Capítulo 31.

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Ter me mudado para a casa da minha vó Corina foi sem dúvida a melhor decisão a se tomar. No primeiro final de semana pós mudança, meu pai teve que fazer uma viagem rápida e não ter que mudar os planos pela primeira vez, foi maravilhoso. Não tão maravilhoso quanto quando eu tive que ajudar a descarregar o caminhão de mudanças e organizar as coisas, mas o pessoal deu uma força e se tornou um final de semana divertindo.

E agora é organizar a vida, me adaptar as mudanças e seguir em frente, com novos planos.

— Cheguei! — Abri a porta de casa.

— Anne, como foi a aula?

Encontro minha vó sentada no sofá costurando. Seu novo passa tempo, costurar os botões soltos das blusas do meu pai.

— Ótima!

Considerando como a rotina de uma faculdade é diferente da escola, e como as pessoas também são diferente. E de como nas férias eu me esqueci como tudo isso pode ser cansativo.

— Mas sabe, estou com fome.

— Sei, claro que eu sei. — Ela sorrir. — Só chega assim agora! Abra o forno. E tem suco na geladeira.

— Oba! — Caminho para cozinha. — Meu pai, aonde está?

— Ainda não chegou, mas ligou avisando que está vindo. Agora passa mais tempo dirigindo. — Ela me observa cortar um pedaço grande de empadão. — Vai para a Helena?

— Sim, festa do pijama. Helena já deve estar me esperando. — Me sirvo um copo gigante de suco. — Falei com o meu pai, mas ele vai se esquecer. Se ele chegar e eu já tiver ido, lembra ele aonde estou por favor.

Vou direto para o meu quarto. Escolho minha roupa, tomo banho e me arrumo em tempo recorde. Pego minha mochila e na saída paro na cozinha para pegar mais um pedaço de empadão.

— Vó, estou indo se não vai ficar tarde. Volto amanhã de manhã.

— Vai com Deus! — Ela me beija a testa antes de eu sair de casa.

Vou comendo pelo caminho, encarando o entardecer e logo estou na casa da Helena com as outras meninas.

— Arianne me ajuda com a pipoca? Milena, Joana e Fernanda arrumem as camas lá no quarto, sabem aonde estão as coisas. — Helena pede. — E podem começar a escolher os filmes, se não ficaremos uma eternidade para fazer isso.

Elas assentem e sobem a escada, mas dá para ouvir os resmungos delas dizendo que não adianta escolherem os filmes porque sabem que vou discordar de todos.

Rimos.

— Sabe que elas tem razão! — Helena sorrir. — Como esta com todas as mudanças?

— Melhor do que eu esperava! — Suspiro.

— Tem falado com a Luana? — Ela toca no meu ponto fraco.

— Sim, todos os dias. Cada dia um drama diferente. — Rimos. — Mas ela faz questão de deixar claro que a minha felicidade é o que importa, e que assim que tiver uma chance vai fugir e vim matar a saudade.

— Sua e do Rafael! Torço muito por eles. Deve ser difícil relacionamento a distância. Mas ele sempre repete, oração, palavra e jejum.

— E claro, vídeo chamada! — Rimos. — Se eles continuarem assim dá certo sim. Deus une propósitos.

— E um dia chega a minha vez... e a sua vez também! — Ela me sorrir brincalhona.

Estava prestes a responder, mas o cheiro de fumaça ganhou nossa atenção.

Arianne Onde histórias criam vida. Descubra agora