANCE CRISTÃO) Uma jovem cristã apaixonada por Deus e pela música, tem seus planos de férias alterados e se depara com algumas situações em que seu jeito explosivo a coloca em situações complicadas... O que sempre acontece quando as suas convicç...