— Topa participar do mutirão? — Guilherme surge na minha frente. — Vamos dar uma faxina no templo.
— Claro! Quando vai ser?
— Amanhã. Depois do almoço. Para o culto dos jovens a noite. Você também Luana, topa?
— Não vou poder. Vou estar arrumando minhas malas para voltar para casa. — Luana faz beicinho. — Já perdi a conta de quantas vezes comecei e até agora nada. Queria ficar mais tempo.
— Também queria que ficasse mais tempo. — Helena a abraça. — Guilherme. Podíamos aproveitar para passar a música para o culto, durante o mutirão.
— Por mim tudo bem. Temos que avisar os outros instrumentistas, não sei se todos vão para o mutirão.
— Posso ver isso.
— E você Anne, vai cantar? — Guilherme passa o braço por cima do meu ombro.
— Cantar? — retiro seu braço do meu ombro. — Começo a tremer só de pensar. Você sabe que sou tímida a um nível meio estremo.
— Não sei onde se esconde a minha amiga marrenta nessas horas. — Ele exibe um sorriso divertido.
— No último banco. Adorando a Deus. Que é lindo!
— E te deu um dom muito lindo. — Ele me encara. — Hora de começar a usar senhorita.
— Eu uso, mas as vezes minha vó me manda ficar quieta. — Rimos. — Promete que não vai fazer nada?
— Estraga prazeres. Prometo.
— Bom menino.
Nos despedimos na esquina e cada um segue seu rumo. Minha vó está batendo uma massa quando entramos em casa, ela nos sorri e depois vem até a sala. Olha feio para o azul e se senta ao lado da bola de pelos. Com o pote nas mãos.
— Perdendo o lugar para o Azul de novo dona Corina? — Luana rir.
— Arianne não educa o cachorro e depois minha roupa fica com pelos.
— Ele é bem educado. O que eu posso fazer se vocês dois gostam do mesmo lugar no sofá? — Acaricio minha bola de pelos que dá pequenos saltos no sofá.
— Me ajuda com a minha mala? — Luana faz cara de pidona, como uma crianca pedindo ajuda para fazer a tarefa que não gosta. — Preciso de um incentivo para começar.
— Tudo bem... — O barulho de chuva começa. Vem de longe e logo enche os meus ouvidos. — ou podemos fazer isso mais tarde. — sorrimos.
— Mais tarde é a melhor opção. — Luana concordou comigo.
Abro a porta de casa e corremos para o jardim.
O melhor banho de todos, de chuva. Sem raios ou trovões. Apenas a chuva passageira que cai sobre nossas cabeças enquanto brincamos feito crianças no jardim. Alegria de criança, quando a chuva que cai do lado de fora é o suficiente para a imaginação flutuar e o dia se tornar eterno.
— Vó! Pega toalhas para a gente? — Paramos em frente a porta depois que a chuva ficou fraca. Minha vó sorrir e vai em direção ao quarto.
— Que cheiro bom!
— Bolinhos de chuva. Vão se trocar, aproveitem que estão quente. — Sorrimos.
Secamos o máximo que conseguimos antes de seguir para o quarto. Quando voltamos para sala o Sol já surge novamente. Abrimos a janela para o vento entrar para tirar um pouco do calor.
— Anne, por que não aproveita o sol para dar um banho no Azul? Vou fazer um bolo. Cenoura? — Minha vó não resiste em me encher de comida e não posso dizer não para isso. Mal acabei de comer os bolinhos de chuva e já estou sonhando com o bolo de cenoura, talvez com cobertura.
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Arianne
Espiritual(ROMANCE CRISTÃO) Uma jovem cristã apaixonada por Deus e pela música, tem seus planos de férias alterados e se depara com algumas situações em que seu jeito explosivo a coloca em situações complicadas... O que sempre acontece quando as suas convicç...